Sina
A festa de casamento acontecia no jardim. Muitas pessoas vinham me cumprimentar e metade delas eu não conhecia. Eu já estava exausta de tanto ficar em pé, fui me aproximando da mesa onde eu estava antes e me sento retirando meus saltos. Sorte que o vestido era longo, assim ninguém me via descalça.
— Pelo visto eu não sou a única que faz isso.
Uma voz feminina soa ao meu lado, olho para cima e vejo uma moça linda, morena de cabelos cacheados. Ela usava um vestido verde maravilhoso.
— Posso? — ela pede permissão para sentar.
— Claro!
— Eu me chamo Any Beauchamp. Tudo bem?
— Sina. — digo. — Bom, respondendo a sua pergunta, eu estou bem.. tirando essa dor nos dedos. — sorrio.
— Sei como é. Faço isso em todas as festas que acompanho meu marido e na volta para casa, uso uma sandália.
— Irei acatar essa dica, obrigada!
— Disponha! — ela pega sua tava de champanhe e bebe num só gole. — Vou ser bem sincera com você, essas festas são um saco. A minha foi assim mesmo, muita gente me paparicando apenas por ser esposa do Consigliere. É sempre a mesma coisa.
— Consigliere? Então trabalha com o Capo?!
— Sim! Além de amigos de longas datas, eles trabalham juntos. Olha, aquele é o meu marido! — Any aponta em direção ao grupo de homens. Lá estava o Noah, Bailey, um homem loiro e um senhor de meia idade. — É o loirinho da ponta.
— Sempre sérios! — rimos juntas.
— Só na frente deles, por que em casa ele é um amor de pessoa. Essa carinha de cachorro brabo some em minutos.
Comecei a rir. Quem me deras o Noah fosse assim.
Any me contava alguns detalhes sobre cada membro que estava presente naquele casamento. O fato dela saber disso é que Josh lhe contava tudo. Eu achei estranho o fato dele compartilhar as coisas com ela, pois sempre foi citado que nós mulheres não devemos saber nada sobre os assuntos dos maridos.
— Ele é super aberto com você. Isso é bom!
— Josh é diferente dos homens daqui. Ele é bondoso e honesto. Eu o conheci numa leilão de caridade que o Capo sempre faz para as crianças carentes do hospital geral. Lembro-me que minha família me apresentou para ele e desde daí a gente não se desgrudava mais. Foi quando ele me pediu em casamento e aqui estamos, juntos e felizes! Isso é muito raro, ter um casamento onde se tem amor.
— Isso é verdade! Mas nós mulheres já estamos acostumadas com isso.
— Realmente! Passei a vida toda acreditando nisso. Hoje em dia eu acabei percebendo que não é assim. O amor sempre vai existir, e não estou blefando. Mas mudando de assunto, como você tá? E não precisa mentir.
— Deva imaginar como estou. Eu estou apenas fazendo o meu papel como fui treinada para ser.
— Imagino que não seja fácil, não querendo jogar na cara, nem nada, mas tive um grande privilégio de ter Josh como meu marido.
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Prometida ao Don da Máfia | Noart
RomancePara viver no mundo da máfia, a primeira regra é: sempre obedecer seus superiores para sobreviver. Os castigos sempre realizados no decorrer de cada falha. Os perigos a todo instante. Sempre ser uma dama, independente de cada patente exercida. Porém...