Between us, love

1.

Olá! Como vão?
Hoje vos trago o primeiro capítulo, que talvez responda o prólogo e que talvez crie mais intrigas ao decorrer ksksks
Desejo que aproveitem a leitura!

🍒

Min Yoongi não queria ter acordado.

Ele não queria ter a sensação de abrir os olhos outra vez. Não com vida. Se fosse abrir os olhos, que fosse longe dali, talvez em outro plano espiritual ou qualquer outra coisa do gênero, apesar de que nunca teve grande crença naquelas histórias.

De toda forma, ele só queria não ter acordado.

Não queria ter acordado, porque sabia o que teria que lidar. Não queria ter acordado porque simplesmente não queria mais viver. Não queria ter acordado para lidar com as mesmas merdas de novo, para lidar com seus pensamentos e seu inferno interno.

Mas pelo visto, algo tinha dado errado. Muito errado.

Por mais que nenhum pensamento o atormentasse naquele momento, o rapaz se sentia perturbado. Era estranho, assim como era estranho a sala em que estava.

A sala branca era tão sem vida quanto seu olhar. O clima, por mais que gélido, não o incomodava, mesmo que sentisse o próprio corpo dar leves tremeliques. As coisas que estavam conectadas em si - um catéter em sua veia e um outro em suas narinas - o deixava em dúvida, por mais que começasse a criar algumas hipóteses do que teria acontecido.

E ele se sentia um estorvo para si mesmo.

— Meu Deus, finalmente acordou!

Ele escutou alguém dizer. A pessoa havia dito com um tom de alívio, e essa mesma pessoa rapidamente apareceu em seu campo de vista, o olhando de maneira preocupada, aliviada e com certa pena, tudo misturado.

— Ei cara, espero que você esteja se sentindo bem.

Por mais que estivesse demorando a reconhecer o indivíduo, Yoongi o lançou um olhar frio, descontente e consternado, sem responder absolutamente nada. Francamente, escutar aquilo deveria ser uma piada.

E Seokjin, bem, não havia entendido a reação alheia. Assim como não sabia o que deveria fazer. O que se diz para um suicida que felizmente não morreu, mas que acabou de acordar depois de quase dois dias e já não está de bom humor?

— Quem é você? — indagou, sem rodeios.

— Kim Seokjin, seu segurança. Trabalho para você há quase quatro meses — esclareceu, com um olhar tranquilo.

Min levou alguns minutos para processar a informação. Se sentia como se estivesse num universo diferente e paralelo, com as informações bagunçadas e desconexas em sua mente, coisas que não faziam grande sentido.

Talvez fosse por isso que ele encarava Seokjin impiedosamente, com o cenho franzido e um olhar indecifrável. E o Kim, bem...

Mais uma vez ele se questionava onde tinha se metido.

Na noite em que Seokjin encontrou Yoongi, naquele estado deplorável, descobriu que o mais novo estava sofrendo uma overdose de remédios, cujo foi impulsionada pelo álcool. Se tivesse demorado — ainda mais — para que Min recebesse socorro, ele teria falecido. Além do mais, houve um pequeno comprometimento do fígado, e quase de um dos rins, que também teria se agravado se levasse mais tempo para chegar ao hospital. Dado ao fato do fígado e das quantidades absurdas de álcool e remédios ingeridos, o rapaz ficou desacordado por dois dias; o processo de desintoxicação foi o que mais ajudou na melhora, é claro.

Entretanto, ele ainda precisaria ficar internado por alguns dias, para observação — e motivos não faltavam.

No atual momento, quando os pais de Yoongi entraram no quarto após Seokjin abrir a porta do quarto e colocar a cabeça para fora, a mãe suspirou em completo e sincero alívio, rapidamente indo para a direção da cama e do filho.