11 - You're my best friend

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Depois que assumi o lugar de Odin passei a ficar muito ocupado resolvendo assuntos pendentes sobre a reconstrução de Asgard. A visita dos Elfos-negros havia deixado muitos estragos. Ainda também precisava me inteirar sobre os demais assuntos do reino e isso, mais do que a reconstrução, levava mais tempo. Passava o dia ocupado e de vez em quando eu via Aredhel circulando pelo palácio, mas não passava um dia sem vê-la.

Percebi que o local predileto de Aredhel eram os jardins. Imaginei que depois de passar mais de um ano presa naquela cela, ela preferia ficar mais tempo ao ar livre. Vez ou outra eu a encontrava tentando ler um livro ou mexendo nas flores. À noite eu sempre a encontrava por lá. Nesses poucos momentos eu podia desfazer a ilusão e assumir minha real forma. Perto dela eu não precisava fingir ou ser falso como fazia no convívio com os amigos de Thor. E só os deuses sabiam porque aquela mulher confiava em mim. Ela sabia quem eu realmente era, então podia ser eu mesmo.

Eu tinha que admitir uma coisa, sem Aredhel em Asgard seria extremamente solitário viver fingindo ser Odin.


Uma dessas noites eu a encontrei deitada na grama olhando para o céu de Asgard.

— Hoje não está lendo? — surpreendi-a. — Resolveu dar uma pausa nos estudos? — perguntei.

— Ai que susto — ela levou a mão ao peito. — Não... Hoje a noite está tão bonita e o céu daqui é tão diferente que preferi ficar apenas contemplando as estrelas — sorriu de um jeito singelo. — E esse jardim é tão bonito, mas tem plantas aqui que desconheço — disse arqueou as sobrancelhas.

— Estou sentindo que lá vêm mais perguntas — falei em tom de zombaria.

— Sim — afirmou toda empolgada. — Você sabe que vivo cheia de dúvidas — aprumou-se na grama e bateu no chão ao seu lado.

— Você nunca se cansa dessa busca pelo conhecimento? — perguntei meio rindo, enquanto me sentava ao seu lado.

— Eu não... Você se cansa? — rebateu.

— Não... — confessei.

— Eu queria poder viver cinco mil anos, que nem vocês, para ter mais tempo para aprender... — murmurou pensativa. — Meu Deus... Quantos livros eu poderia ler... — suspirou lentamente.

Ouvir aquilo me deixou incomodado. Às vezes eu esquecia que Aredhel era humana e que viveria tão pouco.

— Eu respondo o que quiser saber — falei com franqueza.

— Certo! — os olhos dela brilharam. — E depois você me conta o que fez hoje e o que há de novidades em sua exemplar administração — falou em tom de brincadeira.

— Agora que você falou... — comecei. — Eu tenho que te contar sobre as ideias que tive e...

— Ei! — interrompeu-me erguendo a mão. — Primeiro as minhas perguntas! — balançou o dedo em riste para mim.

Eu ri. Então ela começou a perguntar sobre as estrelas, constelações e plantas que haviam ali. Eu admirava sua sede de saber e sua capacidade em aprender tão rápido.

E todas as noites coisas assim se repetiam. Conversávamos sobre minha administração e eu ensinava Aredhel sobre Asgard. Não tinha melhor maneira de terminar o dia.



Aredhel parecia bem à vontade em Asgard, simpatizava com todos. Sempre a via cumprimentando ou conversando com alguém, inclusive guardas e serviçais. Algumas vezes cheguei a vê-la acompanhada de Volstagg e Fandral. Mas ela, boba como era, sempre acabava sendo vítima das zombarias deles, principalmente de Fandral. Divertiam-se com o fato dela ignorar muitas coisas do reino. Por este motivo, ela sempre acreditava em tudo que afirmam existir ou ter acontecido em Asgard e nos demais reinos.

A mulher do meu destino (Loki e Tom Hiddleston Fanfiction)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora