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O dia havia sido extremamente estressante para Dulce. Prova de física, discussão com professor, 0 num trabalho de português. Ela claramente precisava relaxar. Saiu do colégio e foi imediatamente para casa, trocar de roupa. Queria sentir a areia da praia, a brisa e ver pessoas diferentes. Porém, queria alguém do seu lado. Christopher, óbvio. Ligou pra ele e pediu para que ele fosse à praia com ela. Chris aceitou, contanto que fosse a outra praia, a de Ipanema. Dulce sem mais demoras, concordou.

Quando chegaram à praia, eram duas da tarde. O sol ainda estava bem quente, mas a praia não estava tão lotada assim. Havia um grupo de jovens rindo de um lado, pais deitados com seus filhos fazendo castelos de areia, na calçada alguns Skatistas. Um local ótimo para descansar.

- Eu amo essa praia. - Chris deu um suspiro longo, viajando para outra época. Aquela, quando tinha 10 anos e sua mãe o buscava no Colégio, e logo em seguida iam para praia. Sozinhos, claro... Pois seu pai trabalhava demais.

- Ela é bem mais tranquila e calma. Um mp3 ou livro aqui estaria de bom tamanho.

Os olhos de Christopher por um momento paralisaram em direção a uma rua longa que ficava em frente à praia. Com belas casas e luxuosos carros estacionados na frente.

- Amor? - Dulce perguntou. - Está tudo bem?

- Tudo sim. - novamente suspirou.

Dulce ficou apenas de biquíni. Mostrando suas curvas, e um corpo super bem desenhado. Chris a olhava de cima a baixo, enquanto ela passava bronzeador. Quando rapidamente olhou para outro lado, percebeu que um grupo de caras estava olhando quase babando para Dulce. Sua Dulce! Chris sentiu ciúmes, e com o sangue fervendo, deu um beijo em Dulce, mostrando que ela não estava desacompanhada, fazendo assim, os caras prestarem novamente atenção apenas neles mesmos.

Mais tarde, enquanto Dulce estava deitada em baixo do guarda-sol, olhou Chris sair da água e pegar uma bola. Logo em seguida, um bebê que aparentemente tinha três anos, pediu a bola para ele. Chris se ajoelhou e começou conversar com o menininho, que não estava perdido. Passou a mão nos braçinhos dele, para tirar a areia e ajeitou o cabelo. Dulce sorriu, imaginando como seria Christopher, tomando conta de seus filhos.

O tempo na praia durou pouco. Felizmente, Dulce conseguiu descansar. O sol já estava se pondo quando eles estavam guardando suas coisas. Até que se ouviu uma voz:

- Christopher...

Dulce olhou para a dona da voz. Uma mulher loira, de olhos claros e muito bem vestida, olhava sorrindo para Christopher, que retribuiu o sorriso. Sem sombra de dúvidas, aquilo gerou um enorme ciúme em Dulce, que quando abriu a boca para tirar satisfação, viu Christopher correr para abraçar a tal mulher.

- Mãe! - Chris disse, abraçando-a forte.

Dulce sorriu após entender tudo aquilo.

Filho que saudades de você, meu menino. - a moça, que até então era desconhecida para Dulce dizia.

- Também estou com muitas saudades mãe.

- Essa moça contigo?

- Ah, - ele sorriu. - Me deixa apresentar. - Mãe, essa é a minha namorada Dulce. Dulce, essa é minha mãe Alexandra.

Dulce sorriu e se aproximou para cumprimentar sua sogra.

- Muito prazer, dona Alexandra.

- O prazer é meu em saber que meu filho está namorando uma menina tão bonita e educada.

Dulce sorriu sem jeito.

- Mãe o que faz por aqui? - perguntou.

- Vim andar, pensar um pouco...

- E o Victor?

- O seu pai, você quis dizer. - reprimiu Alexandra.

- O Victor mãe! Como ele está?

- Está bem... Viajando bastante, como de costume.

- Esse aí tá fazendo hora extra na terra. - Chris não pôde deixar de comentar.

- Não fale isso filho. Seu pai tem um gênio difícil, mas te ama.

- Imagine se me odiasse. - cruzou os braços.

- Mudando de assunto, não gostariam de ir até lá em casa?

- Claro! - Dulce disse.

- Não! - Chris respondeu.

- Amor, por favor... Não faça essa desfeita para sua mãe.

Chris olhou pro mar e bufou.

- Tá!!!!!! Tudo bem, vamos. Mas rapidinho.

Eles caminharam em direção à rua que Chris tanto olhava. Agora Dulce entendia tudo, Chris morava ali antes de virar o que é hoje. Alexandra estava feliz em ter reencontrado o filho, pois não o via fazia muitos meses, quase um ano.

𝑨𝒎𝒐𝒓 𝒃𝒍𝒊𝒏𝒅𝒂𝒅𝒐Onde as histórias ganham vida. Descobre agora