Capítulo 10

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(Não Revisado)

Meus braços envolveram em seu pescoço não querendo a mínima distância entre nós.

Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, só não queria recuar e muito menos que ele me soltasse.

Caio me apertava firme em volta dos seus braços fortes ainda me erguendo, para ele aquilo parecia fácil demais.

"No começo eu tentei não corresponder, mas não demorou muito para me entregar e deixar rolar. Como estava descalça meus pés se erguiam para tentar ficar em uma altura 'boa' enquanto envolvia meus braços em volta de seu pescoço ele alisava minha bochecha com a mão esquerda.

Aquilo estava tão bom que eu queria que tudo parasse ali na área da minha casa com o começo da noite e o céu estrelado, Caio e eu. Mas em um momento teríamos que parar e nos encarar.

Após nos separarmos pela falta de ar Caio continuava segurando firme em minha cintura enquanto sentia sua respiração ofegante batendo no meu rosto"

Finalizei o beijo arregalando os olhos e me desgrudando dele que estava assustado.

– Clari? O que foi?

Caio me perguntou enquanto ainda me segurava.

– Me põe no chão, por favor – pedi.

Ele não disse nada apenas fez o que eu pedi, mas podia enxergar um ponto de interrogação no rosto dele.

Não era a primeira vez que aqueles tipos de imagens passavam pela minha cabeça, vinha focado somente nos rostos e era sempre um momento meu com Caio. Dessa vez eu tive certeza que não foi um sonho, aliás, eu estava acordada, bem acordada.

Aquilo me deixou zonza e eu tive que segurar no murinho ao lado fechando os olhos com força e os abrindo novamente enquanto encarava o chão.

– Clarissa? – ele tocou meu rosto devagar.

O encarei tentando assimilar tudo aquilo. Caio e eu éramos um casal, já tivemos momentos naquele mesmo lugar, se eu me lembrasse de tudo podia muito bem dizer que tive um momento de Nostalgia, mas não. Talvez eu estivesse me lembrando, os remédios já estavam começando a fazer efeito e minha louca vontade de recordar tudo estava ajudando mais ainda.

– Desculpa – murmurei.

– Eu que peço desculpas, acho que agi errado – ele deu um sorriso sem graça.

– Agiu mesmo, mas eu gostei.

Vi seu sorriso logo depois do que eu disse, ele estava radiante.

– Então por que isso tudo?Eu te apertei demais?São seus machucados né?Meu Deus como eu sou burro – disse bufando.

– Caio – me aproximei novamente erguendo os pés e segurando seu rosto – relaxa você não fez nada de errado.

– OK, se não foi isso o que foi?

O larguei soltando um suspiro e caminhando até o meu quarto, eu ainda estava perdida e não sabia se contava ou não. Mas eu precisava conversar com alguém sobre isso, era um grande passo para minha recuperação.

Sentei-me na cama encolhida fechando os olhos tentando pensar um pouco, quando os abri Caio já estava sentando ao meu lado me abraçando.

– Acho que estou me lembrando Caio – disse sem enrolar.

No exato momento ele segurou nos meus braços me afastando um pouco para conseguir me encarar, ele parecia em transe.

– Caio?

A Filha da Empregada 2 - FINALIZADAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora