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Odin era um deus que se considerava antigo, apesar da sua imortalidade, preferindo situações relaxantes ao invés dos dramas mesquinhos que Zeus tanto gostava.
Portanto o todo poderoso Odin não teve motivos para recusar o pedido desengonçado de Lü Shang em acompanha-lo na cozinha.
Não quando tudo que ele precisava fazer era ficar sentado perto da bancada e escutar as divagações intermináveis de Lü Shang sobre as coisas que estiverem na sua mente.
O que, na maioria dos casos, se limitava em algumas fofocas aleatórias (que Lü Shang escutou de Randgriz) e histórias sobre seu passado estranhamente agitado.
Era surpreendente para Odin como os problemas pareciam seguir Lü Shang como mosquitos, atraídos por algum fator magnético sobrenatural.
E, comprovando essas bizarrices, Lü Shang logo comenta sobre como caiu, sem querer, em um ninho de cobras enquanto brincava na floresta e fez amizade com elas.
Odin roda os olhos, vagamente se perguntando como Lü Shang reagiria caso decidisse propor ele em casamento. Será que, pela primera vez, Odin conseguiria deixar Lü Shang sem palavras?
A honorável divindade não sabia e, apesar de possuir poderes de clarividência, preferiu não usá-los. Contente em permanecer na curiosidade enquanto aprecia, em silêncio, aquele raro momento de paz.
