67 - I've been sleeping a thousand years it seems

22 5 0
                                    


 Esperei Aredhel adormecer e só decidi dormir depois de me certificar que ela conseguia respirar melhor. Aninhei a mulher de meu destino em meus braços e adormeci. Logo passei a sonhar. No sonho eu estava em um local estranho e mal iluminado. Parecia uma casa de Midgard abandonada. Tinha os móveis e o chão empoeirados. As paredes tinham uma estampa floral, desbotada e amarelada pelo tempo. Tinha lustres que deveriam ser de vidro ou cristal, mas que, devido ao tempo, ficaram opacos e o teto cheio de bolor.

Comecei a caminhar pelos corredores e à medida que eu adentrava pela casa, esta parecia recuperar sua beleza anterior. O Local lentamente ficava mais claro e bem iluminado. Podia ver os detalhes em dourado em alguns móveis e a prataria que preenchia algumas estantes. Finalmente pude ver os detalhes das paredes e o teto extremamente branco.

Vaguei até me deparar com um grande espelho, de moldura em dourado, em uma das salas que entrei. Vi minha imagem refletida nele e pude notar que eu estava mais jovem. Tinha a aparência e as roupas que vestia na época de minha juventude, antes de descobrir que era adotado. Na verdade reconheci meu traje do dia da primeira tentativa de coroação de Thor. Eu estava sem o capacete e tinha os cabelos curtos penteados cuidadosamente para trás, como eu os usava na época.

Meu comportamento também era diferente. Eu me sentia mais audacioso, destemido e imprudente. Como se tivesse voltado à minha adolescência. Nesta época de minha vida, meu desejo de causar o caos era maior que meu juízo.

De repente vi pelo espelho uma figura feminina aparecer à porta, logo atrás de mim. Virei-me para encará-la e vi que era uma garota de Midgard. A jovem estava com um vestido grande e volumoso, de cor branca com desenhos florais em verde. Ela tinha um gigantesco chapéu na cabeça amarrado em seu queixo com um grande laço verde, cujas pontas eram longas e desciam até quase metade do comprimento do vestido. Possuía também uma larga faixa verde que demarcava bem sua cintura. A moça aproximou-se e pude ver era quase idêntica a Aredhel. Possuía estatura pequena e traços iguais ao de Aredhel. Tinha os mesmos olhos e cabelos castanhos escuros, sendo que seus cabelos estavam um pouco diferentes. Estavam ondulados e mais curtos, na altura dos ombros. Ela ficou me encarando por algum tempo e me fitou de cima a baixo, como se estivesse me analisando. Em seguida parou diante de mim e deu-me um sorriso tímido.

Pensei inicialmente em amedrontá-la. Aproximei-me dela e a garota nem se mexeu, continuava me olhando maravilhada. Parecia não me temer. Sentia uma forte atração por ela e tinha a sensação de que a conhecia há mais tempo. Eu a olhava com certa malícia, para mim a forma como aquela jovem me encarava era excitante. Passei a mão por sua cintura e a puxei para mais perto, colando seu corpo ao meu. Senti-a estremecer, mas ainda assim ela continuava me olhando com adoração. Debrucei-me sobre ela e beijei-a. Ela começou a se debater em meus braços, resistia ao meu beijo. Senti que deveria soltá-la, nunca foi de minha natureza me impor a qualquer pessoa, mas algo dentro de mim dizia que era um jogo nosso. Algo que ela sempre fazia, como se fôssemos íntimos. A jovem tentou me empurrar, em vão, por algum tempo e aos poucos foi cedendo ao caloroso beijo, justamente como eu imaginava. Ela se agarrou aos meus cabelos, bagunçando-os.

Inesperadamente, dois rapazes entraram na sala. Um deles tinha cabelos castanhos claros e lembrava muito Phillip. O outro era ruivo e muito parecido comigo, mas com o rosto cheio de sardas.

— Você! Tire suas mãos de minha noiva! — gritou o ruivo.

— Com você ousa tocar em minha irmã? — indignou-se o moreno.

Eu apenas sorri e larguei a cintura da moça. O ruivo puxou uma pistola arcaica e apontou para mim. O pobre mortal acreditava que poderia me ferir com aquela arma antiquada. Comecei a rir e ele atirou em minha direção. Pasmo, vi a garota colocar-se na minha frente e ser ferida no lado esquerdo do peito. Ela deu um gemido alto, levou as mãos ao ferimento e ameaçou desabar no chão. Antes que ela caísse, eu a amparei. Os dois rapazes avançaram sobre mim e, com meus poderes, eu os lancei contra a parede, fazendo-os cair desmaiados no chão. Olhei novamente para a garota e ela estendeu a mão tocando meu rosto.

A mulher do meu destino (Loki e Tom Hiddleston Fanfiction)Where stories live. Discover now