O celular de Max vibrou com uma notificação recebida, ele o pegou de cima da sua escrivaninha para verificar.
Seu corpo se animou e um sorriso pintou o seu rosto.
Nat estava fazendo Live novamente.
Ansioso ele tentou abrir o Line se atrapalhando um pouco com os toques na tela abrindo janelas que ele não queria.
Depois de algumas tentativas nervosas, finalmente ele havia conseguido entrar na Live. E lá estava ele. Rosto fofo e bonito com uma covinha na bochecha, pele brilhante e branca, o coração de Max errou um compasso quando o garoto sorriu mostrando o produto que segurava entre os dedos magros e pequenos, era algo como maquiagem ou produto de beleza, Max não tinha certeza. Na verdade ele nem se importava, ele não era mais um entre as milhares de pessoas que visitava o perfil de Nat pra compra algo que o menino indicava, a única coisa que chamava a sua atenção era o pequeno vestido de vermelho do outro lado da tela.
Max decidiu digitar algo quando percebeu que o garoto estava concentrando lendo os comentários.
Para ter um rosto como o seu eu poderia comprar todos os produtos que você vendesse.
TeddyBear
Max fez uma dancinha feliz quando Nat leu o seu cometário, e mandou um "oi" para ele com um sorrisos charmoso.
Max sempre comentava algo nessas transmissões e Nat sempre lia, mas de maneira alguma Max poderia se sentir menos eufórico a cada momento.
Ele tinha uma queda por Nat desde o colegial quando viu o garoto pequeno com rosto de anjo entrando pela porta da sua sala de aula. Ele instantaneamente soube que sua vida iria girar em prol do garoto fofo e vestido como um idol. Max era só mas um planeta orbitando o solzinho. Mas tão rápido quanto a paixão surgiu no mesmo instante ela foi destruída. Max descobriu que não teria a porcentagem mais mínima das chances, Nat era uma estrela, o garoto tinha o mundo aos seu pés, não havia mais nada que Max poderia dá a ele.
Mas dane-se, Max nunca houvia os seus próprios conselhos de qualquer forma.
Mesmo derrotado antes da luta Max insistiu, e virou um maldito stalker tentando decorar o máximo possível de informações sobre Nat. Foi assim que ele descobriu que o garoto era muito jovem. Jovem demais para estudarem juntos, mas tinha um porque disso, Nat morava no exterior e fez um programa de estudos avançado, ou seja além de lindo o garoto era inteligente, Max nunca tinha se sentindo tão fora do padrão. Era mais que óbvio que ele é Nat não seria compatível mas o que ele poderia fazer? Max havia se apaixonado, ele não conseguia nadar contra a maré.
Quando Max tentou falar pela primeira vez com Nat no ginásio de esportes, ele lembra perfeitamente do gosto amargo que sentiu quando o garoto o ignorou dando atenção a um punhado de seus seguidores que apareceram para cumprimentá-lo.
Naquele dia Max chateado e triste em seu quarto prometou esquecer Nat, mas foi só o garoto dá um oi pra ele no outro dia que essa ideia foi para o espaço na velocidade da luz.
E assim Max continuava mais apaixonado do que antes, e não fazendo nada para mudar isso.
Não era que Max fosse covarde, apesar de parecer muito, muito mesmo, o fato era. Nat era lindo inteligente, rico e filho de uma das famílias mais influentes da Tailândia, era autoexplicativo certo? E tinha mais, o menino era minúsculo mas de uma ousadia gigante que fazia Max se equiparar a uma formiga, Nat era demais pra ele estava exposto como um grande outdoor bem na testa de Max em luzes néon.
Ele estava caído pelo garoto e não ia fazer nada pra mudar a situação atual. Por que não tinha mesmo como dá certo qualquer coisa que ele fizesse.
