Quando Gabigol está em uma má fase, tanto na vida profissional como na vida pessoal e amorosa. E no meio ao caos, ele cria sentimentos pela babá da filha dele.
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Estou na sala de jogos, jogando meu vídeo game, ouvindo minhas músicas e cantando quando vejo a porta da sala abrir, e revelar a Aurora chorando.
- Papai... – ela anda em minha direção.
- O que foi, minha Aurora? – pergunto preocupado, largando o controle do vídeo game.
- Papai, cadê a Titia Jeni? – pergunta ao parar em minha frente.
- Oh, minha princesa, titia Jeni teve que ir embora... – digo pegando ela e colocando sentada em meu colo.
- Papai, eu quelo a titia Jeni. – ela diz me olhando, com seus olhos cheios de lágrimas.
- Filha, não tem como, ela foi embora.
- Eu quelo, eu quelo, eu quelo a titia Jeni! – ela faz birra enquanto chora.
- Aurora, sem birra... – brigo com ela.
- Papai, eu goto da titia Jeni e a titia Jeni gota de mim. Ela é legal com migo e eu goto de blincar com ela.
- O papai tá aqui com você, princesa! – aliso os cachinhos dela.
- Mas eu quelo a titia Jeni, papai! Por favor, papai! – ela me abraça e chora bastante. - Eu quelo a titia Jeni, eu quelo, eu quelo, eu quelo.
- Tá bom, eu vou ver se consigo falar com ela, para ela voltar, ok? – digo tentando fazer ela parar de chorar.
- Eu quelo a titia Jeni, agola, papai! – ela diz cruzando os braços e fazendo carinha de brava.
- Tá bom, tá bom! – digo me dando por vencido. - Vou ligar para ela, e pedir pra ela voltar, ok?
- Plomete que ela vai vim ficar com migo? – levanta o dedo mindinho.
- Prometo! – sorrio fraco e entrelaço nossos dedos.
Saio da sala de jogos com ela, e desço para o andar de baixo, onde encontro minha mãe e meu pai assistindo TV juntos.
- Vovó, eu quelo a titia Jeni. – Aurora se aproxima da minha mãe, com seus braços cruzados e com um bico enorme nos lábios.
- É, filha... – minha mãe diz e me olha. - Seu pai é muito cabeça dura, sabe?
- Eu já entendi que você tá bolada comigo por causa do que eu fiz. – digo olhando para ela e me sentando no sofá.
- Gabriel, não é só sua mãe não. – meu pai me olha. - Ninguém tem culpa das coisas que você passou, e ninguém merece receber sermão por algo que não tem culpa alguma de ter acontecido. Você vacilou feio em ter demitido ela, e duvido muito que você vá conhecer alguém como ela para colocar no lugar.
- Vocês nem conheceram ela direito para tomar as dores dela. – digo olhando para eles.
- Podemos não conhecer, mas já percebemos o quão bem ela fazia aqui nessa casa. A Aurora tava sendo bem cuidada e nem se quer falou da mãe hoje. Até você tá mais feliz, e não venha me dizer que não tem nada haver com ela, porque eu sei que ela tem feito bem a você também. – minha mãe diz me olhando.
