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Toda mulher quer ser amada? Toda mulher quer ser feliz?: Um curto pigmaleão sobre nossas reputações em geral.

Toda mulher quer ser amada? Toda mulher quer ser feliz?: Um curto pigmaleão sobre nossas reputações em geral

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Ponto G, uma coluna de Giovanna Antonelli.



Me pegou nos últimos tempos algumas coisas que andei lendo pela internet sobre a coisa de ser mulher. Ser mulher em si necessita de muito culhão, não é?


Primeiro porque se cria aquela ideia da perfeição imaculada feminina, o equilibrio perfeito alçado entre o divino e profano que nós, killer queens, devemos alcançar. As idades onde as coisas são apropriadas, as roupas as quais devemos vestir, e os comportamentos os quais devemos alçar.


Eu digo enquanto uma mulher raramente bem vista pela sociedade e em maioria, bem quista por outras mulheres, que não é fácil para nenhuma de nós. Dos tons de comparação, as criações de ideias sobre nós mesmas e das ideias que os outros criam sobre nós.


A sexualidade, por exemplo, que é algo que sempre volta a pauta nessa linha aqui da nossa coluna e é uma constante em todos os segmentos da vida. Li de uma leitora uma vez, em seus tempos de young kid, que crianças pirralhentas e cascudas criaram rumores sobre a sexualidade na escola, como se fosse uma coisa ruim: atribuiram a ela o título de manda-chuva das sapatões do colégio aos 14! Nem Maria Bethânia do alto da sua performance de Cantada (Depois de Ter Você) junto à Adriana Calcanhotto conseguiu um título tão robusto.


E nesse parapapá todo, me tomou e invadiu também uma lembrança carrascuda e lenta do Colégio Lyon, em que eu fui a grande vítima, no caso, de uma inveja estudantil.


Well, eu estou nessa de expor meu lado mais íntimo a algum tempo, acostumem-se. Não tinha lá grandes popularidades nessa faixa dos 13-14, mas fui desenvolvendo ideias de vida a partir dai. Um loirinho em tempos de sexta classe me atraiu as boas vistas, um dos poucos amores por loiros que desenvolvi na vida. Tudo muito inocente, mas eu via graça naquela comoção, conseguia ver. A questão é que, para variar, eu não era a única na vida dele.


Havia outra Giovanna, uma Giovanna mais experiente, uma que por sorte, já havia beijado na boca: e que não se conformou que a outra Giovanna pirralha estava tomando uma atenção que ela não conseguia. Coitadinha!


Então eu passei por um dos piores sufrágios estudantis também: A outra G, A Obscena Senhora G acabou por rabiscar em letras garrafais meu nome em corações com o dele por todo banheiro das garotas, como se eu fosse uma grande maluca! OH GOSH! Eu lembro da vergonha alheia como se fosse ontem.


A gente é sexualmente julgada desde o colégio, né. Parando pra pensar bem... nossa, é muito tempo. Acho que nessa época, eu sequer sabia o que era sexo. Mas olhe e veja o quanto eu consegui aprender! Até sobre isso escrevo.


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