「18」Escândalo

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Escutou o arfar falho e sentiu os dedos hesitantes embrenharem em seus cabelos, puxando suavemente. Respirava fundo, sentindo-se bêbado pelo aroma intenso que vinha da pele dele. Era delirante como tudo era tão intenso que o deixava afoito. Nunca se sentiu daquela maneira e sequer sabia administrar.

Soobin gemeu baixinho quando sentiu a mordida fraca próximo a sua cintura, puxando os cabelos claros para descontar a sensação, erguendo as costas do lençol. Não conseguia entender como o toque alheio o colocava em chamas.

Escutou os dedos ágeis abrirem sua calça e fechou os olhos, sequer acreditando que aquilo estava realmente acontecendo. O tecido foi puxado de seu corpo e ergueu o quadril, facilitando que tirasse, mas a força de Yeonjun naquele momento era insana, sentia que iria rasgar a peça de roupa. As orbes escarlates eram tão intensas que se sentia uma presa.

Ele se acomodou entre suas pernas, passando as mãos em suas coxas, parecendo decidir por onde iria começar. Permaneceu em completo silêncio, tímido pela atenção que recebia. A pele alheia era fervente contra a sua e o arrepiava por inteiro.

Sentiu que iria perder o controle do próprio corpo quando a palma quente o acariciou por cima da cueca. Yeonjun observava todas as suas reações e pareceu contente quando gemeu, suspirando em seguida.

Não pensou que ele tinha consciência do que fazia, mas os dedos estavam enterrados em seu quadril com força e sabia que acordaria com as marcas das digitais por todo o corpo.

Subitamente, virou uma bagunça de gemidos e xingamentos. A mão quente trabalhava habilmente e o tirava de órbita. Sentiu os lábios próximos de sua virilha e retesou por completo, arfando. Agarrava os lençóis com força, tentando não demonstrar demais, mas sua língua o traía, soltando uma torrente de palavrões.

Yeonjun riu, soprando contra a pele sensível antes de erguer o corpo, pressionando a palma de sua mão contra a boca carnuda que proferia os piores absurdos que já tinha ouvido.

— Boca suja da porra — reclamou, as orbes ainda em chamas. — Posso continuar?

Ele apenas assentiu, incapaz de reunir forças para tirar a mão quente de sua boca.

Yeonjun deixou um selar casto próximo ao quadril, apoiando os dois braços ao lado do corpo que venerava. Soobin respirou fundo, tentando não deixar a ansiedade comê-lo vivo. Mas, antes que pudesse pensar demais, as mãos fortes o viraram na cama como se pesasse uma pena, fazendo-o arfar em surpresa.

— Era isso que queria, não é? Ou entendi errado? — o tom de voz era rouco e repleto de luxúria.

Soobin não conseguiu responder com palavras, mas afundou o rosto no travesseiro, gemendo ao puxar os lençóis, como se pudesse rasgá-los entre os dedos. Em resposta, escutou a risada soprada e cínica. Tinha vontade de tirar o sorriso dele no soco.

Antes que pensasse demais sobre isso, o tecido da camiseta que ainda usava foi puxado para cima, desaparecendo de seu corpo. Sentiu a trilha de beijos em sua lombar e tremeu com a sensação, entendendo onde aquilo iria acabar. Puxou o lençol com força entre os dedos, empinando a bunda involuntariamente, mas foi o suficiente para sentir uma das mãos em si, apertando a carne macia entre os dedos quentes.

O gemido suave inundou o quarto quando finalmente o sentiu onde mais precisava e corou ao perceber como estava sonoro. Tentou se conter, mas Yeonjun cavou as mãos em sua cintura, pressionando seu quadril contra o colchão para que permanecesse parado. A força que usou contra si era quase bruta, mas deliciosa. Conseguia sentir como ele estava descontando a raiva e, por uma noite, decidiu abrir mão do controle que mantinha, cedendo por completo.

Yeonjun sentia-se afoito. O que vinha de Soobin triplicou a sensação intensa em seu peito e viu-se impaciente. Praticamente bebia dos gemidos suaves enquanto dava exatamente o que ele queria. Tê-lo à sua mercê daquela maneira inflou seu ego, deixando-o orgulhoso.

COLLIDE • yeonbinWhere stories live. Discover now