Amor é um livro.

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Mahina

Suas mãos acariciam levemente minha madeixas de cabelo. O calor da cama e o carinho me fazem pender os olhos, pensando em adormecer, mas então ouve-se batidas fracas na porta do quarto.

Katsuki me olha de relance e eu repito o ato, nós dois sabemos quem está atrás da madeira rústica.

A porta é aberta lentamente, e se pode ver uma pequena mão abrindo ela. Cabelos loiros bagunçados, bochechas rosadas e de brinde uma coberta enrolada no pequeno corpo.

Himari nos encara com seus olhos carmesim, iguais aos do pai, enquanto caminha devagar em nossa direção. Seus olhos pareciam estar inchados, o que eu diria ser causado por um choro.

– Mamãe .- A pequena garota me chama, com sua voz embargada, esticando seus bracinhos em minha direção.

Ela sobe com dificuldade na cama, então me permito ajudá-la, a pegando e a puxando para o meu colo.

– Oi, meu amor. - digo, acariciando seus cabelos, enquanto seus pequenos braços me rodeiam.

Katsuki se aproxima de nós duas, dando um pequeno beijo na cabeça da menor.

– O que aconteceu, Himari? - Bakugou perguntou com certa sutileza, quando até alguns anos isso se consideraria impossível.

A primogênita ergueu sua cabeça em direção ao pai, e disso pôde ser visto novas lágrimas surgindo em seu olhos.

– Papai, eu tive um pesadelo, to com muito medo. - em seus lábios se forma um pequeno bico e as lágrimas rolam.

– Está tudo bem agora, sabe porque? - Bakugou pergunta a sua filha, secando suas lágrimas com seus dedos. A pequena nega com a cabeça para a pergunta do pai. – Porque o papai está aqui, e de jeito nenhum eu deixaria alguém machucar minha monstrinha. - Diz acariciando o lugar onde suas lágrimas até então estavam.

"Monstrinha" era um dos apelidos que Bakugou havia dado a Himari, quando ela era menor e sempre aprontava pela casa, deixando nossos cabelos em pé de tanta bagunça.

A pequena desfaz a cara triste e abre um sorriso radiante, se jogando rapidamente ao colo de seu pai, e acabo rindo com isso.

– Te amo, papai! - diz, rodeando o pescoço do pai com seus bracinhos finos. Bakugou acaricia de leve suas madeixas loiras.

– Também te amo, meu amor.

– Não estão esquecendo de ninguém não? Hm? - perguntei, com um leve bico nos lábios.

Os dois riem e me puxam para o abraço carinhoso.

– Também te amamos mamãe. - Himari diz, se aconchegando mais no abraço, como um filhotinho de passarinho em seu ninho.

– Eu também amo vocês. - deixo um selar em sua testa, e beijo os lábios de Katsuki.

Antes que pudéssemos reagir a qualquer coisa, um choro estridente foi escutado de longe.

– Maninho acordou? - A pequena perguntou e seu pai deu um leve aceno com a cabeça.

– Vou ir lá. - Solto um suspiro leve e me afasto.

– Não quer que eu vá hoje, Mahina? - Bakugou me perguntou, colocando a primogênita em seu lado da cama.

– Está tudo bem. - abri um pequeno sorriso a ele. - Cuide da Himari. - digo com carinho, colocando a pantufa em meus pés, saindo do quarto e seguindo para o quarto de Kazuki.

Quando chego, abro a porta lentamente, vendo o pequeno bebê de cinco meses chorando em seu berço.

– Oi, meu amor. - digo com carinho encarregado na voz e ele logo para de chorar para me olhar. - Porque 'tá chorando, hm? - perguntei ao pequeno, vendo ele esticar seus pequenos bracinhos até mim, indicando que queria colo.

Soltei um pequeno riso e pego Kazuki em meu colo, balançando lentamente com ele em meus braços.

Ele começa a brincar com meus cabelos e faço cócegas em sua barriga.

– Você não dorme não? Em, garoto - perguntei divertida, continuando os movimentos, fazendo ele soltar uma risada gostosa. - e você ri, não é? - sorri para ele, parando às cócegas.

Sinto uma mão pesada em meu ombros e me viro assustada, relaxando quando vejo os olhos carmesim. Percebendo que acabou me assustando, ele ri baixo.

– Está devendo? - ele me pergunta divertido, com aquele olhar malicioso que deixa qualquer um de pernas bambas.

– Deixa de ser besta. - desviei meu olhar ao pequeno em meu colo. Katsuki apenas ri rouco, se divertindo. – Onde está Himari?

– Dormindo, ela estava bastante cansada. - diz e eu concordo com a cabeça, ainda observando o bebê em meu colo, que não dava nenhum indicio de sono. – E você, garotão? Não vai dormir? - Perguntou sorrindo ao pequeno em meu colo, e o menor apenas responde com um sorriso e umas palavras indecifráveis na linguagem dos bebês.

– Acho que isso foi um não. - dou uma risada e o mais velho me acompanha. – Prepara uma mamadeira para ele? - perguntei a Katsuki, com olhos de tandera. - Hm?

Katsuki apenas suspirou cansado mas depois abriu um pequeno sorriso para mim.

– Só porque você me pediu. - beija meus lábio e depois os cabelos loiros de nosso filho. Apenas sorrio com a afirmação dele e vejo ele sair do quarto.

Volto meu olhar a pequena bolinha em meus braços, me perguntando como eu criei duas idênticas copias de Katsuki. Onde já se viu passar nove meses carregando uma criança em minha barriga, e ela ainda vir a cara do pai?

Katsuki tinha gênes bons, muito bons aliás, talvez por isso ele seja idêntico a mãe.

Kazuki aperta suas mãozinhas em meu rosto, falando algo em sua linguagem de bebê.

– Está com fome, né? - Digo, retirando uma de suas mãos de meu rosto e a beijando. - Seu papai jajá vem com o seu mama, tá bom? - Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, Katsuki abre a porta, caminhando até mim. Falando no diabo. Ri com meu pensamento.

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Notas da autora:

Estava morrendo de saudades de postar aqui, por mais que eu não tenha o mesmo público de antes.

Tenho um carinho imenso por essa fanfic do Bakugou, por mais que eu já tenha amadurecido e não seja tão obcecado como eu era antes kkkkk.

Desculpem qualquer erro ortográfico, estou um pouquinho desacostumada.

Não esqueçam da estrelinha! Ajuda muito essa autora sem teto.

Casada Com Katsuki Bakugou Where stories live. Discover now