XLVIII

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Olha eu aqui de novo!

— Mas que pouca vergonha é essa aqui? — Não

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— Mas que pouca vergonha é essa aqui? — Não. Carlo não.— Vocês não tem vergonha de depois de tudo...

— Carlo, eu acho melhor não. — Meu pai aparece e encara o homem que sorri falsamente e ameaça voltar a gritar, mas meu pai segura seu braço o impedindo de seguir e o homem resolve sair dali, levando consigo a atenção dos jornalistas que miram as câmeras para ele.

— Está mesmo comigo? — Pergunto, ainda em dúvida e coloco uma mexa de cabelo de Melissa atrás da sua orelha.

— Claro que sim. — Ela responde com um largo sorriso e eu a beijo novamente. Dessa vez só para ter a certeza que não estou delirando. Mesmo tendo ela em cima de mim, a beijo para ter a certeza de que nossas peles juntas é real.

  Me afasto quando voltamos a ser o centro das atenções e os flashes das câmeras puxam nossos olhares para a multidão nos encarando. Há pouco estavam só os repórteres, mas olhando direitinho percebo que todos os funcionários da empresa desceram para presenciar o grande feito. Um Moretti apaixonado. Pelo drama que Bianchi faz há anos até parece que isso nunca iria acontecer e eles verem ao vivo é quase como ver um cometa. 

Meio desajeitado me levanto junto a Melissa que mesmo depois de toda essa cena, agora parece envergonhada na frente de todos e me abraça tentando fugir dos flashes. Puxo a mulher para o meu peito e a abraço como posso, pouco me importando com o braço quebrado.

  Tento descer do palanque que foi montado, mas os repórteres nos cercam e somente quando meu pai e irmãos se aproximam conseguimos um pequeno espaço suficiente para fugir.

Corro com Melissa agarrada a mim e sorrimos quando enfim chegamos ao estacionamento. Olho para trás e ainda consigo ver alguns repórteres correndo em nossa direção, mas agradeço quando Felippo chega primeiro e entra no carro já dando partida e nos tirando dali.

— Vocês são tão engraçadinhos. — Reclama e joga a tipóia em minha direção. — Estão sempre arranjando problemas para nós.

— Vocês queriam que eu desse um jeito. Minha mulher foi mais rápida. — Abraço Melissa que está sentada no banco ao meu lado e sorrio para Felippo que nos olha pelo retrovisor.

— Eu estou muito feliz por vocês. Não aceito menos que cinco sobrinhos. Mas lembrem-se que sete é o número da sorte da família. Então... fiquem a vontade para decidir. — Felippo brinca e Melissa faz uma careta, me fazendo sorrir.

— Vamos ter muitos filhos, meu amor. — Gargalho com sua careta e a abraço mais forte deixando um beijo no topo da sua cabeça.

...

— Eu ainda não acredito que fizeram isso. - Meu irmão fala irritado enquanto assiste ao principal assunto no canal de fofocas e saboreia uma maçã que nem mesmo eu sei há quanto tempo está aqui. Em casa ficaríamos muito pressionados com a mídia que com certeza iria querer alguma declaração sobre a atitude de Melissa e a reação do meu pai com Carlo. Mas como estamos querendo evitar mais dramas viemos diretamente da empresa para o apartamento onde estava morando com Melissa durante o casamento de mentira. E nesse momento minha linda mulher está de pé ao meu lado observando meu irmão assistir impressionado na televisão tudo aquilo que ele viu pessoalmente durante a minha tentativa de coletiva.

— Felippo, bem que você poderia voltar na empresa e confirmar se a mama e o papa estão bem mesmo. Não precisa ficar aqui de guarda. A gente se vira muito bem.

— Deixar vocês sozinhos? É bem ruim, em! Da última vez que fizemos isso vocês viraram o mundo de ponta cabeça. Olha o que vocês dois são capazes de fazer sozinhos. - Ele aponta para a tv e sorri achando graça, então escuto a campainha e vendo o quão entretido ele está caminho até a porta. Pelo olho mágico vejo minha família parecendo apressada e abro a porta já imaginando ter acontecido algo mais.

— Dom! — Antonella me abraça e meus pais e irmãos entram em casa mais relaxados ao me verem.

— Vocês não tem jeito. É impressionante como conseguem criar problemas. Não ficam longe da mídia nem por um momento desde que esse casamento aconteceu. Logo você, Domenico. O que mais odiava as câmeras.

— Papa, eu não tenho culpa se os urubus me perseguem.

— E você, Melissa. Virou nossa família de ponta cabeça em tão pouco tempo. A gente nem aparecia em jornais nem nada, mas depois desse casamento tudo que sai relacionando os Moretti e você é...

— Desculpa.— Melissa parece se sentir culpada quando meu pai não termina a frase e apenas gesticula mostrando que se trata de algo grande. Mas para a surpresa de todos é ele quem volta pedindo desculpas.

— Eu que me desculpo. Envolvi vocês nisso. Eu sou o patriarca e deveria ter desfeito esse casamento desde o primeiro momento, mas vocês sabem o quanto esse casamento rendeu à empresa? — Ele pergunta e ficamos eu e Melissa sem saber o que responder . — Só nas últimas duas horas recebemos mais propostas de contrato do que poderíamos aceitar em dez anos de parceria. Todos querem a gente e melhor ainda, todos querem vocês. O casal do ano. - Ele abre os braços, feliz e contente. Quase com um sorriso do gato de Alice.

— A gente não entendeu. É uma crítica ou não?

— Claro que não. Quer dizer, você um pouco. Melissa não tem nada com isso, mas foi você quem inventou esse casamento então tem culpa. Mas te toda forma, estão felizes juntos?

— Sim. — Respondo sorrindo enquanto observo Melissa que sem jeito apenas sorri de volta.

— Vocês estão felizes, os sócios estão felizes e a mídia está feliz com os Moretti. O que mais eu poderia querer?

— Já que todo mundo está feliz, então um abraço em familiaaaaaaa.— Antonella chama a atenção de todos e dá início a um abraço que a gente sempre usa como forma de reconciliação quando alguém faz algo de errado na família. O abraço coletivo. Aos poucos vou me sentindo apertado e mais apertado por todos em volta que rodeiam a mim e Melissa que é a mais próxima de mim e agarrada ao meu corpo sorri achando graça em toda a algazarra que meus irmãos fazem gritando nossos nomes.

  Enfim em família, enfim com a minha mulher ao meu lado. Enfim, parece não me faltar nada. Eu estou completo.

Domenico - Minha salvação.Where stories live. Discover now