Subitamente, lembrou do dia anterior. Como ficou paralisado enquanto Yeonjun basicamente mandava que tomasse um banho quente.

— A nossa enciclopédia humana — Jaehyuk debochou, recebendo um dedo do meio em retorno. — Quer dizer que vamos falar sobre tudo isso, mas não vai me contar quem foi que deixou esse chupão grotesco no seu pescoço? — indagou para o amigo, erguendo as sobrancelhas de maneira sugestiva.

— Eu ia chegar nisso — disse, abrindo um sorriso amarelo. — Acho que irritei o Yeonjun ontem. Não era a minha intenção, mas acho que fiz.

— O que aconteceu? — Taehyun perguntou, preocupado.

— Só percebi que, desde Chin-Sun, ele tem olhado muito para o meu pescoço. Faz isso inconscientemente e fica muito sem graça quando eu percebo. Eu meio que me afundei na preocupação de que, talvez, ele tivesse desejo de me morder.

— Me diz que não comentou isso com ele, Soobin — Yunjin disse, esfregando as têmporas.

— Ele percebeu que eu estava estranho e me perguntou o que estava acontecendo. Obviamente, ficou ofendido quando perguntei se já sentiu vontade de me morder — coçou a nuca sem jeito.

— Claro que ficou — Yunjin disse como se fosse óbvio.

— E aí ele meio que... Como vou explicar isso sem soar muito ruim ou muito sexual? — perguntou para si mesmo, respirando fundo.

— Por Dae, que porra vocês dois fizeram? — Jaehyuk questionou, arregalando os olhos.

— Não sei explicar como aconteceu, mas, quando me dei conta, ele tinha me prensado na parede e...

— Soobin, seu safado! — Yunjin exclamou, rindo ao cobrir a boca com a mão.

— Foi o Yeonjun que deixou esse chupão gigantesco em você? — Taehyun perguntou, chocado.

— Se beijaram? — Jaehyuk indagou em expectativa.

— Sim, foi o Yeonjun. Não, não nos beijamos — respondeu os questionamentos. — E agora, só... Sei lá, ele me agarrou, passou não sei quanto tempo beijando meu pescoço e simplesmente foi embora puto da cara. Meio que não sei o que fazer.

— É claro que ele foi, Soobin — Yunjin revirou os olhos. — Como você consegue ser o melhor mago da geração e mesmo assim não conseguir juntar dois neurônios para interpretar a situação? Não acredito que estou tendo que te falar isso.

— Não sei onde quer chegar, estou perdido — admitiu.

— Se Asahi comentou algo sobre você ter sido marcado, significa que estava impregnado com o cheiro do Yeonjun. O que a mãe dele disse?

— Ela meio que me farejou de longe e disse que era surpreendente ter alguém cheirando a ele daquela maneira.

— Vampiros são territoriais, ele não estava pensando em te morder, estava apreciando como, mesmo sem te marcar, você cheirava como se pertencesse a ele. Não tem nada a ver com mordida, seu burro.

— Caso não se lembre, não sei absolutamente nada sobre vampiros — falou com obviedade.

— Se estão passando tanto tempo juntos, deveria começar a pesquisar — disse de maneira sugestiva.

Soobin a observou por alguns segundos, piscando devagar. Estava tentando entender se ela realmente estava falando sobre aquilo. O fato de Yunjin estar familiarizada com vampiros por conta da família não o preparou para o momento em que, pelas feições quase debochadas, entendia que estava falando sobre sexo.

— Isso não vai acontecer — disse com finalidade, virando o restante do café em um longo gole. — Por Dae, vou para a sala de aula.

— Eu nem disse nada sobre isso! — desmentiu, gargalhando. — Deixa de ser covarde, volte aqui! — pediu, incapaz de conter a risada.

COLLIDE • yeonbinWhere stories live. Discover now