Desespero

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Cansados, meus olhos secam.
Noto que já é hora de descansar, ou pelo menos,
parar de esforçar minha mente, mesmo contra a vontade.
Difícil os limites do corpo definirem o limite do seu esforço.
Complicado conviver com limitações naturais, além das outras mais.

Cada vez que paro, guardo os aparatos, a guerra interna começa.
De um lado, o "Amanhã se esforce mais",
do outro, o "Por que você não fez mais hoje?".
Uma das infinitas brigas que meu ser tolera dia após dia,
todas que de alguma forma são motivações e motivos de desespero.
Desespero sendo uma bonita rosa, da qual só me apego aos espinhos.

Ao meu tempo, olho tudo que têm a minha frente.
Tudo que vêm a frente da minha atual condição do saber.
Desespera-me tal atraso, mas um atraso passado com calma,
almejando não velocidade, mas aproximação da perfeição.

As CinzasWhere stories live. Discover now