-Eu tenho direito a uma ligação? -Eu perguntei.

-Sim. -Falou com tédio e voltou a se sentar.

Eu tentei ligar pra Peter porém ele não me atendia, eu liguei 8 vezes mas aparentemente ele estava ocupado ou não estava com seu celular

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Eu tentei ligar pra Peter porém ele não me atendia, eu liguei 8 vezes mas aparentemente ele estava ocupado ou não estava com seu celular.

Eu não acreditava no que eu estava fazendo, na verdade eu até pensei em ligar para meu pai, porém não queria ser um peso pra ele, ele já estava em dificuldade em conseguir um emprego, não queria causar mais problemas pra sua vida. Eu respirei fundo e disquei o número da empresa dos Grayson.

-GMedic, boa tarde! Como posso te ajudar? -Falou a secretária.

Eu não conseguia falar, era como se meu corpo e minha mente estivessem em uma guerra onde só um podia vencer, onde apenas um podia ceder. Era um impasse.

-Boa tarde, eu preciso falar com William, William Grayson. -Falei de uma vez.

-Certo, você tem horário pra hoje? -Ela perguntou.

-Não, quer dizer... será que tem como você apenas falar que é a Catarina no telefone por favor, ele vai saber que sou eu. -Eu pedi quase que implorando.

-Certo, irei transmitir a ligação, tenho uma boa tarde. -Falou.

Depois de longos minutos eu pude ouvir a voz dele.

-Olá Catarina! -Ele falou e eu sentia presunção na sua voz, até parecia que ele sabia que eu ligaria naquele momento.

-Oi. -Falei seca.

-Você não costuma me ligar muito, então creio que deva ser um assunto sério. -Ele riu.

-E-eeu preciso da sua ajuda. -Falei um pouco baixo demais, quase em um sussuro.

Eu só ouvia sua respiração pelo telefone e eu mesmo estando longe podia imaginar sua feição naquele momento. Ele provavelmente estaria em uma pose de superioridade, sentado em sua cadeira e com uma vestimenta impecável como sempre e sua feição seria de felicidade, mas não uma felicidade comum, era uma felicidade sombria, igual quando os vilões dos filmes de terror planejam um plano bem elaborado, que é bem executado.

-Pra que exatamente? -Ele perguntou.

-Eu... bom... eu estou na delegacia. -Falei logo tudo de uma vez.

-Catarina, o que você fez pra parar ai? -Ele perguntou curioso.

-Será que você pode vir logo, depois eu te explico. -Falei rude.

-Estou a caminho. -Ele disse e a ligação encerrou.

Eu esperei por quase 1 hora naquele lugar, eu estava na cela, e era pior do que eu imagina ficar ali. Porque diabos ele demorava tanto?

-Olá, Catarina! -Ele entrou e como sempre com seu terno impecável.

Ele me olhava de cima a baixo através das grades com aquele olhar profundo e encantador.

O Homem Da Floresta Where stories live. Discover now