Feroz ♡ Capítulo 47

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Em meio a tudo que estava acontecendo em sua vida, Sol ainda era uma grande atleta em sua área, seus feitos no Brasil e fora nunca eram esquecidos, principalmente por todas as pessoas da patinação artística e os novatos que a tinham como inspiração. A eterna menina das fitas coloridas agora uma adulta, tinha uma grande bagagem em sua mochila, ela colecionava títulos, troféus, destaque nacional e internacional e claro, um grande e inegável talento, o que a fazia está na lista de uma das melhores atletas da sua geração.

Sol tinha todos os pré-requisitos para a Confederação Brasileira de Hóquei e Patinação a querer em coisas maiores, mas ela buscou cumprir seus principais objetivos primeiro e mesmo levando algum tempo, as pessoas que observavam seu talento de longe esperaram com paciência o seu prometido retorno.

Ela estava oficialmente na lista de uma das brasileiras para representar o Brasil nos jogos pan-americanos, mas ela mesmo com seu talento inegável ainda precisaria passar por uma espécie é apresentação que a classificaria oficialmente, e essa apresentação estava programada para acontecer no final do ano.

Mesmo buscando manter sua mente na patinação, Sol estava ansiosa para aquela noite, as famílias se reuniriam na casa da sua avó para conversarem sobre o processo de adoção do Lucca, como um telefone sem fio todos já estavam sabendo e em êxtase. Naquela tarde após uma intensa sessão com seu fisioterapeuta e uma sessão ainda mais longa de alongamento, ela ainda sentia um pouco do seu joelho dolorido.

Vestida em um traje esportivo preto, seus patins brancos cintilavam sob a pista de patinação, cada passo sob as quatro rodas, Sol deslizava pela pista com confiança a leveza de uma pena, executando giros suaves e saltos, ela saltava girava no ar tão rápido que parecia desafiar a gravidade sem medo algum de voltar ao chão.

Sol havia escolhido o tema lago dos cisnes para sua apresentação nos pan-americanos, então ao som de um instrumental clássico composto por Tchaikovsky, ela estava em sintonia com a música que ressoava na academia, cada nota ela criava uma série original de movimentos deslumbrantes.

De longe, Nadja sorria com orgulho ao vê-la se construir sozinha, Sol já conseguia escolher os temas das suas apresentações com a confiança de uma boa treinadora, as músicas eram sempre minuciosamente escolhidas e ela conseguia criar suas coreografias com maestria.

A treinadora bateu palmas quando Sol fez uma pausa para descanso e a moça sorriu de longe.

—Ótima escolha para a grande apresentação, e o pessoal da confederação vai aprovar. —Nadja falou com animação. —A música clássica traz a elegância da patinação, porém esse joelho ainda me preocupa.

Sol enxugou o suor da testa e sorriu em sua direção, pegando uma garrafinha de água com seu nome.

—Já pensei que toda a roupa, eu vou representar o Brasil e trazer ouro. E calma, isso é só uma contusão, nada que eu já não tenha tido. —Sol falou com confiança, sorrindo. —Sei que estou ausente, mas quando tudo for resolvido, estarei de corpo e alma, me dividindo com a maternidade, claro.

Nadja sorriu em sua direção, ela estava feliz por Sol mesmo que estivesse preocupada de Sol daria conta de tudo ao mesmo tempo, diante de uma oportunidade daquelas.

—Você é uma patinadora brilhante e será uma mãe brilhante, vai dar certo com a adoção. —Nadja apertou o ombro da patinadora. —Está com a terapia em dia?

Sol consentiu, deglutindo sua água.

—Estou, desde a morte da Cecilia faço terapia online com a mesma psicóloga, ela já é da família. —Sol sorriu. —Sem a terapia, não sei se eu teria tido tanta força assim para tudo antes e agora. E hoje vamos ter uma reunião sobre o processo da adoção e eu sei que não é nada rápido...

Mais que suficiente, amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora