Efeito Borboleta [ MewGulf ] Abo

Capítulo 2

Me avisem se algo estiver confuso de entender!

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— Você o que Mew? — Samantha perguntou só para ter certeza de que seu irmão não estava louco.

— Vou dar em cima de um beta! — Mew afirmou de novo se jogando largado no sofá da sala. — Estou dizendo, ele me faz ficar curioso com aquele jeito dele...

— Pelo que você me disse, ele te tratou como um cliente normal todas as vezes que foi falar com ele, e também que ele não é gentil com você. — A alfa dizia sem olhar para Mew, digitando no notebook em sua coxa.

— Exatamente! — Disse todo surpreso e sua irmã pôs as mãos na cabeça o olhando preocupada. — Você sabe que as pessoas sempre tentam me agradar em tudo, e ninguém nunca ficou tão desinteressado em mim como aquele beta! — Apontava como se fosse algo inédito. E de fato era. — E já faz duas semanas que estou tentando contatá-lo! Quero que ele esteja na festa do Jackson, seria uma oportunidade incrível!

— Se você diz... — Samantha voltou a digitar.

Depois daquele dia no café, Mew retornou lá todos os dias durante duas semanas, e sempre queria ser atendido pelo beta por adorar sua presença inquietante e misteriosa, mas Gulf parecia mais irritado sempre que o via e fazia questão de não ser agradável.

— Você de novo!? — Gulf disse quando se virou para atender quem batia no sininho várias vezes, e se espantou ao ver o alfa ali novamente. Não fazia nem meia hora que ele havia comprado seu tão aclamado copo de leite. — Vai pedir ou só me incomodar!?

Mew ficava fascinado com essa destreza.

— Sabe, Gulf, eu acho que você é o único que sabe o que está fazendo quando prepara um copo de leite... — Confessou apoiando o rosto na palma.

— Eu apenas esquento e jogo no copo. — Disse de braços cruzados, o encarando com tédio pois toda vez ele começa com um elogio estranho.

— Mas você tem uma precisão incrível! Sabe a hora exata de desligar o fogo! — Gulf revira os olhos e começa a arrumar os copos e ilustrar o balcão. Mew o segue com os olhos. — Me diga, é amigo de Jimin e Seokjin?

— São meus chefes. — Respondeu apenas porque os últimos clientes haviam saído, e como era cedo, o movimento não era dos melhores e só havia o alfa para se distrair.

— Mas eles sempre me falam que vocês conversam bastante, até te pagaram um almoço.

— Você anda perguntando de mim para os meus chefes!? — Gulf disse revoltado.

— Desculpe se eu preciso me informar sobre você por outras pessoas! — Mew ergueu as mãos na defensiva. — Mas você nunca me responde, e até agora eu só sei que você se chama Gulf...

— Por que quer tanto saber mais sobre mim? — Gulf se virou para ele. — Você é algum tipo de stalker psicopata?

Mew riu e Gulf se manteve sério, então o Suppasit parou de rir.

— Não sou um maluco, mas devo confessar que o meu santo bateu com o seu. — Mew voltou a olhar para Gulf com o rosto apoiado em uma palma.

— Mas o meu não bateu com o seu. — Disse de atravessado e Mew sentiu sua acidez. Gulf se atentou para as duas moças ômegas que entraram no café e conversavam animadamente vindo até o balcão. — Bom dia!

Disse sorridente, e Mew olhava para ele com inveja pelas desconhecidas terem sua simpatia tão facilmente. Enquanto ele se atentava a esse detalhe, ele também percebeu que Gulf era muito mais receptivo com ômegas e com betas, mas com alfas ele costumava ser mais duro.