Prólogo

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Olá! Como vão? :)
Cá estou com o primeiro capítulo dessa possível short fic.
⚠️ Mais uma vez, ressalto para que leiam o aviso (antecedente a esse capítulo) antes de iniciar a leitura pois, mais uma vez, aviso que há temas sensíveis e gatilhos. ⚠️
E já aviso que este prólogo há citação sobre esses temas. Por favor, em caso de desconforto, não leia!
Para aqueles que forem ler, desejo uma boa leitura. E para a Lety, eu espero que você goste do seu presente de aniversário! 💖

🍒

Seoul, 2016.

Seokjin nunca imaginou, em seus vinte e cinco anos, que numa noite de domingo ele precisaria prestar socorro para um suicida.

E pior, o bendito suicida era ninguém mais e ninguém menos do que seu próprio patrão.

Quando seu telefone tocou enquanto ele voltava para seu pequeno apartamento, depois de passar uma tarde na casa dos pais, Kim estranhou que fosse Namjoon quem estava ligando, seu colega de trabalho. Apesar de hesitar, ele atendeu antes que a ligação fosse encerrada por conta própria e pôs o telefone contra sua orelha, não demorando muito para escutar o outro rapaz:

Oi, Jin. Desculpa ligar agora, em pleno domingo. — Namjoon tinha o tom de voz calmo como sempre, porém, notava-se uma sutil preocupação junto.

— Oi, Nam. Sem problemas, cara. Aconteceu alguma coisa?

Seokjin continuava o trajeto para sua morada, esperando pela resposta. Mais alguns quarteirões e finalmente iria chegar.

Então, não sei. Me ligaram quase agora perguntando dele. Me disseram que estão sem informações desde o final da tarde de ontem, ninguém sabe o que pode ter acontecido. Trabalhamos há pouco tempo, mas você sabe que o cara pode ser meio imprevisível, né? Queria te perguntar se você tá sabendo de alguma coisa, tem alguma noção do que aconteceu...

Seokjin precisou desacelerar um pouco os passos para tentar raciocinar, entretanto, não obteve grande êxito como gostaria. Ele coçou sutilmente o topo da cabeça e depois deslizou os dedos por seu cabelo cor de amêndoa. Acima dele, o céu se tornava escuro e as luzes dos postes, das lojas de conveniências e os faróis dos carros tomavam de conta das ruas, visto que a noite chegava.

Seokjin suspirou, sem reação aparente. O que ele poderia saber, afinal? Como Namjoon havia falado, eles trabalhavam há pouco tempo, sequer conheciam o patrão. Para acrescentar, o rapaz era muito reservado e realmente imprevisível, quase como um predador ardiloso.

— Olha, Nam, eu não sei. Nem estava ciente, só estou sabendo agora por você. A última vez que eu o vi foi na sexta, porque nós estávamos trabalhando, é claro, e sabemos que fomos dispensados nesse final de semana. Mas não lembro de ter notado nada de diferente nele...

Eu também não notei muita coisa, mas quem somos nós para dizer, né? Ainda acho ele meio estranho...

Fato era que tanto Seokjin quanto Namjoon não eram do tipo de funcionário que criticavam o patrão — eles nem tinham muito tempo para se sentirem afetados com o dito cujo, na realidade —, mas por outro lado... contra fatos não haviam argumentos.

— Ah, isso eu não discordo — respondeu Seokjin, soltando uma risada fraca. — Bem, vamos ver o que vai acontecer... qualquer coisa me ligue, hm?

Pode deixar, Jin, eu te digo o mesmo.

Em seguida eles se despediram e encerraram a ligação; Kim deixou seu celular no bolso da calça e voltou a andar, dessa vez encucado com o assunto. Certo, ele poderia ignorar, fingir que não era nada demais; porra, por que raios iria se importar com o o estranho do seu chefe?

Between us, love Where stories live. Discover now