IX

28 3 0
                                    

Aviso: Sangue, Violência

A visita à casa do pai dela deixou Avani incerta sobre o relacionamento com Tom. O que ela estava fazendo era muito ruim? Ela nunca teve problemas em mentir mas, quando se trata do pai dela, ela tentava sempre ser honesta. Mentir para o pai dela a fez sentir uma dor aguda no estômago. É o fato do pai dela gostar de Tom só piorou as coisas.

Tom não parecia estar incomodado com o cenário. Não sentia culpa por estar tendo um caso com a filha de um homem com quem ele compartilhou uma bebida e um cigarro. E isso irritou Avani. O respeito de Tom por seu pai era superficial, do contrário ele não teria ousado tocar nela novamente. Mas, aparentemente, Tom não respeitava ninguém além de si mesmo. Afinal, ele se considerava um deus.

Avani havia prometido a si mesma que tentaria diminuir as escapadas com Tom, mas ele murmurava palavras tão bonitas no ouvido dela e a tocava de forma tão atraente que ela se viu sempre voltando para o quarto dele.

E lá ele sussurrava desculpas tão descaradamente falsas que até as estrelas suspiravam quando Avani acreditava nelas. Ele tinha a garota na palma da mão, e cada vez que eles brigavam um dedo se fechava. E não demoraria muito para ela ficar presa sob o punho dele

E então ele olharia por entre seus dedos e perguntaria a ela: "Ainda acha meu status de sangue engraçado, Avani?"

Tom estava a alimentando com veneno disfarçado de néctar. E embora ela soubesse que o sabor era muito doce, uma cópia barata, ela o bebia até apodrecer suas entranhas.

Porque, se veneno era alguma coisa, era viciante. E Avani era a mais firme devota nesse vício.

E enquanto ela estava sentada na sala de aula dele, ela não conseguia parar de olhar para o homem que a estava corrompendo.

"Tá me ouvindo?" Circe disse

Avani recuou, seu cotovelo escorregando para fora da carteira. Tom disfarçou o riso com uma tosse.

"Ãn? Que?" Avani perguntou

"Eu perguntei se você fez a tarefa"

Avani olhou para a amiga por um instante enquanto a sua mente tentava processar direito as palavras.

"Ah, tarefa?" Avani disse, quando sua nuvem de pensamentos sujos se dissipou em sua mente. "O que tem a tarefa?"

"Você fez?"

Avani fez que sim com a cabeça "Sim, por que?"

"Posso pegar para copiar?"

Avani não gostava de emprestar suas coisas para outras pessoas, ainda mais quando se tratava da escola, mas ela se sentiria péssima se dissesse não para Circe. Elas eram boas amigas.

Avani pegou seu rolo de pergaminho, entregando à garota.

Algo pesado empurrou as costas de Avani, fazendo ela cair para frente. Ela colocou as mãos na mesa para evitar rachar a cabeça na madeira.

"Parece que a sangue ruim é muito burra pra fazer a própria tarefa" disse Mathias Black, apoiando o antebraço nas costas de Avani. Circe baixou o olhar, apertando as próprias pernas.

Avani revirou os olhos.

"Desencosta de mim, maldito cachorro" disse ela, afastando o garoto.

"Sente-se, Sr. Black", disse Tom da frente da sala de aula. Mathias e seus amigos obedeceram, sentando no assento atrás de Avani e Circe.

"E aí, sangue sujo, como estão as coisas com o zelador? Já estão transando?"

"Black, eu vou enfiar minha pena no seu olho. Deixa ela em paz." Avani disse

Moonlit (t.r)- Traduzido Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora