Juliana, fazendo tudo! ♡ Capítulo 17

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Aos poucos Sol estava voltando a sua rotina após passar alguns dias digerindo o que aconteceu no passado, ela finalmente foi a casa da sua vó novamente sem tocar mais naquele assunto e atualmente preparava os últimos detalhes para a inauguração da academia e seu aniversário, mesmo sem o mesmo animo de antes.

Ela pensava em muitas coisas, em como queria sentar para conversar com Vicente, mas ainda não tinha coragem de ir até ele, e de como sentia saudade de Juliana, assim sendo muito difícil ignorar suas mensagens. Sol recordava do seu olhar assustado naquela noite e de como ela parecia saber de tudo quando seus colares grudaram, Sol sempre comentava que aquele colar era um par formando o eclipse. Falando em amizade, obviamente que Tina estava sabendo de tudo e Sol ouviu coisas como "Deixe de ser frouxa, onde está sua coragem?"

Na casa do Junior, eles conversavam como era uma coisa rotineira após o trabalho e Liz ia e voltava do seu quarto várias vezes com seus utensílios de cozinha que tanto amava, diferente da sua mãe, a garotinha parecia já ter uma profissão seus sonhos até o momento: Fazer doces coloridos.

Com uma taça em mãos ela observava o liquido amarelado, em algumas ocasiões Sol gostava de apreciar um vinho suave, nada que passasse dos limites ou a deixasse bêbada, mas não a fazia mal desde que fosse bem longe do seu pai, por precaução.

—O que vai fazer agora? —Junior tomou um gole do vinho e perguntou. —Sabendo que a pessoa que sempre amou nunca foi embora e está literalmente a alguns bairros de você...

Sol balançou a cabeça em negação e apoiou a mão na cabeça.

—Tem alguém que gosta dele de verdade e por tudo que sei, é reciproco, não existe nada que eu possa fazer. —Sol sorriu, recordando das coisas ditas por Juliana. —Tudo que preciso fazer é deixá-los em paz e não ser uma pedra no caminho.

O homem ao seu lado bufou, consentindo.

—Tem razão, mas também acho que precisamos lutar por quem amamos, ele ainda usa o colar, isso meio que diz muita coisa.

Sol sorriu, tocando o colar seu próprio colar, por alguns dias isso fez sentido, até que lembrou quando sua vó disse que ainda usa a aliança por que seu dedo já acostumou e não pode viver sem.

—Costume, as vezes usamos alguns acessórios e nos acostumamos com eles. —Sol rebateu.

Junior estava quase esgotando suas suposições, mas ele conseguia ver o amor em seus olhos que brilhavam ao falar daquele rapaz.

—Certo, então vocês namoraram por seis meses, o que o fez acostumar com o colar a ponto de usar por seis anos. —Junior bebeu e soltou uma risada irônica.

Sol o encarou com cara de poucos amigos e tomou um gole de vinho.

—O quero feliz, estamos falando do Vicente, uma das pessoas que mais merecem ser feliz. E eu odiaria chegar perto e perturbar uma relação, sem contar que você nem imagina o quão a Juliana é uma pessoa incrível e está tão feliz, eu odiaria deixa-la no meio disso e...

Ela não cogitava ser o pivô de algo acabar, em sua mente claro.

—Você sempre pensando mais nos outros do que em você. —Ele sussurrou. —A ignorar não ajuda, aliás, deixa-la sem reposta pode ser pior do que falar sobre o passado.

Um silencio perpetuou na sala, por longos minutos.

—E você? Nunca vai se dá uma chance novamente? —Sol apontou para ele falando alto e o assustou.

Junior tocou no peito, e suspirou.

—Droga, que susto porra. —Disse ele, a fazendo sorrir. —Isso não é minha prioridade, apenas minha filha e sua criação, todos os dias a Liz tem mais descobertas e uma pessoa nova poderia ser demais para sua mente.

Mais que suficiente, amor.Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt