Lauren, agindo rapidamente, se escondeu atrás de uma porta próxima, observando atentamente a situação. Ela sabia que precisava agir com cautela, mas também não podia deixar Camila em perigo.

Enquanto isso, o homem subiu as escadas próximo ao andar de cima, ouviu a voz de Camila vindo do sótão e seu coração se encheu de receio. Ele decidiu seguir a voz, ignorando qualquer perigo que pudesse estar à espreita no silêncio da mansão..

O homem abaixou as escadas, seguindo o som da voz de Camila até subir ao sótão. Ao encontrar Camila ali, apavorada e desamparada, ele se ofereceu para ajudá-la, conseguindo libertá-la do lugar sombrio onde estava presa.

- Oh meu Deus. O que aconteceu com a senhorita?

Lauren observou tudo em silêncio, o homem ficou aliviado ao ver que Camila estava bem. Enquanto isso, Lauren procurava uma ferramenta maior e mais pesada para neutralizar aquele homem, não poderia errar. Ele não era maior, mas o peso poderia ser um problema.

- Nós temos que ir. Agora! - Ordenou Camila.

Camila agradeceu a ajuda do homem, formando um vínculo de solidariedade em meio à escuridão. O contato humano e a empatia os uniram naquele momento de incerteza e medo, mostrando que, com ajuda mútua, é possível superar os desafios mais difíceis.

- O caminhão estacionado na entrada é meu. Podemos pegá-lo.

Eles desceram as escadas e Camila estava sempre com medo do que poderia acontecer e ela não era estúpida o suficiente para pensar que Lauren não estava olhando para eles, quando eles viraram a esquina seu coração começou a bater mais rápido, era o caminho para a entrada e provavelmente a porta. saindo daquele lugar. Ela tocou no ombro daquele homem, parando-o imediatamente, eles conseguiram chegar mais longe do que ela pensava que seriam capazes, algo estava errado.

- Tem alguém ameaçando nossas vidas nesta casa e provavelmente sabe que estamos indo embora, não acho que será fácil passar pela porta da frente e sair. Precisamos nos defender, ela fica bastante violenta quando se sente ameaçada. Receio que ela já tenha matado alguém.

Ela não viu Lauren cometer esse crime pessoalmente, apenas a viu atacar os rapazes naquela noite e deixá-los inconscientes.

- Certo.- Ele se afastou para avaliar o local e havia muitos pontos cegos, eles poderiam ser atacados de qualquer direção.- A cozinha fica logo abaixo e os objetos pontiagudos estão lá. Há algo aqui em cima que possamos usar?

- O atiçador que é para carvão. Geralmente fica perto da lareira e há alguns no escritório do Sr. Jauregui.

- Você acha que isso é suficiente? Posso lidar com uma mulher se for esse o caso, mas se ela não estiver sozinha, precisamos pensar em outra maneira.

- Não é porque ela é mulher. E sim, seja violenta. Eu a vi deixar dois homens inconscientes na mesma noite, e eles tinham um físico mais definido que o seu. Sem ofensa.

- Tudo bem. Você está desesperada para sair, eu entendo o seu lado. Eu a ataco com o atiçador, podemos ganhar algum tempo para sair.

- Ela atacou os homens usando apenas um pedaço de madeira e você realmente acha que um atiçador pode detê-la?

- Não foi ideia sua?

Ela estava quase bagunçando o cabelo de tanto agarrá-lo e puxá-lo, seus pensamentos estavam confusos e ela não conseguia reunir ideias para uma estratégia.

- Sim. Tenho que pensar com mais clareza e não como alguém desesperada pela sobrevivência.

E depende de uma ideia perversa que surge na sua mente e ela precisa necessariamente de duas pessoas para concluir esse plano.

- Prepare-se. Pegue aquele atiçador. É seguindo o corredor, há duas portas e escolha a última. E depois volte, seguindo pelo outro corredor haverá muitas portas e a penúltima é o meu antigo quarto, eu estarei lá. Quando você ouvir o sinal, é melhor estar preparado.

