O vagabundo e a dama

treze

Narrador

Na praia, Marya e Camily tiveram um grande desentendimento que gerou uma grande briga, e oque era pra ser uma noite inteira tranquila na praia, se tornou uma dor de cabeça terrível pras duas, elas voltaram pra casa em borbulhas

Dormiram sem se falar e sem contato corporal, coisa que nunca havia ocorrido

Camily acordou naquela manhã com um peso no peito, resultado de mais uma discussão com Marya na noite anterior. Ela se sentia exausta, tanto fisicamente quanto emocionalmente. O relacionamento delas estava passando por um período turbulento, e Camily não sabia mais como lidar com as constantes brigas e desentendimentos.

Sentou-se na cama e passou a mão pelos cabelos desgrenhados, tentando afastar os pensamentos negativos que teimavam em assombrá-la. Marya tinha o dom de deixá-la perturbada como ninguém mais conseguia. Mesmo assim, Camily sabia que não podia deixar as coisas se deteriorarem ainda mais entre elas.

Levantou-se com esforço, sentindo cada músculo doer como se tivesse sido atropelada por um caminhão. O cansaço era tanto que mal conseguia manter os olhos abertos. No entanto, havia coisas a serem feitas, compromissos a serem cumpridos, e Camily não podia se dar ao luxo de se render à exaustão.

Arrastou-se até o banheiro e deixou a água quente do chuveiro escorrer pelo seu corpo, proporcionando-lhe um breve alívio para a tensão acumulada. Vestiu-se com uma calça larga e uma blusa folgada, sem se preocupar muito com o estilo. Para ela, o conforto sempre vinha em primeiro lugar.

Desceu as escadas da casa que compartilhava com Marya e dirigiu-se à cozinha, onde encontrou a companheira ainda dormindo. Marya sempre tinha o sono pesado, e Camily não tinha coragem de acordá-la, mesmo quando a vontade de estar perto dela era quase insuportável.

Preparou um café forte para si mesma e sentou-se à mesa, perdida em pensamentos. A discussão da noite anterior ainda ecoava em sua mente, trazendo à tona todas as suas inseguranças e medos. Ela se perguntava se seria capaz de superar os obstáculos que surgiam entre ela e Marya, ou se o relacionamento delas estava fadado ao fracasso.

Decidiu que precisava resolver algumas pendências fora de casa para distrair a mente e arejar as ideias. Pegou as chaves da moto e saiu, sem fazer barulho para não acordar Marya. Precisava de um tempo sozinha para colocar as ideias no lugar e decidir qual seria o próximo passo.

O sol já estava alto quando Camily chegou ao centro da cidade. Ela tinha alguns documentos para renovar e algumas compras para fazer, já que no dia anterior, não havia feito tudo, além de resolver uma pendência com a documentação da moto e do carro. Sabia que seriam tarefas entediantes e cansativas, mas pelo menos a manteriam ocupada por algumas horas.

Enquanto aguardava na fila do departamento de trânsito, Camily deixou a mente vagar, pensando nas muitas vezes em que ela e Marya haviam discutido por causa de coisas banais. Era como se estivessem presas em um ciclo vicioso de brigas e reconciliações, sem nunca conseguir encontrar uma solução definitiva para seus problemas.

Depois de resolver todas as pendências burocráticas, Camily decidiu dar uma olhada novamente nas concessionárias de carros da região. Ela vinha pensando em comprar um carro para Marya há algum tempo, como forma de demonstrar seu amor e compromisso com ela. Sabia que Marya sempre sonhara em ter um carro próprio, e gostaria de poder realizar esse desejo para ela.

Camily percorreu as lojas de automóveis, examinando os diferentes modelos e fazendo anotações mentais sobre as características de cada um. Ela queria encontrar o carro perfeito para Marya, algo que combinasse com sua personalidade e estilo de vida. Sabia que seria uma surpresa e tanto quando finalmente revelasse seu presente.

Após muito procurar, Camily finalmente encontrou o carro ideal para Marya: um SUV compacto, com um design moderno e esportivo, e todos os recursos de segurança e conforto que ela poderia desejar. Sentiu um nó se formar na garganta ao imaginar a expressão de surpresa e felicidade no rosto de Marya quando visse seu presente.

Decidiu fazer a compra naquele mesmo dia, aproveitando uma oferta especial que estava em vigor na concessionária. Fez todos os trâmites necessários e saiu de lá com um sorriso no rosto, ansiosa para revelar a Marya a surpresa que tinha guardada para ela.

No caminho de volta para casa, Camily parou em uma floricultura e comprou um buquê de rosas vermelhas, sabendo que isso sempre alegrava o coração de Marya. Queria compensar de alguma forma as brigas constantes entre elas e mostrar que, apesar de tudo, ainda a amava mais do que tudo.

Quando finalmente chegou em casa, Camily encontrou Marya acordada e de pé na cozinha, preparando o café da manhã. Ela sorriu ao ver Camily entrar, mas o sorriso desapareceu rapidamente quando percebeu que algo estava errado.

Marya - O que foi, Camily? Você está bem? - perguntou Marya, preocupada com a expressão cansada no rosto da companheira.

Camily suspirou e abriu os braços, oferecendo o buquê de rosas para Marya.

Camily - Eu sei que as coisas não têm sido fáceis entre nós ultimamente, mas quero que saiba que eu te amo mais do que tudo nesse mundo, Marya. Eu sei que não sou perfeita, e que cometemos muitos erros, mas quero que saiba que estou disposta a lutar por nós, se você também estiver.

Marya ficou em silêncio por um momento, surpresa com a declaração sincera de Camily. Ela sabia que as coisas estavam difíceis entre elas, mas não imaginava que Camily estava disposta a fazer tanto para salvar o relacionamento delas.

Marya - Eu também te amo, Camily. Mais do que posso dizer. E quero tentar fazer as coisas funcionarem entre nós, se você estiver disposta a me dar uma chance.

Camily sorriu, sentindo um peso sendo tirado de seus ombros. Ela sabia que não seria fácil, mas estava disposta a lutar por Marya e pelo amor que sentiam uma pela outra.

Camily - Eu estou

Continua