23 - Between the Lines.

Mula dari awal
                                        

— E como a gente vai lidar com o fato de que eu provavelmente não vou conseguir andar direito amanhã?

— Eu vou fazer um café da manhã turbinado. — Ele abre os olhos virando o rosto para mim.

— Com o que? — Perguntei curiosa.

— Proteína. Magnésio. Colágeno. Óleo de gergelim. Raiz de ginseng. Pílulas. E uma dose dupla de arrependimento.

— Você acabou de descrever um ritual de bruxaria, não um café da manhã.

— Vai funcionar. Confia em mim. — ele sussurrou, beijando o topo da minha cabeça.

Fechei os olhos.

A ideia de dormir ali, com ele. Do jeito que estávamos. Sem promessa, sem contrato, sem manual de instruções. Só... o agora.

Era o bastante por enquanto.

E talvez, só talvez, fosse o suficiente pra continuar amanhã também.

O silêncio do quarto era quase hipnótico. Chan estava quase pegando no sono, a respiração lenta, o braço embaixo da minha cabeça e os dedos ainda traçando distraidamente minha cintura sob o lençol. Eu também estava quase dormindo... até que, de repente, uma lembrança específica fez minha mente despertar num estalo.

— Espera aí. — murmurei, abrindo os olhos de repente.

— Hm? — ele murmurou, ainda meio grogue, virando um pouco o rosto na minha direção.

Virei levemente o corpo, o olhando com uma expressão que misturava choque e confusão.

— Você... não usou camisinha na última vez, né?
— A sobrancelha dele se arqueou só um pouco, e então ele soltou um suspiro leve.

— Só agora você percebeu? — Ele tinha um sorriso maroto no rosto.

— CHRISTOPHER. — bati de leve no peito dele com a palma da mão. — Como assim "só agora"? Você tava tão... sei lá, concentrado em "acabar"comigo que simplesmente ignorou isso?

— Primeiro: eu sempre tô concentrado nisso quando se trata de você. Segundo: foi no calor do momento. Eu já tinha usado uma antes, a gaveta tava longe, você tava... enfim... irresistível.

Soltei um riso indignado, mas com as bochechas vermelhas.

— Isso é a sua justificativa? — Minha consciência começava a pesar agora.

— É uma explicação. Quer uma justificativa? Eu perdi o controle. Você fez eu perder o controle. — ele deu de ombros, com aquele sorriso ladino, meio preguiçoso. — E, sinceramente? Valeu a pena.

— Ai meu Deus... — cobri o rosto com as mãos por um segundo, entre o riso e o desespero. — E se... sei lá... se der ruim?

— A gente conversa. E resolve. — ele respondeu, simples, virando o rosto pra encarar o teto com aquela calma que só ele tinha. — Eu confio em você. E confio na gente, seja lá o que isso aqui seja.

Fiquei em silêncio por alguns segundos, encarando o perfil dele.

— Tá. Mas da próxima vez... a gente tem que lembrar. — Falo como um alerta.

— Uhum. Claro. Próxima vez. — ele sorriu de canto, ainda com os olhos fechados, e então sussurrou: — Mas se você repetir tudo aquilo que fez comigo... não garanto nada.

— Você é impossível! — Joguei o travesseiro nele, rindo.

— E você é a culpada. Agora dorme, Minari, que amanhã a gente finge que é civilizado de novo.

In Sync - Bangchan Tempat di mana cerita hidup. Terokai sekarang