❝ 𝐒𝐇𝐓𝐃 .. ── O mundo colapsou. Após o sol queimar a superfície da Terra, outro problema se tornou alvo de preocupações: o vírus Fulgor. O Fulgor é caracterizado por transformar os humanos que ainda restaram no planeta em seres humanoides canibai...
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𝐍𝐨 𝐜𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐚𝐧𝐭𝐞𝐫𝐢𝐨𝐫...
— Posso saber por que está rindo? — Adara já estava farta daquela ceninha dele
Gally olhou para ela por um segundo inteiro, embora estivesse irritado vez ou outra quando a moça o desafiava, o rebatia e até o soco, aquela pergunta o fez arrancar uma risada e então, quando percebeu que a moça já estava quase ignorando ele por completo, prendeu o riso em seus lábios e disse:
— Porque eu sou o encarregado dos Construtores.
𝐀𝐭𝐮𝐚𝐥𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞...
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— Vo... v-você... — Adara hesitou por um ou dois segundos inteiros, engolindo a seco o que tinha acabado de descobrir.
— O que foi? — Gally tentava ficar sério, mas seu sorriso escondido por trás dos seus lábios o impedia. — Surpresa?
— Não estou. — A garota tentou disfarçar sua reação, erguendo seu olhar ao alto para responder. — Surpresa seria eu descobrir que um dia você sabe o que está fazendo.
Ela virou de costas, dando alguns passos a frente e isso serviu para esconder um leve constrangimento que se formava ali em rosto pela situação, sentindo queimar em vermelhidão e os olhos confusos, como se pudesse enfiar sua cabeça em um buraco naquela grama esverdeada que cercava toda a Clareira.
— Então... — A voz de Gally continha um som de pura ironia e divertimento — Você queria falar com o encarregado. — Um riso sarcástico saiu da boca dele ao dizer aquilo — Aqui estou. — Encostou seu corpo na mesa próxima dele, ainda de braços cruzados — E aí? O que quer falar comigo?
Ele olhava para ela, embora a mesma ainda estivesse de costas para ele, sabia que ela revirava os olhos por cada palavra que ele dizia e também parecia ver a fumacinha saindo pelas orelhas dela. Não sabia dizer se era raiva, vergonha ou até arrependimento antes da moça ter conhecimento de qual cargo ele pertencia naquele lugar, mas fosse o que fosse, ela jamais admitiria em voz alta.
