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Mãe? - Dulce perguntou quando entrou em casa.

Dulce suspirou e se sentou no sofá, fechou os olhos e lembrou-se daqueles quentes mais ainda românticos momentos com Christopher.

- Que homem... - ela sorria ao lembrar.

- MISERÁVEL! QUE MOLEQUE MISERÁVEL. - Fernando entrou em casa berrando, fazendo Dulce pular de susto.

- Pai, o que aconteceu?

- EU DEIXEI AQUELE FILHO DA PUTA ESCAPAR. FOI ISSO!!!!!! - Fernando com seus berros, chamou a atenção de todos em casa, que vieram correndo para saber o que estava acontecendo.

- Fernando? O que aconteceu? Por que todos esses gritos? - Blanca se aproximou e perguntou.

- Pai, você tá bem? - Mateus não se aproximou tanto, por medo.

- NÃO, EU NÃO ESTOU. EU PERDI, PERDI A*******DA CHANCE DE ACABAR COM AQUELE VAGABUNDO. - a raiva de Fernando era tanta, que ele chutou a porta com força naquele momento, assustando ainda mais sua família.

- De quem está falando? - Blanca questionou.

- Christopher, aquele verme. - Fernando apertou as mãos de tanto ódio.

Dulce estremeceu ao ouvir aquilo. Christopher quase havia sido preso pelo seu pai. Ficou feliz, por nada ter acontecido.

- O que aconteceu? Explique-me direito.

- Eu estava voltando da delegacia, pois esqueci algumas coisas e aquele filho da mãe esbarrou comigo. Quando eu notei que era ele, eu quis muito, muito mesmo ter uma arma no meu bolso para estourar os miolos daquele verme inútil.

- Amor, por favor. Calma, você terá outras oportunidades.

- Tem razão. - respirava fundo. - Tem razão. Eu vou tomar um banho antes de voltar para a delegacia. Preciso esfriar um pouco.

Fernando foi, deixando a sala apenas com Blanca, Dulce e Mateus. Blanca respirou fundo para tentar manter a calma, mas os gritos de Fernando já haviam exalado seus nervos.

- Filha! - Blanca notou que Dulce estava ali. - Como foi sua viagem?

- Muito bem, mãe. Diverti-me bastante, o lugar era lindo. Senta aqui que vou te contar mais.

- Agora eu não posso filha. Vou pro meu quarto estudar alguns casos e quem sabe você me conta mais tarde, ok?

- Oh... - o desânimo tomava conta da voz de Dulce. - Tudo bem.

Obviamente, ela não contaria que havia perdido sua virgindade com o chefe do Pavão-pavãozinho. Iria contar apenas sobre os breves passeios que fez por aquele lugar incrível.

A cada dia que passava, Dulce notava que sua mãe estava cada vez mais longe. Quando Blanca entrou no quarto, Mateus riu e olhou para a irmã.

- Por que está rindo, pirralho? Olhou-se no espelho, foi?

- Você, ia contar pra mamãe que viajou com aquele marginal? - ele ria.

- Óbvio que não, e fala baixo seu linguarudo. Quer que o papai ouça. E além do mais, ele não é um marginal. É um príncipe.

- Príncipe do crime, só se for.

Um momento de silêncio se estabeleceu naquela sala. Por alguns minutos, Mateus e Dulce ficaram calados e olhando para TV, que passava um programa antigo. Só se ouvia o barulho da TV. Fernando saiu do banho vestido e falando com Alan em seu telefone.

- Sim Alan. Não, eu não estou louco. Quero todos os policiais no pavão-pavãozinho agora, metendo a bala em todos aqueles marginais e principalmente no Christopher. Oh, não. Eu não chamaria de operação surpresa e sim de "operação limpeza". Ok, encontro vocês lá em 20 minutos. Abraço.

Dulce engoliu seco, ao ver que seu pai havia saído de casa em rumo ao morro. Sem explicar nada ao Mateus, foi correndo pro quarto avisar Christopher sobre o que acabara de ouvir

𝑨𝒎𝒐𝒓 𝒃𝒍𝒊𝒏𝒅𝒂𝒅𝒐Onde as histórias ganham vida. Descobre agora