𝐈𝐌𝐌𝐎𝐑𝐓𝐀𝐋 𝐇𝐄𝐀𝐑𝐓𝐒 | 𝑪𝑹𝑬𝑷𝑼́𝑺𝑪𝑼𝑳𝑶 𝑰𝑴𝑨𝑮𝑰𝑵𝑬𝑺

𝐀𝐐𝐔𝐄𝐂𝐄𝐃𝐎𝐑 𝐏𝐄𝐒𝐒𝐎𝐀𝐋 | 𝐂𝐇𝐀𝐑𝐋𝐈𝐄 𝐒𝐖𝐀𝐍

Fandom: Crepúsculo

Personagem: Charlie Swan

Tipo: Imagine;

Resumo: Não é necessário que os habitantes de Forks estejam cientes de que o xerife da cidade possui um lobisomem pessoal que serve como seu aquecedor.

Avisos: O leitor é um metamorfo! Relacionamento estabelecimento, Charlie é bi, leve diferença de idade (o leitor é adulto, mas Charlie é um pouquinho mais velho), almas gêmeas, menção de imprinting, passando um tempo com esse homem solitário e o protegendo do egoísmo de sua filha; flufy no geral.

Pedido: YappleY

N/A: Amadurecer é reconhecer que Charlie Swan é o homem mais atraente de Crepúsculo. O homem simplesmente merecia mais do que recebeu. Eu simplesmente amei escrever isso. ;)

Contagem de palavras: 949 palavras

Após um longo dia tecendo a ordem na trama pacata de Forks, Charlie regressou ao seu lar — um santuário que ele acreditava estar desprovido de almas, pois Bella já não passará mais tempo entre suas paredes desde que partira para sua nova vida ao lado dos Cullen. O peso do mundo parecia descansar sobre seus ombros, cada músculo contando as histórias de incontáveis horas dedicadas à sua função.

Forks, em sua essência tranquila, raramente despertava com tumultos; apenas pequenos atos de rebeldia aqui, um sussurro de discórdia entre vizinhos ali, e a juventude em sua eterna dança de desafio. À beira dos quarenta, Charlie sentia o sopro do tempo a acariciar-lhe a nuca, mas ao abandonar as chaves sobre a mesa e suspender seu casaco no ar, foi capturado por um aroma sedutor — hambúrgueres saltando na frigideira, guiando-o, hipnotizado, até sua cozinha.

O que é melhor do que retornar ao lar e ser recebido por um banquete e uma companhia que aquecem o coração?

— (Nome)... — E eis que surge você, finalizando a sinfonia dos hambúrgueres. Ele observa, quase em reverência, seus pés descalços, a bermuda desgastada pelo tempo e a ausência de camisa, revelando um torso esculpido, adornado pelo símbolo Quileute em seu ombro — um emblema de força e pertencimento.

— Ei, Charlie. — Com um sorriso que desarma, você acena com a mão que não está ocupada, desligando o fogão num gesto ágil para se aproximar daquele que é seu porto seguro, cujo aroma familiar você captou ainda ao longe, antes mesmo que ele cruzasse o limiar da porta. Sua presença é o antídoto para o cansaço, transformando o que seria o temível lobo, irmão de Sam Uley, em nada mais que um filhote dócil. — Preparei hambúrgueres. Está com fome?

— Faminto. — Murmurou Charlie, um sorriso aflorando em seus lábios, que logo encontraram os seus em um beijo efêmero, antes de ele se encaminhar para a mesa e se acomodar em uma das cadeiras que o aguardavam. Seus olhos o seguiam enquanto você manobrava entre pratos e pães, reunindo acompanhamentos para compor a refeição que depositava em suas mãos. Ele inspirava profundamente, rendendo-se à apreciação de seus talentos culinários. Você era uma dádiva. Charlie reconhecia suas limitações na cozinha, e se fosse por ele, passaria seus dias a desbravar o cardápio de lanchonetes. Mas sua presença transformou seu mundo, tingindo sua vida com novas cores e sabores.

Ainda assim, ele estava em processo de adaptação. Não apenas à sua presença, mas ao significado intrínseco de seu relacionamento e ao que ele representava para ambos. Seria um eufemismo dizer que Charlie Swan ficou estupefato quando, em uma noite marcada pelo destino, você surgiu à sua porta, uma silhueta encharcada sob a chuva torrencial, seus olhos encontrando os dele em um silêncio eloquente.

Ele já conhecia (Nome) Uley — como poderia não conhecer? —, o orgulho de seu velho amigo Billy, que o estimava como a um filho. Foi você quem desvendou para Charlie os mistérios do sobrenatural e revelou a conexão profunda entre suas almas — o imprinting, um laço sagrado entre lobos e metamorfos.

A surpresa foi imensa, especialmente quando você se revelou em sua forma lupina, um gigante diante de seus olhos. No início, foi um choque para Charlie, mas à medida que os dias passavam e o afeto florescia, ele não pôde mais negar: estava irremediavelmente apaixonado por você.

— Você está com sorte hoje, xerife Swan. — disse você, deslizando para o banco ao lado do homem mais velho. Com um toque suave de seu cotovelo, você o cutuca, seus olhos — ora tempestades escuras, ora mares claros — cintilam com um carinho terno enquanto você observa o homem com atenção, saboreando seu próprio sanduíche. — Preparei um banquete de sanduíches para nós.

À medida que a noite começava a desdobrar seu manto estrelado, o ar se enchia de risadas e conversas despreocupadas sobre os eventos do dia. Uma onda de satisfação o inundava, sabendo que Charlie encontrava conforto em sua presença, uma alegria simples em sua companhia. Seu coração se fragmentava sempre que o via, uma silhueta solitária, retornando a um lar desprovido de calor humano.

Charlie, um homem de bondade inabalável, não merecia as tempestades que a vida lançara em seu caminho. Desde que ele o acolheu em sua vida, você fez um juramento silencioso de cuidar dele, como se fosse um destino entrelaçado pelo próprio tecido do universo. Você o defenderia com fervor, seja contra as sombras ameaçadoras de vampiros ou contra a frieza de corações humanos endurecidos.

Já purificados pela água e reclinados lado a lado em seu quarto, vocês dois se permitiram mergulhar no oceano dos olhos um do outro, perdidos na profundidade do momento, enquanto a noite tecia sua quietude lá fora, indiferente aos dois homens que encontravam encanto mútuo em sua companhia.

— Parece que você se tornou meu aquecedor pessoal. — Charlie brincou, uma admiração calorosa em sua voz ao sentir a pele quente contra sua mão. Você era como um braseiro humano, irradiando calor que derretia o gelo ao redor de seu coração desde o dia em que prometeu estar ao seu lado, acontecesse o que acontecesse. Seja como amigo, irmão ou companheiro, você conquistou seu lugar ao ser um farol de sinceridade com seus sentimentos desde o início.

— Eu gosto de como isso soa. — Você respondeu, acariciando seu rosto com um cuidado reverente, inundado de gratidão por ter encontrado uma alma gêmea em Charlie.

Porque, no crepúsculo do dia, contanto que você permanecesse como seu único aquecedor pessoal, a vida se revelaria em perfeita harmonia.