Capítulo 2

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Sina

Acordo por volta de 06h30, nunca conseguir acordar mais tarde do que isso, talvez seja por conta das aulas que tinha e a pontualidade é essencial.

Me sento na cama encarando o chão e repetindo para eu mesma que o dia vai ser bom, mesmo sabendo que não vai ser. Os dias sempre são os mesmos, nenhuma mudança se quer e espero que hoje seja diferente.

— Sina?

Ouço a voz de Rita.

— Oi Rita, eu já estou acordada. — digo me levantando da cama e indo em direção ao banheiro.

— Estou entrando! — ouço a porta sendo aberta e é fechada logo em seguida. — Vim te ajudar com a sua roupa.

— Minha roupa? Bom, não acho necessário, eu mesmo escolho.

— Se você escolher uma roupa, vai ser um macacão.

Rita sempre foi como uma mãe para mim, ela cuidou de mim desde quando eu era criança. Sempre me ajudou nos estudos, os ensinamentos que a Máfia exigia e nunca deixou de tá ao meu lado. Sou muito grata a ela!

Assim que saio do banheiro eu visto a roupa que Rita escolheu. É um lindo vestido azul e havia uma pequena faixa na perna, é o charme do vestido.

 É um lindo vestido azul e havia uma pequena faixa na perna, é o charme do vestido

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— É.... Rita?

— Pois não?

— Não acha que tá muito.. chique?

— Chama isso de chique? Ela tá uma roupa moderna de uma dama.

— Não irei argumentar nada, irei perder novamente. — digo rindo e Rita me acompanha. — Meu pai se encontra?

— Não. Saiu cedo e não sei que horas ele volta.

— A casa fica uma paz quando ele não tá.

— Não faça essa cara, menina. — Rita me abraça. — Não gosto de vê você assim. Me sinto mal também.

— Sinto falta dela, sabia?! — digo lembrando de minha mãe. — E por incrível que pareça, da minha irmã também, mesmo que ela não tenha nascido, era apenas um bebê que estava em seu ventre.

— Eu sei que sente. Acima de tudo ela é sua mãe, a saudade sempre vai permanecer, querida. Porém temos que seguir em frente.

— Como que segue em frente com o meu pai jogando na minha cara que sou a culpada?

Não consigo segurar por muito tempo e acabo chorando. Essa sensação que sinto dentro do meu peito é doloroso demais. Eu era apenas uma criança na época, não tinha culpa de nada.

Prometida ao Don da Máfia | NoartWhere stories live. Discover now