10 · Seu namorado

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- Como assim amanhã? Você nem falou com a minha mãe ainda

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- Como assim amanhã? Você nem falou com a minha mãe ainda.

- Eu tenho que ver sua mãe? - Ela concordou - Porque?

- Ela quer te conhecer. Falei para ela que você é meu amigo.

- Amigo? - Ela concordou - Eu pensei que...

Assim que ele começou a falar, Helena estendeu a mão direita como se tivesse procurado algo, ele franziu o senso, logo depois Helena apontou para o seu dedo anelar e mostrou como se estivesse faltando algo, um anel.

Ele ri suavemente, um sorriso que não alcança seus olhos preocupados.

- Vou tomar um banho. - murmura ele, enquanto ela desliza silenciosamente para o quarto, procurando algo apropriado para vestir.

Quando ele emerge do banheiro, seus olhos ainda refletem uma sombra de inquietação.

- Com que roupa eu devo ir? - Ele pergunta, a incerteza pairando em sua voz.

Ela sorri suavemente, um brilho de melancolia dançando em seus próprios olhos.

- Por que não a mesma roupa que usava quando nos conhecemos na livraria? - Sua voz é suave, cheia de nostalgia. - Ele balança a cabeça, sua preocupação palpável.

- Como posso conhecer minha futura sogra vestindo uma camisa do Chico Moedas, uma bermuda rasgada e um chinelo? Preciso causar uma boa impressão. - Ele suspira, sentindo o peso da expectativa sobre seus ombros.

Ela coloca a mão sobre a dele, transmitindo silenciosamente seu apoio. - A minha mãe não é o tipo de pessoa que se importa com isso, meu bem. - Ela murmura, seus olhos encontrando os dele em um olhar cheio de ternura.

Após se arrumarem, ele tranca a casa com um suspiro pesado de antecipação. Juntos, eles caminham até a garagem, onde o brilho do luar pinta seu Civic preto com uma aura de melancolia romântica.

Helena introduz o endereço no GPS em um silêncio carregado de expectativa, enquanto o som suave da chuva lá fora parece ecoar os batimentos de seus corações. Entre as músicas aleatórias, "Pontos de Exclamação" do Jovem Dionísio preenche o carro, envolvendo-os em uma atmosfera de nostalgia e esperança.

No silêncio confortável que se segue, Lucas começa a cantarolar a melodia familiar, seus olhos encontrando os dela em um momento de conexão silenciosa. Ela sorri, uma promessa de amor eterno brilhando em seu olhar, enquanto eles se aproximam do destino.

Eles finalmente chegam à casa de Helena, onde uma atmosfera de conforto e tranquilidade os envolve. A luz amarela suave ilumina o caminho, destacando as diversas plantas que adornam o jardim. Um portãozinho simples, com detalhes decorativos delicados, dá as boas-vindas, convidando-os a entrar em um mundo de calma e serenidade. Helena vive em um bairro tradicional, onde as casas, apesar de reformadas, mantêm uma aura de tempos passados.

Assim que saem do carro, Lucas sente suas pernas travarem. Ele está prestes a se conhecer, segundo ele mesmo, sua futura sogra, apesar de ainda ser o chefe dela. O nervosismo toma conta dele, fazendo-o tremer ligeiramente.

Ao chegarem em casa, a mãe de Helena parece preocupada com a sua saída repentina. Helena a abraça, tranquilizando-a e garantindo que está tudo bem. Lucas fica um passo atrás, observando a interação com um misto de nervosismo e curiosidade.

Helena então apresenta Lucas à sua mãe, com uma mistura de formalidade e descontração.

- Mãe, este é o Lucas. - Sorri nervosamente. - Ele é meu chefe e... amigo.

- É um prazer conhecê-la, senhora. - Sorri tentando parecer confiante, apesar dos nervos.

A mãe de Helena sorri calorosamente, estendendo a mão para cumprimentá-lo.

- O prazer é meu, Lucas. Helena fala muito bem de você. Você está tão nervoso rapaz, relaxe!

Então, surge um homem inesperado, que se aproxima de Helena com uma expressão de surpresa e alegria.

- Sim, não vai falar comigo não, tampinha? - exclama o homem, abraçando-a com entusiasmo.

- Ah, Felipe, que saudade! - responde, retribuindo o abraço com carinho. - Como você some e aparece como se nada tivesse acontecido? - Bate de leve em seu ombro.

Lucas observa a cena com interesse, sentindo uma pontada de ciúmes ao ver a intimidade entre os dois.

- Quem é esse cara, Helena? - Pergunta Felipe, olhando curioso para Lucas.

- Lucas, o namorado dela, - Helena arregala os olhos - Quem é você? - Questionou firme.

- Eu sou o irmão dela. E você, quem é?

Lucas sente um alívio imediato e ao mesmo tempo uma pitada de constrangimento. Ele estende a mão para cumprimentar Felipe.

- Lucas, bom te conhecer, cara. - diz tentando disfarçar a vergonha. - Desculpa por isso, mano.

- Que isso cara, de boa. - responde Felipe rindo, apertando a mão de Lucas com um sorriso amigável. - Bem-vindo à nossa casa.

Helena virou uma estátua, ela sorri nervosa até Felipe olhar para ela e falar:

- Teu namorado é engraçado, tampinha. Meu pai ia gostar dele. - Sorriu de leve.

- Com certeza. - Ela olhou para Lucas com um brilho no olhar

Lucas sorri timidamente, sentindo-se um pouco envergonhado por sua reação precipitada.

Lucas sorri timidamente, sentindo-se um pouco envergonhado por sua reação precipitada

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