Capítulo 7

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Sina

A festa de casamento acontecia no jardim. Muitas pessoas vinham me cumprimentar e metade delas eu não conhecia. Eu já estava exausta de tanto ficar em pé, fui me aproximando da mesa onde eu estava antes e me sento retirando meus saltos. Sorte que o vestido era longo, assim ninguém me via descalça.

— Pelo visto eu não sou a única que faz isso.

Uma voz feminina soa ao meu lado, olho para cima e vejo uma moça linda, morena de cabelos cacheados. Ela usava um vestido verde maravilhoso.

— Posso? — ela pede permissão para sentar.

— Claro!

— Eu me chamo Any Beauchamp. Tudo bem?

— Sina. — digo. — Bom, respondendo a sua pergunta, eu estou bem.. tirando essa dor nos dedos. — sorrio.

— Sei como é. Faço isso em todas as festas que acompanho meu marido e na volta para casa, uso uma sandália.

— Irei acatar essa dica, obrigada!

— Disponha! — ela pega sua tava de champanhe e bebe num só gole. — Vou ser bem sincera com você, essas festas são um saco. A minha foi assim mesmo, muita gente me paparicando apenas por ser esposa do Consigliere. É sempre a mesma coisa.

Consigliere? Então trabalha com o Capo?!

— Sim! Além de amigos de longas datas, eles trabalham juntos. Olha, aquele é o meu marido! — Any aponta em direção ao grupo de homens. Lá estava o Noah, Bailey, um homem loiro e um senhor de meia idade. — É o loirinho da ponta.

— Sempre sérios! — rimos juntas.

— Só na frente deles, por que em casa ele é um amor de pessoa. Essa carinha de cachorro brabo some em minutos.

Comecei a rir. Quem me deras o Noah fosse assim.

Any me contava alguns detalhes sobre cada membro que estava presente naquele casamento. O fato dela saber disso é que Josh lhe contava tudo. Eu achei estranho o fato dele compartilhar as coisas com ela, pois sempre foi citado que nós mulheres não devemos saber nada sobre os assuntos dos maridos.

— Ele é super aberto com você. Isso é bom!

— Josh é diferente dos homens daqui. Ele é bondoso e honesto. Eu o conheci numa leilão de caridade que o Capo sempre faz para as crianças carentes do hospital geral. Lembro-me que minha família me apresentou para ele e desde daí a gente não se desgrudava mais. Foi quando ele me pediu em casamento e aqui estamos, juntos e felizes! Isso é muito raro, ter um casamento onde se tem amor.

— Isso é verdade! Mas nós mulheres já estamos acostumadas com isso.

— Realmente! Passei a vida toda acreditando nisso. Hoje em dia eu acabei percebendo que não é assim. O amor sempre vai existir, e não estou blefando. Mas mudando de assunto, como você tá? E não precisa mentir.

— Deva imaginar como estou. Eu estou apenas fazendo o meu papel como fui treinada para ser.

— Imagino que não seja fácil, não querendo jogar na cara, nem nada, mas tive um grande privilégio de ter Josh como meu marido.

Prometida ao Don da Máfia | NoartWhere stories live. Discover now