2009
PRESENTEEu estava com ódio, muito, muito ódio. Queria ir embora, fugir desse lugar maldito que só me trazia dor e sofrimento, eu tinha apenas as boas lembranças de Daisy pra me fazer acreditar que ainda valia apena ficar vivo, até hoje eu não aceitei sua morte.
Já se passaram 12 anos que ela morreu, eu tinha 21 na época, e fui um completo idiota por não perceber os abusos que ela sofria de meu irmão, mas no momento em que vi ele com ela eu fui tomado por um ódio e um ciúmes absoluto e fiz a maior besteira da minha vida. Eu sempre acho que ela está por aí, fugindo de mim, e tenho esperança de encontra-lá, beijá-la, tocá-la, protege-la, ter uma orvedose dela e prometer nunca deixa-lá. Meus devaneios são interrompidos por batidas na porta.
-Oi filho. -Era minha mãe.
- Oi mãe. -Falei
Eu estava na biblioteca e como sempre as cortinas estavam fechadas e pouca luz entrava pela janela, essa maldita casa, era sombria e tinha um cheiro de morte. Eu passei a odiar a luz do sol, sem perceber lembrei que Daisy adorava tomar banho de sol, isso aqueceu meu coração.
-Seu pai e eu queremos falar com você. -Ela falou
-Mãe, eu já estou cansado dessas conversas que não nos levam a lugar nenhum!
ESTÁ A LER
O Homem Da Floresta
Horror... Como eu poderia ser amado sendo assim? horrível, um monstro, uma besta... eu me odeio por essa deformidade, na verdade a repulsa das pessoas por mim se tornou minha auto aversão, tudo isso antes dela... antes de conhecer ela... minha, pra sempre...