Legolas

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Élan cantava uma cantiga de ninar que falava sobre um corvo, uma coruja e uma pomba. Haviam se passado 9 meses, e todos esperavam ansiosos pelo bebê, Élan sentiu as primeiras contrações, e como ela decidira durante a gravides ela se encaminhou para a cachoeira e pediu que avisassem seu rei.
Chegando lá ela sentou em uma pequena piscina natural e rasa que as pedras formavam na cachoeira e ficou aguardando as contrações.
- Deveria ter me esperado, minha senhora.  - Thranduil surgiu em meio as árvores junto a uma parteira do reino.
- Esta chegando nosso príncipe. Ele nascerá nas águas que banharam nosso amor e envolto da floresta que nos uniu e será seu lar.
Se passou muito tempo, horas, Élan por ter uma parte humana em seu corpo, sentia as dores muito fortes. E logo começou a sentir seu filho chegando, Thranduil estava segurando sua mão o tempo todo.
Então Élan viu surgir ainda submerso um elfinho recém nascido, já saiu risonho e nadando de dentro do seu ventre, ele tinha o sorriso de Élan, porém os olhinhos éram cinzentos como os do seu Ada (pai). 
- Légolas, quero chama -lo assim meu rei.
- Lindo nome minha rainha!
As lágrimas escorriam do rosto de Élan, transbordando sua felicidade e amor. Thranduil sorria como um bobo, e decidiu dar uma festa para que todos vissem seu lindo filho e o amassem como ele o amava, porém ele não sabia que o mal não perderia esse momento.
Légolas gostava de dormir entre Élan e Thranduil, assim era a única maneira do bebê elfinho não chorar. Com seus pais ele era risonho e feliz, porém longe de algum deles ele ficava choroso e aflito, como se algo perturbasse o pequenino. Por esse motivo sua mãe tinha que ficar todo o tempo acompanhando os afazeres do rei, mas reuniões, julgamentos, jantares e passeios.
A festa planejada pelo rei para apresentar seu filho havia chegado, já era outono e o visual no final de tarde estava deslumbrante.
Élan estava muito feliz se arrumando junto ao seu rei e seu filho, todos se banharam juntos, e enquanto Élan se aprontava Thranduil entretia o menino com alguns brinquedos feitos de galho e folhas secas, brinquedos tradicionais de outono. Após Élan se aprontar foi a vez do rei. Ambos estavam em vestes prateadas com tons de azul, e o bebê também enrolado em uma manta feita do mesmo tecido que o das vestes de seus pais.
Eles saíram então de seus aposentos e foram se encaminhando para o salão de festas do reino, Élan carregava consigo grande felicidade, porém, ela sentia que algo ruim estava para acontecer e que em breve haveria luta. Élan tinha uma sensação de medo, medo de seu filho ser tirado dos braços dela por alguma força maligna, medo de perder seu amado rei. Élan sempre foi muito sensitiva.
Chegando no salão de festa todos aplaudiam e felizes aclamavam seu novo príncipe, que foi levantado a visão de todos para que o contemplassem.
Logo colocaram entre os tronos do rei e da rainha um bercinho no qual o elfinho estava deitado, e assim os súditos do reino podiam ir vê- lo e presentia -lo se assim desejassem e pudessem.
Foram os lordes, capitães, nobreza, soldados e servas todos felizes a contemplar, estavam a mãe e o tio de Élan, assim como alguns de seus mais próximos amigos e súditos. Todos os reis compareceram para contemplar o novo príncipe.
Élan viu alguém de capuz azul se aproximando de cabeça baixa e de longe viu em sua mão uma adaga, mesmo ele tentando esconder no mando que vestia, ela viu reluzindo. Correu para o trono do marido e desembainhou sua espada quando a pessoa percebeu correu em direção ao berço e Élan já estava lá com sua espada e o golpeou nas pernas, isso o fez cair, a lâmina afiada da espada do rei de com que o corte fosse profundo.
Élan ofegante e com muita raiva em suas entranhas tirou o capuz, que revelou um homem de pele alaranjada, oriental, com traços fortes, olhos marcantes e turbante.
E então ela o golpeou no estômago e o perguntou o que o levou até la e o que pretendia.
O homem então disse algumas palavras:
- Todos os descendentes daquele maldito cabelo de fogo devem morrer!
Élan questionou o motivo, porém o homem arrancou com seus dentes sua própria língua, em protesto as perguntas.
Élan com ódio do que acabará de ver arrancou a cabeça do homem com apenas um golpe e Thranduil tentou acalmar sua esposa. Ele ficou muito espantado com tudo isso, pois ele não havia percebido.
Mais tarde sua esposa contou -lhe sobre os pressentimentos e o que chamou a atenção.
Élan já imaginava sobre quem o homem falou, porém a quem ele servia diretamente sempre permaneceria um mistério, que se estabeleceu quando ele arrancou a própria língua.
Os dias que sucederam a festa foram tensos, Thranduil mandou seus guardas realizarem uma varredura nos arredores do reino, e fortaleceu a segurança nas entradas do reino e ao redor de sua família, o de que que estivessem.
O medo crescerá nas terras de Mirkwood, e enquanto isso Élan se dedicava a pesquisar, e procurar por respostas. Ela achava injusto ela pagar por algo que ela não tinha nenhum conhecimento, e ainda mais por seu filho, o pobre bebe não merecia isso.
O medo resultou e meses de uma espécie de prisão domiciliar, o máximo que chegavam da natureza era no jardim interno do reino.
A cachoeira, floresta, passeios noturnos infelizmente tiveram de cessar.
A tristeza nos olhos de Élan era evidente e inegável. O rei tentava de tudo para animar a esposa, porém, de nada adiantava.
Um ano depois do ocorrido, já sem saber o que fazer, Thranduil decidiu então tomar uma atitude drástica para resolver de uma vez por todas esse infortúnio.
Ele então enviou dois mensageiros, e então iria aguardar o retorno deles com respostas. Essa seria apenas a primeira parte da sua busca por respostas.
E essa foi a menor das ameaças para a família real de Mirkwood.

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⏰ Last updated: Jul 31, 2015 ⏰

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A Senhora das relvas verdesWhere stories live. Discover now