3.0 Sonho Meu.

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     Três fardinhos de cerveja, ou eram melhor seis? Seis, com certeza. Seokjin bebia como um Opala preto 1996 e Namjoon sabia bem que seu loirinho era cachaceiro de primeira qualidade, criado em bar de cidade pequena. Por falar nele, precisava mandar mensagem. Só de pensar em juntar seu (finalmente) namorado com sua família já sentia os pêlos do braço arrepiarem. Amava seus meninos mais do que qualquer coisa no mundo, era fato. Mas os conecia bem o suficiente para saber exatamente quais vergonhas da sua vida iriam expor.
Seokjin contaria ao loiro da vez que Namjoon se machucou num arame farpado e chorou pensando que pegaria tétano. Jungkook contaria sobre a dificuldade do mais velho de ver sangue, tinha certeza. Nem gostaria de pensar em que tipo de humilhação carnavalesca Hoseok tiraria do baú para contar. Só podia rezar por sua pobre alma. Do outro lado, tinha medo de seus amigos não gostarem do loiro que parecia ter vindo de outro mundo.

Jimin andava diferente, falava diferente, e era o completo oposto de tudo o que Namjoon conhecia. Certo, o moreno alto tinha lá sua fama com os playboys nas noites em que saía na pua má intenção, costumava sentir as pernas bambearem por uma patty, mas aquele era o ele antigo. Estava determinado a fazer dar certo com alguém que não era nada como os outros foram. Jimin não era rico, passava longe de ser. Mas se portava como o filho de um CEO multimilionário, e era majestoso, oh, como era. Ele exalava dinheiro em seu olhar, era só questão de tempo até que se tornasse realidade. Era bom, gentil e humilde, mas parecia inalcançável. Era um em um milhão, àqueles nascidos para a riqueza. Namjoon só esperava estar lá junto para ver acontecer. Sabia que aconteceria, mas não ligava se fossem pobres para sempre. Enquanto pudesse ter Jimin ao seu lado, jamais seria pobre do que realmente importa.

Checava a lista pela décima vez, conferindo item por item em suas sacolas. Jimin disse que levaria o gin, Seokjin estava responsável pelo carvão e Jungkook que se virasse com o refrigerante, sendo o único do grupo que nunca bebia sob hipótese alguma. Namjoon o admirava muito por isso, a capacidade do rapaz de aposentar os copos depois de tudo o que havia acontecido.
A primeira vez que o viu com um copo na mão, Jungkook mal tinha pelo no suvaco. Treze anos, um coração cheio de revolta e o pensamento de que sua vida era nas ruas. De que era um garoto do mundo. Bebia como se não houvesse amanhã, gostaria que não tivesse. Vomitava no canto das calçadas e pensava "que se foda essa merda". Dia após dia, sexta, sábado, domingo e segunda sem descanso. Era conhecido nos bailes e casas noturnas, o terror dos jardins das velhinhas. Se aposentou cedo, e Namjoon sorria feliz ao ver os copos de guaraná nas mãos de seu irmão mais novo.

Se lembrou na metade do caminho de casa que precisava comprar mais linguiça, Hoseok não podia ver uma que caía de boca. Riu, pensando que essa era provavelmente a junção de palavras mais gay para descrever uma comida favorita. Estava tão, tão nervoso. E se seu loirinho não gostasse? Certo, ele convivia com Seokjin ocasionalmente, mas a faculdade era uma coisa. A laje da casa de Jungkook era um terreno completamente inexplorado por Jimin, era a casa de Namjoon. Veria ali todos os lados do mais alto, não havia mais nada a esconder. Era tempo de fugir se quisesse. Esperava mesmo que ele gostasse de sua família.

 Esperava mesmo que ele gostasse de sua família

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⏰ Ostatnio Aktualizowane: Mar 27 ⏰

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Santo Seu Jorge. - YoonkookOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz