Ligados - Capitulo IX

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Já fazia alguns dias que Gabriel e os demais tinham saído de viagem e direção ao Triângulo das Bermudas, porem cada dia que passava parecia que ficava mais longe do destino. Eles teriam que andar em direção ao porto mais próximos e de uma forma embarcar clandestinamente em uma embarcação que segue em direção a Flórida ou ao Porto Rico. Eles não queriam chamar atenção dos anjos renegados e serem seguidos se caso tentassem atravessar o pacifico voando agarrados nos anjos que estavam com eles. E por mais que eles quisessem ir dessa forma, não tinha asas para todos, pois Lucas tinha ficado para trás junto com o Kyro, eram dois pares de asa a menos.

Exatamente uma semana depois eles chegaram a uma praia no litoral do país que continha um porto, mas de acordo com as pesquisas que fizeram, o próximo navio que seguiriam em direção ao Porto Rico, sairia apenas na noite seguinte. Então eles resolveram montar acampamento naquela praia mesmo, bem longe dos olhares misteriosos.

— Como faremos para entrar em um desses trecos enormes? – Perguntou Ryan – Por mim a gente ia voando mesmo, pouparia essa invasão de propriedade alheia.

— Pois bem, a gente vai voando e na metade do caminha, ou melhor, na metade do oceano vocês cansam e caímos em direção ao mar. – Respondeu Thomas – Aí morremos todos nós, ou melhor, os que são humanos.

— Prefiro arriscar esses trecos enormes como disse o Ryan – falou Vicky.

— Não se preocupem com isso, feitiços é que não faltam, e com certeza tenho algum que possa nos colocar lá dentro sem sermos percebidos. – Falou Mike por fim, respondendo às perguntas de todos.

Gabriel se levantou lentamente da área enquanto observava o pôr do sol adiante, já era quase noite.

— Vou procurar um pouco de madeira para fazermos uma fogueira. – Falou ele.

— Você se incomoda em eu ir com você? – Perguntou Thomas – Quero conversar um pouco com você.

— Sem problemas, pode vim.

— Iremos ficar montando acampamento, não demorem. – Falou Mike.

Gabriel e Thomas adentraram em uma pequena vegetação litorânea, estava um pouco escuro, foi então que Gabriel usou a própria mão como uma espécie de lanterna.

— Como você conseguiu esconder tanta coisa sobre você de nós. – Falou Thomas. – Nós, eu digo, Mariana, Felipe e Andrea.

— Na verdade naquela época eu não sabia nada disso sobre mim, na verdade me sentia um garoto normal, até que fui para a outra cidade e foi aí que tudo começou.

— Como foi isso para você? – Perguntou ele.

— Acho melhor você reformular sua pergunta, porque aconteceu tantas coisas que é difícil de entender quando alguém fala algo, ou pergunta algo.

­— Primeiramente sua sexualidade, pois fiquei surpreso de você nunca ter notado que eu era perdidamente apaixonado por você.

Gabriel deu uma pausa nos passos sem olhar para os lados, apenas ficou focado em um ponto qualquer na escuridão.

— Seu safado. – Falou ele.

— Porque sou safado? – Perguntou Thomas sem entender.

— Me lembrei agora dá vez que passei uma noite de tempestade na sua casa, e você me falou que tinha medo de trovões e queria que eu dormisse na sua cama com você, e então quando eu deitei você me abraçou fortemente por trás e dormimos ali. Eu era tão ingênuo.

No escuro não deu para perceber, mas Thomas corou como nunca, ganhava de um tomate de tão vermelho.

— Naquela época eu estava tão confuso, você me deixava confuso, sempre tão carinhoso e gentil comigo que eu até pensei que um dia se eu te agarrasse e te beijasse, você não faria nada que impedisse.

OS CONJURADORES - O FIM DA MALDIÇÃO - LIVRO 3Onde as histórias ganham vida. Descobre agora