- Meu Deus...

Se não tivesse havido essa distração, Lauren com certeza teria ido atrás daquele homem, mas sua visão parecia ser apenas de uma pessoa caminhando cautelosamente pelo tapete do corredor, o medo de vê-la sair era tão grande que ela teve que olhá-la em todos os momentos para não perder nenhum movimento brusco.

- Você me vê?- disse Camila. Parando no corredor do andar de cima, de frente para a escada inferior. Ela não iria descer porque estava convencida de que Lauren estava esperando por ela lá embaixo. - Se você realmente se importa comigo, por que não aparece quando eu te chamo?

Lauren se encosta na parede onde estava escondida e olha para cima, seu objeto pontiagudo atingindo sua calça larga, esperando o próximo movimento da latina.

Ela estava esperando o homem descer, não Camila.

- Lauren! Eu disse para você aparecer.

O movimento da faca parou de repente. Seu olhar, perdido no tapete, subiu até os pés da latina e afastou-se da parede para se apresentar à mulher que a chamava.

Camila se sente extremamente assustada e vulnerável na presença da sequestradora. Ela experimenta uma mistura de medo, ansiedade e desamparo, sabendo que está à mercê de alguém que representa uma ameaça iminente para sua segurança e bem-estar. A sequestradora exala uma aura de poder e controle que aterroriza Camila, privando-a de qualquer sensação de liberdade ou autonomia. A incerteza em relação ao futuro e o temor do que possa lhe acontecer nas mãos da sequestradora a deixou paralisada e impotente, aumentando ainda mais sua sensação de desespero. Camila fica constantemente em alerta, tentando se manter calma e encontrar uma maneira de escapar dessa situação aterrorizante.

- Você pode parecer esperta, mas não é a única que conhece as passagens secretas desta casa. Principalmente os lugares certos para encontrar saídas no andar de cima.

Lauren virou o objeto em sua mão querendo entender até onde a latina estava sabendo e se perguntou se Camila estava tentando intimidá-la ou provocá-la com sua fuga repentina novamente. Mas ela deixou esses pensamentos de lado quando decidiu encerrar o assunto e caminhou em sua direção.

Camila corria pelos corredores da mansão em pânico, o coração batendo descontroladamente em seu peito. O medo de ser capturada por Lauren a impulsionava a correr com ainda mais rapidez, seus passos ecoando pelas paredes enquanto a morena a perseguia implacavelmente.

A cada curva, a cada salto de escadas, Camila tentava se esquivar de Lauren, desviando habilmente de suas mãos ágeis que se estendiam para agarrá-la. A latina sabia que não podia deixar a morena pegá-la, pois algo dentro dela dizia que se isso acontecesse, as consequências seriam intensas e incontroláveis.

O jogo de perseguição se desenrolava pela mansão, com Camila saltando por cima de móveis, contornando cantos e se escondendo em qualquer lugar que pudesse. O medo misturado com uma pitada de excitação fazia seu corpo tremer, enquanto a adrenalina corria freneticamente em suas veias.

Finalmente, Camila chegou ofegante à porta de seu quarto e, com um último impulso de coragem, entrou e a fechou atrás de si. Ela ouvia a respiração acelerada de Lauren do lado de fora, sabendo que a morena não desistiria tão facilmente.

O silêncio tenso que se seguiu foi quebrado pelo som suave da maçaneta girando lentamente. Camila prendeu a respiração, esperando pelo que viria a seguir. Lauren estava determinada a conquistar a latina de uma vez por todas, e Camila só podia se preparar para o que aconteceria a seguir.

O homem viu que a mulher seguia os passos da latina até o outro corredor e abandonou a ideia de procurar o atiçador, desceu para pegar algo mais ameaçador e viu como havia muitas facas na gaveta e não conseguiu se conter de agarrar-se a uma grande e afiada.

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