Prólogo

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Nota da autora

          Antes de começarmos, gostaria de agradecer a cada um de vocês que disponibilizaram um pouco do tempo para ler minha obra. Aos 15 anos tive a grande ideia de escrever um livro, não sabia como ou por onde começar e jamais imaginei que algum dia eu pudesse disponibilizar minha história para o público, mas graças a internet descobri o Wattpad que me trouxe inúmeras oportunidades de mostrar meu trabalho.

          Não sou profissional e não sou uma escritora famosa, mas espero de coração que possamos acompanhar juntos do começo ao fim esse singelo romance e espero também que vocês possam se apaixonar pelos personagens e os amem assim como amei criá-los. 

          Espero de verdade que vocês leiam com o coração dando atenção máxima a cada palavra. Foi trabalhoso chegar aonde cheguei; Peço que não deixem de comentar a opinião sobre o livro. Fiquem a vontade para deixar críticas construtivas ou qualquer sugestão, a responsabilidade é inteiramente de vocês. Não esqueçam de clicar na estrelinha se gostar do capítulo, isso significa MUITO pra mim e ajuda muito na divulgação do livro.

          Enfim, obrigada por lerem até aqui, obrigada por fazer parte disso junto comigo e obrigada por acreditar no meu esforço. 

Thalyta Alves

***


Agosto de 2008

Clara Bennet

— Só dessa vez, Clara. Eu prometo. — Ouvi minha amiga implorar pela centésima vez. Já estava cansada dos seus lamentos, resolvi ceder, pelo menos dessa vez ela não me traria problemas. Era o que eu pensava e foi o que ela me prometeu.

— Não quero me arrepender dessa vez, ouviu, Laurel? — Falei séria e minha amiga concordou com um sorriso enorme. Conheço Laurel desde sempre e não sei o que seria de mim sem minha amiga. Ela sempre esteve comigo, nos bons e nos maus momentos, sempre apoiamos uma a outra e isso nos fez criar uma amizade cheia de confiança e lealdade.

Laurel acabou me arrastando para esse fim de mundo onde estava acontecendo uma festa qualquer, coisa que não importava muito, afinal, minha amiga só queria se divertir. Era incrível o talento que ela tinha para arrumar problemas em todas as festas que eu a acompanhava. Coisa que nunca me agradou.

Odeio essas festas, pra mim não passava de um amarrotado de pessoas bêbadas, fedendo, com música barulhenta, luzes que me deixavam com vertigem e um calor infernal. Não tinha a menor graça. Definitivamente eu não combinava com esse tipo de coisa.

— NÃO É O MÁXIMO? — Ouvi minha amiga gritar do meu lado enquanto andávamos entre as pessoas, apenas balancei a cabeça e forcei um sorriso concordando. Por dentro eu estava gritando pedindo a Deus pra me tirar daquele lugar.

Laurel dançou, bebeu e se divertiu como de costume. Eu apenas me sentei em qualquer lugar para observar. Um bom tempo depois comecei a sentir minha boca seca e resolvi procurar algo para beber. Respirei fundo e entrei no amontoado de pessoas dançando.

Continuei andando forçando passagem entre as pessoas. — Desculpe. — Tropeçava em alguém a cada dois passos. Estava de cabeça baixa tentando enxergar aonde meus pés iriam pisar, quando de repente esbarrei numa parede alta de ombro largos. Espera, parede com ombros? Levantei a cabeça pronta pra soltar alguns insultos, mas algo esbarrou em meu corpo novamente empurrando-me mais em direção ao homem na minha frente.

— Me.. me desculpe. — Falei um pouco alto tentando me recompor, olhei para o homem, a escuridão do lugar não me permitia ver nitidamente o seu rosto, mas achei que estivesse sorrindo.

— Sem problemas. Você está bem? — Ele me perguntou num tom mais alto por causa do barulho ensurdecedor do lugar, apenas balancei a cabeça afirmando. Ele se aproximou um pouco mais me permitindo ver melhor o seu rosto. Ele definitivamente era mais alto que eu, tinha o cabelo desarrumado e acho que eram espinhas na bochecha, não consegui ver a cor dos olhos, mas creio que sejam claros. Ele não é de se jogar fora. Só faltava uma pomadinha no rosto.

Virei-me pra sair rapidamente dali antes que fosse atropelada por mais alguém, o deixando sem resposta. Cheguei ao bar e pedi uma água, o barman deu um sorriso largo e eu apenas agradeci com um meio sorriso, apenas por educação.

— Aonde você se meteu? — Virei na direção da voz e vi minha amiga levemente alterada, ela definitivamente não tem jeito. Temos 16 anos, mas faço o papel de mãe quando se trata de Laurel Carter. — Te procurei por todos os lados. Temos que ir, rápido! — Respirei fundo e decidi acompanhá-la, mesmo sem entender o porquê de tanta urgência.

— Por que você está tão nervosa? — Perguntei já esperando a bomba. Ela me olhou como se estivesse calculando o quão brava eu iria ficar. Respirei fundo mais uma vez quando vi uma loira se aproximando com uma cara não muito agradável. — Ai meu Deus, vamos embora, Laurel. — Levantei e a arrastei pra fora daquele lugar.

— Você me prometeu. — Falei pesadamente enquanto caminhávamos lado a lado até o carro. — Nunca mais vou a festas com você. — Falei séria e fiz um juramento mentalmente. Ela apenas riu e entrou no carro.

— A propósito, quem era o bonitão com quem você estava falando? — Laurel me perguntou e eu não fazia a mínima ideia de como ela viu um dialogo que durou apenas 10 segundos. Não respondi e logo ela mudou de assunto.

Parei o carro em frente a casa de Laurel e antes de sair ela virou-se pra mim com o melhor sorriso que possuía. — Valeu, amiga. Virei fã do tio John depois que ele te deu esse carro[1]  —  Falou rindo, deu um beijo rápido na minha bochecha e saiu do carro.

Antes de fechar a porta ela me olhou prendendo o riso — Nunca diga nunca, baby. — Balancei a cabeça reconhecendo o tom de deboche. Aquilo não foi agradável de se ouvir, mas não deixei de rir imaginando o próximo problema que Laurel iria me arrumar.



[1] Os adolescentes americanos podem tirar carteira de habilitação aos 16. São cinco anos de experiência no volante antes de atingir a idade legal para beber.

Aqueles OlhosWhere stories live. Discover now