Katsuki Bakugou, um garoto que muitos diziam que era azedo, por mais que tinha um cheiro de caramelo, seu humor era um tanto quanto cítrico. Já Eijiro Kirishima era seu completo oposto. Era um doce de pessoa, e Katsuki podia jurar que a todas as vez...
O clima foi cortado quando pequenas batidas na porta soaram e a porta do quarto foi aberta por Mitsuki, que observou os dois garotos se soltarem do abraço lentamente. A mulher ficou satisfeita ao ver a cena, fazia tempo que não via seu filho abraçar ninguém ou estar tão calmo perto de alguém que era estanho ver uma cena daquelas.
- A comida está pronta, meninos. - Kirishima queria pular da cama e correr para comer, fazia algumas hora desde que haviam chego em casa e já estava com fome novamente, mas Katsuki o impedia, segurando sua mão com força, apenas a soltou quando viu sua mãe fechar a porta de quarto novamente.
- Você vai dormir aqui, né? - Perguntou espontâneo, mas Kirishima negou brevemente, recebendo um olhar furioso em resposta. Eijiro rapidamente levou suas mãos para o rosto de Katsuki, mudando a expressão do amigo para algo mais relaxada.
- Não posso deixar Mina lá em casa sozinha, é perigoso e eu prometi aos pais dela de cuidar dela enquanto estivermos pra cá. - Explicou, mas sabia que Bakugou não estava convencido ainda, então jogou sujo. - Se quiser podemos fazer uma ligação daqui até irmos dormir, o que acha?
Por mais que ainda não tinha o convecido, Kirishima sabia que Bakugou estava mais feliz com o que foi proposto, mesmo que ele tenha levantado da cama e saído emburrado. Eijiro durante o jantar tentava falar com o loiro, este que o ignorava completamente, ou as vezes respondia de forma seca e grossaz mencionando como ele tinha que voltar pra casa por causa de Mina ou algo do tipo.
Do outro lado da mesa, o casal de mais velhos observavam a cena cômica segurando o riso. Mesmo sem contexto eles já conseguiam imaginar o que havia causado aquele humor no filho, e isso deixava ainda mais cômico toda aquela cena para os dois de fora.
No final, Kirishima teve que ir para casa, mas foi caminhando enquanto falava com Bakugou pelo telefone, assim como ele havia dito que faria. Claro, não foi fácil convencer Bakugou de atender ele, mas Katsuki não iria deixar a oportunidade de escutar a voz de Kirishima mais um pouquinho antes de dormir.
Katsuki não conseguia negar a felicidade que se fazia presente sempre que tinha seu amigo de infância perto de si. Ele finalmente podia lhe abraçar de novo, podia sentir aquele cheiro de melancia que tanto amava mais uma vez, e agora ele podia o beijar, sentir o gosto da bala de morando que Kirishima tanto gostava. Podia o ver todos os dias, como tanto sonhava.
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Bakugou se arrependeu de sair de casa naquele dia quente de sol. Agora estava cercado pelos seus velhos amigos, tirando dois ou três que não tinham a mínima capacidade de estar naquela escola. Citavam o quão normal era ver Bakugou em um lugar de prestígio, no qual ele merecia por ser tão incrível e coisas desse tipo. Tudo o que ele já havia escutado sua vida toda por todos a sua volta.
E claro, Katsuki não aguentava mais escutar coisas desse tipo, não aguentava mais a encheção saco que ele sempre tinha que aturar por ser melhor que algumas pessoas. Óbvio que ele já gostou e gostava da atenção, mas ele gostava de se mostrar porque receber elógios tampava o vazio que Kirishima tinha deixado ali, mas agora ele sabia que não era mais necessário. Ele já tinha alguém que o fazia se sentir o homem mais incrível no mundo.
