|ESTA OBRA É UM DARK ROMANCE|
Asen só almejava uma coisa ao finalmente conquistar sua liberdade: vingança.
Um propósito; um plano; uma prioridade.
Ele só não esperava conhecê-la; e nem que isso mudaria cada um de seus maiores objetivos.
Um vampir...
Você é tão maldoso, eu não gosto de você Vá se foder, de qualquer forma Você me faz querer gritar com toda força dos meus pulmões
AFRAID;The Neighbourhood • ASEN KONAN
Dois dias antes
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Sinto o ódio me consumir assim que meus olhos encontram os do filha da puta à minha frente, o sorriso que pinta seus lábios é apenas mais um combustível para a fúria que queima por minhas veias a cada segundo que me vejo preso naquele lugar.
Dominic parece muito tranquilo, sentado em uma das poltronas de couro no que parece o escritório da mansão abandonada na Pensilvânia, a mesma onde o encontrei pela primeira vez depois de séculos, a mesma onde ele matou a minha mãe bem diante dos meus olhos.
Eu não digo nada, tentando me concentrar em qualquer coisa que não seja as correntes envolta do meu corpo preso na maldita cadeira de aço em que me encontro sentado, imobilizado como uma estátua de pedra. Não tento me soltar, qualquer movimento seria em vão naquele momento, e sei que qualquer ato meu pode custar um preço muito alto.
— Você nem está tentando fugir, que decepcionante — Emitiu um estalo com a língua, apoiando o cotovelo no braço da poltrona.
— O que você quer? — Não evito o tom ríspido que me escapa.
— Devo dizer que eu não esperava capturá-lo tão fácil, mas quem diria? Você estava lá, tão despreparado a caminho de… onde mesmo? — Ele parece pensar por um instante — Sicília. Ah, sim, é verdade. Devo perguntar o que pretendia fazer na Itália?
— Até onde eu sei você não é meu pai — Cuspo, irônico.
— Estou curioso, o que o fez ir embora assim tão repentinamente? Deixar sua garota para trás…
Fico em silêncio, me recusando a olhá-lo, e tento não pensar nela quando esta é mencionada. É quase impossível, não há como não pensar nela, não há como não me odiar a cada maldito minuto por ter ido embora; mas também não há como me perdoar por quase ter tirado sua vida completamente.
— Hmmm, problemas no paraíso? — Riu, e tentei não entrar em erupção.
— Por que não acaba logo com essa palhaçada? Ter que ouvir você falar é pior que a morte e olha que eu já morri.
Ele sorriu, sarcástico, e me preparei para as próximas merdas que sairiam da sua boca antes que eu começasse a fazer força para meu cérebro explodir. Estar aprisionado era sim, um inferno, mas ter que olhar para a cara de Dominic… puta que pariu!
— Não pense que irei acabar com a diversão tão fácil assim. — Diz, se colocando de pé, e caminha pelo escritório, observando os livros das estantes como se apenas estivesse escolhendo sua próxima leitura. — Eu quero que trabalhe para mim.
