Between us, love

2.

Olá! Como vão?
Enfim trago o segundo capítulo!
Aproveitem a leitura! ^^

🍒

— Você pode ajudá-lo a encontrar motivos para viver.

Seokjin observou o irmão com os olhos ligeiramente arregalados e uma sobrancelha erguida, como se ele tivesse assumido um pecado que cometeu ali em sua frente.

— Cê tá maluco?! — quase gritou, um tanto confuso, ao se afastar do irmão. — Eu quem preciso lidar com uma pessoa que precisa de ajuda psicológica e é você quem tem as ideias de jerico?!

— Nossa, Jin, pelo amor de Deus! — exclamou Seokjung, completamente desacreditado com a reação alheia. — Às vezes eu me pergunto se você realmente pensa.

— Ah, só por que você tem fama de sabichão na família quer se achar mais ainda?! Me poupe! — replicou. O fato de esfregar a ponta dos dedos contra a própria testa atestou que estava sem muita paciência. — Já tive um dia estressante, tá legal? Nem vem querer tirar com a minha cara agora.

— E quem disse que eu quero tirar com a sua cara, seu doido? — rebateu Seokjung, dando um tapinha na cabeça do Kim mais novo, que sibilou algo em reclamação.

Seokjin, por sua vez, nada respondeu, apenas seguiu em direção a sala e se sentou no sofá, os braços cruzados e um pequeno bico nos lábios fartos. Balançava a cabeça em alguns momentos, discordando de alguns de seus pensamentos e suposições.

Seokjung, quando surgiu no cômodo, estava com alguns de seus pertences em mãos para poder ir embora. Ele suspirou baixinho com a vista que teve. Às vezes era complicado lidar com seu irmão mais novo.

— Você quer ao menos saber como ajudar o seu querido chefe? — perguntou. Notou que o mais novo o olhava de canto de olho.

— É óbvio que é namorando, né? Meu Deus, como vou namorar meu próprio patrão, Seokjung? Você é doido!

— Jin, sinceramente, você precisa ser menos afobado.

Ouch.

Aquela não era a explicação — ou tapa na cara — que Seokjin esperava. Por mais que às vezes fosse um pouquinho ansioso, tentava não admitir para si mesmo com frequência e se convencer de que aquilo fazia parte da sua natureza.

Ou talvez fosse um mecanismo de defesa para não ter que assumir a verdade.

O mais jovem tornou a olhar o mais velho. Era complicado admitir que havia sido sim um pouco... precipitado, principalmente em relação aos pensamentos. Mas o que poderia fazer? As coisas estavam contribuindo para tal, de certa forma.

— Posso falar? — perguntou Seokjung.

— Sim, hyung — respondeu, seguido de um suspiro.

— Bom, antes de tudo, ajudar uma pessoa não quer dizer que você vai namorar com ela. Isso não se trata de um fake dating.

— Certo.

— Vocês podem se tornar mais próximos, ter uma proximidade de amigos, sabe? — Seokjin concordou ao balançar a cabeça. — E aí, sei lá, conversar sobre o que gostam, como foi o dia, sair ou beber juntos, essas coisas. Existem chefes que são amigos dos funcionários quando há abertura para isso e vice-versa.

O mais novo dos Kim retraiu os lábios fartos e ergueu as sobrancelhas.

— Mas ele é muito introspectivo, hyung, e eu também sou um pouco. Isso não facilita nada!