Capítulo 3

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Sina

Abro meus olhos e já é de manhã. Passei a semana toda pensativa, não conseguia dormir direito pensando no resultados dos exames. Não sei por que estou tão nervosa, bem que poderia dar alteração em alguma coisa e assim eu seria descartada sem pensar duas vezes.

Vamos ser realista. O ideal motivo desses exames é para eu saber se estou boa de saúde e assim gerar um filho. Essa é a única intenção que os homens da máfia tem: filhos. Bastante sexo para gerar um herdeiro e continuar com a linhagem.

Amor? Desconheço dessa palavra.

A porta do meu quarto é aberta, Rita entra junto com a bandeja de café, e pela cara tá super deliciosa. Confesso que agora estou com fome, ontem eu realmente não estava para papo com a comida.

— Bom dia, menina.

— Bom dia, Rita. — me levanto da cama e caminho até o banheiro para lavar meu rosto e escovar meus dentes. — Alguma novidade?

— Sim! Os resultados saíram!

Paro o que estou fazendo e encaro.

— E então?

— Venha comer, depois a gente conversa.

— Rita, eu estou há dias querendo saber. Não me enrola, só diz, por favor! — suplico.

— Tudo bem. Senta aqui. — bate na cama. Término de escovar meus dentes e corro em sua direção. — Os resultados são ótimos, tá tudo bem com você. — ah, não. — O Sottocapo avisou o Sr. Matias. Fiquei sabendo por que levei seu café até o escritório. E agora vai rolar a segunda parte do processo.

— Isso tá parecendo um processo seletivo para emprego.

— Você nunca trabalhou para saber disso.

— Você esqueceu?

Rita fica encarando o nada e abre a boca após lembrar.

Tentei trabalhar uma vez, mas nunca deu certo. Primeiro que as mulheres não podem trabalhar, elas devem servir os maridos dentro de casa, suas obrigações são com a casa, os filhos e os maridos.

Deixei o assunto de lado e comecei a tomar meu café, pego uma fatia de pão integral e coloco um pouco de geleia de pêssego, passo em cima do pão e não demoro muito para devorar. Isso é gostoso demais.

— Já sabe com qual roupa irá hoje?

Paro de comer e encaro Rita que estava mexendo em minhas roupas.

— O que tem hoje?

— Você anda muito desligada. O Sottocapo lhe avisou no dia que ele veio aqui. Vai me dizer que não lembra?

— Pior que não lembro. Eu estava tão avoada naquele dia com a notícia, que não prestei atenção no que ele falou.

— Ainda bem que eu estava lá ouvindo.

— Tá bem, Rita. Não enrola.

— Você vai passar uns dias com o Capo.

Prometida ao Don da Máfia | NoartOnde as histórias ganham vida. Descobre agora