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O plano de Dulce saiu melhor do que o imaginado. Maite também viajaria para outro lugar naquele fim de semana. As duas estavam esperando o táxi de Maite chegar, lá fora. Eram 5 da tarde. Então estava tudo certo para ela viajar com Chris sem ninguém desconfiar de absolutamente nada.

- Obrigada mesmo, amiga! - Dulce agradeceu abraçando Maite.

- Não é nada, pode contar comigo para tudo. - Maite respondeu.

- Pode ter certeza, que vou te pagar esse favor com outro favor.

- Obrigada! Ah, aproveita lá hein. Conte-me tudo. Hahaha, - ela ria. Beijos.

Maite entrou no táxi e partiu para sua viagem. Ao olhar para trás, Dulce viu que Christopher estava chegando de carro.

- Carro é? - ela perguntou, quando abriu a porta para se sentar.

- Gosto de inovar. - ele riu.

- É muito bonito. E por dentro então...

- Amor, olha... Quero-te dizer que estou limpo, como você pediu.

- Tomou banho? - Dulce não pode deixar de fazer uma piadinha.

- Hahaha, muito engraçado. - Chris riu. - Estou querendo dizer que estou sem armas, drogas e munições aqui comigo.

Dulce sorriu e apertou a mão dele, em sinal de agradecimento.

- Obrigada amor.

Christopher dirigiu durante 2 longas horas até o interior do Rio de Janeiro. Dulce tirou um cochilo durante boa parte da viagem. Quando acordou, estavam numa estrada escura e pouquíssima movimentada.

- Não chegamos ainda? - ela se ajeitou na cadeira e perguntou.

- Falta 1 km apenas. - concentrado, ele disse.

Dulce suspirou e continuou admirando o resto da vista. A escuridão dificultava a visão dela, então ela via o que podia. Viram umas vacas comendo lá em cima do morro, algumas galinhas perdidas no canto da estrada e quando já estava vidrada naquela paisagem, Chris parou o carro. Eles haviam chegado.

A casa onde Christopher tinha parado o carro era grande e bonita. Parecia uma casa da cidade filtrada no campo. Era bastante moderna.

- Uau. - admirava Dulce. - Ela é sua?

- Digamos que é da minha mãe. Ela me deixou usar.

- É uma linda casa.

- Fico feliz com que você tenha gostado.

Quando entraram, Dul se deparou com uma grande sala. Mais linda ainda. Toda em branco, com uma TV gigante, uma mesinha de centro transparente com lindos cristais de enfeite em cima. E logo atrás do sofá uma réplica do quadro da Monalisa. A sala era grande e fazia "fronteira" com uma cozinha estilo americana do lado direito. A parede da cozinha carregava lindos e bem feitos vitrais. Uma geladeira moderníssima. Já do outro lado da cozinha, estava uma escada que levava pro andar de cima. Uma senhora, baixinha, saiu de um cômodo que Dulce não conseguia decifrar qual era.

- Oooi tia. Obrigado por ter me ajudado. - Christopher cumprimentou a senhora.

- Não é nada.

- Olha, essa é a moça que eu te falei. A Dulce, minha namorada.

- Muito prazer, senhora.

- Ora que linda, seu safado! - a tia riu. - Até ontem mesmo estava aqui, correndo por esse mato todo, tomando leite e me tirando do sério.

Os três riram.

- Obrigado mais uma vez tia.

- Por nada. Se precisarem de mais alguma coisa, vocês sabem onde eu moro. Deixa-me ir.

Ela caminhou até a porta e foi.

- O que você pediu para ela fazer, hein? - Dulce cutucou Christopher.

- Hmmm curiosa. Vem cá, eu te mostro.

Chris entrou numa sala, trazendo Dulce. A sala era iluminada pelo fogo. Das velas e da lareira. No centro havia uma mesa linda, muito romântica com dois pratos.

- A-amor! - ela gaguejou. - Isso tudo pra mim?

- Você merece. Merece tudo isso, e mais e mais e mais. - ele fez um sinal para que ela pudesse se sentar.

***

O jantar foi calmo, tranquilo e sem pressa. No meio da conversa, rolavam beijos, carinhos num misto de pequenas e baixas risadas. Tudo estava saindo como nos planos de Christopher, só que mil vezes melhor.

- Agora é sério. Quero falar sério contigo. - o rosto de Christopher mudou.

- Eu fiz algo de errado? - Dulce se perguntou.

- Não. Ahm... Não se assusta.

- Já estou me assustando.

- Nos conhecemos há pouco tempo, mas esse pouco tempo foi suficiente para saber que eu te amo muito mais do que eu digo e penso. Vivemos muitas coisas nesses cinco meses juntos. Coisas boas e ruins também.

- Onde você está querendo che... - Chris a calou pousando dois dedos em sua boca.

- Você é a melhor coisa que aconteceu pra mim, eu digo e repito quantas vezes for necessário. Mas eu... Quero ter algo mais sério contigo.

Chris tirou uma pequena caixa rosa de seu bolso, fazendo os olhos de Dul se abrir mais.

- Dulce... Você aceita... Se casar comigo?

Os olhos de Dulce ficaram marejados e ela não fazia ideia do que fazer e do que falar. Suas mãos tremiam e ela não esperava por algo tão grande assim. Chris colocou o anel em sua mão, e a beijou, esperando sua resposta.

Dulce olhou para o anel diversas vezes e para Christopher também. Respirou fundo, sorriu e finalmente disse:

- Sim, eu aceito!!!!

𝑨𝒎𝒐𝒓 𝒃𝒍𝒊𝒏𝒅𝒂𝒅𝒐Onde as histórias ganham vida. Descobre agora