The Disaster

1.7

Quatro :

Reencontro.

Stella adentrou a sala com raiva chamando atenção do seu irmão, fazendo o parar.

_Ster oque aconteceu -Gally segurava o braço de Teresa.

_Ela pegou alguma coisa -Stella segurou o outro braço de Teresa com força.

_Não. Ela tentou pegar o bisturi, mas eu fui mais rápido -Ele voltou a caminhar levando Teresa.

_Tem certeza disso -A bronzeada aumentou a voz.

_Claro Stella -A voz dele soou mais alto por ele ter se afastado dela.

A bronzeada voltou  para sala que estava antes para poder terminar de se arrumar. Ela estava tão convicta de que Teresa tinha pegado algo, que não conseguia se concentrar.

Stella respirou fundo, ajustando o capacete e verificando o fecho do uniforme de soldado do C.R.U.E.L. novamente. O uniforme era pesado e desconfortável, mas ela precisava se acostumar com ele rapidamente. A missão que estava prestes a iniciar não permitia erros. Ela olhou-se no espelho quebrado da sala, tentando se acostumar com a imagem que via. Seu reflexo parecia estranho e distante, uma fachada que escondia sua verdadeira identidade e intenções.

O lugar estava quase vazio, mas Stella sentia o peso da responsabilidade sobre seus ombros. Era um momento crucial. Ela fechou os olhos por um instante, lembrando-se de por que estava fazendo isso. Minho. Ele estava preso em algum lugar daquela instalação, e ela faria qualquer coisa para salvá-lo.

A porta da sala abriu-se, e Thomas entrou, também vestido como um soldado do C.R.U.E.L. Ele deu um leve sorriso ao vê-la, seus olhos refletindo a mesma determinação que ela sentia.

_Pronta? -Ele perguntou em um sussurro.

_Pronta. Precisamos nos misturar perfeitamente. -Stella assentiu, ajustando a postura.

Eles saíram juntos, caminhando pelos corredores esterilizados e bem iluminados da instalação. O som de seus passos ecoava nas paredes metálicas, criando uma sensação de tensão e urgência. Passaram por outros soldados de Lawrence que não ajudariam em nada no plano .

Enquanto caminhavam, Stella tentava manter a calma, lembrando-se do plano que haviam elaborado meticulosamente. Primeiro, infiltrar-se na base. Depois, localizar Minho e, por fim, encontrar uma maneira de tirá-lo de lá. Cada etapa era crucial e cheia de riscos.

_Vamos primeiro para a sala de controle -Thomas disse em um tom baixo, mas firme.- Precisamos desativar as câmeras e os alarmes antes de fazer qualquer movimento em direção à cela dele.

Stella concordou, seguindo-o de perto. A sala de controle ficava em um nível superior, e o caminho até lá estava cheio de obstáculos. Adentraram o prédio enquanto Teresa os guiava. Cada encontro com outro soldado ou funcionário fazia seu coração acelerar, mas ninguém parecia desconfiar.

Quando finalmente chegaram à porta da escadaria, gally chegou ao encontro de Thomas, Stella e Newt. Thomas usou o Teresa de acesso para abri-la. Entraram silenciosamente, encontrando-se em uma escadaria cheia de nada. Os cinco passaram pela porta, logo a frechando de volta.

Enquanto caminhavam, a lembrança de Minho, preso e provavelmente sofrendo, a impulsionava. Stella sabia que não podia falhar.

_Ele deve estar aqui em algum lugar -Thomas disse, olhando para Stella que havia acabado de tirar o capacete.- Precisamos ser rápidos.

Stella assentiu, preparando-se para o próximo passo. Vestida como um soldado do C.R.U.E.L., ela se sentia à beira de um precipício, pronta para saltar em direção ao desconhecido. Mas sabia que não estava sozinha, e isso lhe dava força.

Com uma última respiração profunda, avançaram pela escada, prontos para enfrentar qualquer obstáculo que surgisse em seu caminho.

_Da pra entra aqui -Gally passou a mão pelos painéis.

_Joga o rádio -Thomas pediu a ele antes de descer para vasculhar o perímetro.

Enquanto Gally tentava abrir o painel, Stella vigiava Teresa. A traidora estava sentada em um degrau, apenas observando eles ali, foi quando ela viu Newt começar a tossir descontroladamente, então ela ligou os pontos, entendeu o porquê de um plano tão desesperado.

_Caçarola entramos, como é que tá ? -Thomas perguntou no rádio após voltar.

_Ta quase la, da um "oi" pro Minho por mim -Ele respondeu do outro lado da linha, sua voz havia saído chiada por causa do vento, mas não era nada que atrapalhasse.

_Brenda, me dá um relatório -Foi Stella que pediu apos tomar o rádio da mão de Thomas.

_Relatorio, eu tô me virando -Ela sussurrou em resposta- Eu vou tá la.

_Entendido, toma cuidado -Thomas falou pegando o rádio da mão de Ster.

_Beleza,vamo la -Gally havia acabado de conectar o dispositivo de Lawrence que lhe daria acesso as cameras.

Eles correram escada abaixo o mais rápido possível, e depois correram pelos corredores, apenas parando em frente a porta que dava para as celas.

Quando a porta foi aberta, a primeira arma a disparar foi a de Thomas, logo sendo seguido pelos outros. Alguns tiros foram necessários para que eles conseguissem o controle da sala.

_Vamos, por aqui -Stella guiava algumas crianças que eles estavam libertando.

_Gente isso pode levar um tempo -Gally se referiu ao cofre onde estava o soro.

Stella junto de Thomas checaram as celas mais tres vezes para garantir que não estavam malucos.

_Ele não tá aqui -Ster se abaixou colocando a mão na cabeça.

Tudo que poderia ter acontecido de ruim se passou pela mente da bronzeada. O plano deles não tinha uma segunda parte, não tinha um plano reserva, era um plano que deveria ser seguido a risca e não deveria ter falhas.

_Ster o Minho tá tá na ala médica -Thomas se abaixou ao lado dela apoiando as mãos no ombro da mulher- Eu e o Newt vamos busca-lo, você fica aqui e ajuda o Gally.

Stella levantou concordando com ele, ela queria ir e poder ajudar, mas se saísse dali estaria abandonando seus irmão, e isso ela não poderia fazer.

_Newt, eu vou conseguir te salvar -Stella se aproximou do loiro- Eu prometo.

_Vamos trazer ele de volta -Newt falou a abraçando.

Thomas, Newt e Teresa saíram pela porta, aquilo definitivamente não estava nos planos, foi um improviso, tudo poderia dar errado, mas eles tinham que ter confiança uns nos outros e garantirem que a parte de cada um seria comprida.