Professor. Estudioso. Curiosa. Praticante. Como se dá a junção de um colunista político carrasco e levemente frígido, e uma colunista de sexo devassa e boêmia, trabalhando em conjunto na maior emissora de comunicação do país?
Giovanna é a mais nova...
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"A meia luz, a sós, atoa: Os casualmente incompatíveis casuais e seus matches inevitáveis."
Ponto G, uma coluna de Giovanna Antonelli.
Quem nunca caiu na cama de alguém que nunca pensou que poderia cair, que atire a primeira pedra. Eu sigo pela premissa que eu jamais atiraria turmalinas, esmeraldas e rubis em seu-ninguém, pior em nome do sexo.
Chega a ser disruptivo em certos momentos essa coisa do sexo com o inimigo: porque confessar a pleno ouvido é a pior coisa do mundo, porque é verdade. Em verdade verdadeira, o ato de fazer aquele sexo real é por si só apavorante – química, sexualidade aflorada ou não, prorrogações, vontades, exposição de vulnerabilidades... realmente é louco.
Sem sandices e quimeras, serei a mais sincera possível: as noites compartilhadas com os filhotes de João Ninguém são os típicos casos de noites fantásticas em que a gente se recusa a falar pras amigas, porque são tão bons e tão complexos que vale a pena apenas viver e quem sabe... quem sabe manter por um tempo no sigilo até.
Dormir com o inimigo te traz visões de vida que talvez você não tenha. Uma situação agridoce, que talvez... seja necessário não pôr tanto sentido no sexo assim. Sexo é feito pra ser gostoso, agradável, gentil às sensações, mas sobretudo... leve. Leve até quando é pesado, e nessa situação... nossa, conseguem deixar sem palavras a mulher das 1001 palavras.
A boca é divina quando calada, e as mãos são maravilhosas quando agem da maneira certa, na pressão certa, na forma mais-que-certa. Mas quando saímos da bolha do encanto, como essa circunstância de ruindade se encontra com a beleza do encontro, afinal de contas?
Não sabemos, é inconclusivo isso de explosão e química. Mas talvez esse seja o açúcar da mordida no fruto proibido, e nós como mulheres, sabemos desfrutar.
