Sina
Abro meus olhos e já é de manhã. Passei a semana toda pensativa, não conseguia dormir direito pensando no resultados dos exames. Não sei por que estou tão nervosa, bem que poderia dar alteração em alguma coisa e assim eu seria descartada sem pensar duas vezes.
Vamos ser realista. O ideal motivo desses exames é para eu saber se estou boa de saúde e assim gerar um filho. Essa é a única intenção que os homens da máfia tem: filhos. Bastante sexo para gerar um herdeiro e continuar com a linhagem.
Amor? Desconheço dessa palavra.
A porta do meu quarto é aberta, Rita entra junto com a bandeja de café, e pela cara tá super deliciosa. Confesso que agora estou com fome, ontem eu realmente não estava para papo com a comida.
— Bom dia, menina.
— Bom dia, Rita. — me levanto da cama e caminho até o banheiro para lavar meu rosto e escovar meus dentes. — Alguma novidade?
— Sim! Os resultados saíram!
Paro o que estou fazendo e encaro.
— E então?
— Venha comer, depois a gente conversa.
— Rita, eu estou há dias querendo saber. Não me enrola, só diz, por favor! — suplico.
— Tudo bem. Senta aqui. — bate na cama. Término de escovar meus dentes e corro em sua direção. — Os resultados são ótimos, tá tudo bem com você. — ah, não. — O Sottocapo avisou o Sr. Matias. Fiquei sabendo por que levei seu café até o escritório. E agora vai rolar a segunda parte do processo.
— Isso tá parecendo um processo seletivo para emprego.
— Você nunca trabalhou para saber disso.
— Você esqueceu?
Rita fica encarando o nada e abre a boca após lembrar.
Tentei trabalhar uma vez, mas nunca deu certo. Primeiro que as mulheres não podem trabalhar, elas devem servir os maridos dentro de casa, suas obrigações são com a casa, os filhos e os maridos.
Deixei o assunto de lado e comecei a tomar meu café, pego uma fatia de pão integral e coloco um pouco de geleia de pêssego, passo em cima do pão e não demoro muito para devorar. Isso é gostoso demais.
— Já sabe com qual roupa irá hoje?
Paro de comer e encaro Rita que estava mexendo em minhas roupas.
— O que tem hoje?
— Você anda muito desligada. O Sottocapo lhe avisou no dia que ele veio aqui. Vai me dizer que não lembra?
— Pior que não lembro. Eu estava tão avoada naquele dia com a notícia, que não prestei atenção no que ele falou.
— Ainda bem que eu estava lá ouvindo.
— Tá bem, Rita. Não enrola.
— Você vai passar uns dias com o Capo.
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Prometida ao Don da Máfia | Noart
RomancePara viver no mundo da máfia, a primeira regra é: sempre obedecer seus superiores para sobreviver. Os castigos sempre realizados no decorrer de cada falha. Os perigos a todo instante. Sempre ser uma dama, independente de cada patente exercida. Porém...