XXVI

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E olha eu aqui. Em plena quarta e eu lembrei de postar um capítulo novinho. Parece milagre kkkkkkk. Mas, vamos de casamento por contrato. Mais um pouco dos nossos pombinhos 👩‍❤️‍💋‍👨




 Mais um pouco dos nossos pombinhos 👩‍❤️‍💋‍👨

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DIAS DEPOIS.

Domenico beija meu rosto, pescoço e desce até meus seios, sem vergonha alguma. Enquanto eu apenas aproveito o contato.

Estamos no sofá e eu sentada no colo de Domenico que me acaricia de todas as formas com a mão livre.

Depois da fisioterapia quase que diária, ele já consegue andar algum espaço sem a muleta, mas a falta de confiança faz com que ela sempre esteja em suas mãos.

- Você é linda.- Me beija a boca e rodeio seu pescoço com meus braços.
- Como foi hoje, na faculdade?- Ele pergunta e continua descendo beijos pelo meu pescoço.

- Eu preciso que você pare. Como vou conseguir falar?- Ele sorri, satisfeito pelo que causa em mim e me dá espaço para falar. Apenas me observa com atenção.
- Hoje demos início a parte mais difícil para mim. Clínica cirúrgica.

Desde que começamos isso, os dias tem sido assim. Não nomeamos, sequer falamos sobre. Mas, passo o dia esperando voltar para casa e encontrar com ele. Beijar e abraçar. Além, é claro, das conversas que temos todos os dias e toda a atenção que deposita sobre mim. Ele sempre quer saber como foi meu dia. O que aprendi e até me ajuda quando estou estudando. Os dias ao seu lado, têm sido um paraíso.

E é isso que me preocupa!

- Tem medo de fazer cirurgias?- Pergunta, parecendo em dúvida.

- Eu tenho dó. Sei que é para ajudar a salvar a vida dos bichinhos em muitos casos. Mas, é tão ruim vê-los sofrendo. Uma coisa é eles chegarem doentinhos e você passar um medicamento, mudar alimentação. Mas, outra completamente diferente é ter que submeter eles a uma cirurgia de alto risco, como em alguns casos. E hoje eu percebi o quanto vai ser doloroso.

- Posso fazer uma pergunta?- Ele me olha, atento.
- Por que só agora?

- Só agora o que?

- Voltar para a faculdade, se formar. Na verdade, eu nunca entendi o motivo de ter saído, já que disse várias vezes que é o seu sonho.- Quando fico sem resposta, eu fujo! Então levanto do colo de Domenico e vou até a cozinha. Ele respira fundo enquanto eu tomo água, percebendo que não vou falar sobre isso. Não quero e na verdade nem posso. Estou há meses sem ver meus pais, sem sequer falar com eles. E estou tão bem. Eu sorrio todos os dias. E já é uma dádiva.

- Não precisa falar sobre isso se não quiser. Eu só quero te conhecer melhor. Quero saber das coisas que fez, que faz, que gosta. Se não se sentir confortável, a gente muda de assunto. Tudo bem?- Ele se aproxima e quando concordo, me abraça. Me mantendo junto ao seu peito.
- Eu estou morrendo de fome e não aguento mais comer essa horta que a mama faz todos os dias. Que tal uma pizza?- Pergunta, já puxando o celular do bolso.

- Por mim, não poderia ser melhor.- Ele concorda e voltamos para o sofá, onde ele pede a pizza pelo aplicativo de celular e eu procuro um filme na tv.

Depois de comer um sachê, Lino se aconchega em sua cama perto do sofá e assim fico deitada no peito de Domenico que está espalhado no sofá, enquanto aliso o pêlo de Lino que dorme tranquilo e Domenico acaricia meus cabelos.

- Esse filme é tão maravilhoso.- Me surpreendo levantando de supetão do sofá quando vejo a personagem da Julia Roberts fugir pela escada para não pagar o aluguel do apartamento que aluga no filme. Uma linda mulher, é o melhor filme e eu posso provar.

- Mentira que você gosta desses romances.- Domenico reclama quando percebe o motivo da minha surpresa.

- Você não gosta?

- Não.

- E como sabe que é romance?

- E-Eu... Eee..- Gagueja e eu gargalho. Ele também gosta, será?

- Não me diga que você também gosta...

- Não... E-Eu... Melissa! - Reclama, já sem saber o que dizer e quanto mais eu sorrio, mais vermelho e gago ele fica.

Ding Dong

- Você tem muita sorte. Deve ser a pizza. Vou pegar e já volto.- Levanto ainda sorrindo e vou até a porta. Como Domenico já tinha pagado pelo aplicativo, apenas pego e agradeço ao entregador.

- Que cheiro maravilhoso. Não precisa de prato. A gente come assim mesmo. Vem.- Ele pede, quando fecho a porta e vou direto para o sofá, onde começamos a comer descontroladamente. A pizza é maravilhosa.

- E então Domenico, como você sabe que é um romance? - Pergunto quando estamos terminando a pizza e o casal do filme finalmente se acertou.

- Prefiro que me chame de Dom.

- Como?

- Só os estranhos me chamam pelo nome completo. Minha família me chama de Dom e você pode me chamar assim também.

- Tudo bem, Dom.- Falo e ele sorri.

- E você?

- Gosto quando me chama de doutora.- Assumo. Ele vem me chamando assim desde que falei sobre a faculdade e não nego que gosto.

- Doutora.— Sorrio.

- Mas não fuja do assunto. E o filme? — Insisto e ele sorri sabendo que não tem para aonde correr.

- Eu gosto de romance. - Assume e me surpreendo.- Nunca gostei de filmes, mas uma vez Antonella me obrigou a assistir vários com ela. Meus pais tinham feito uma curta viagem para comemorar o aniversário de casamento em um fim de semana e eu e meus irmãos ficamos cuidando dela. Só que como ela sempre foi mais apegada a mim, me obrigou a assistir os filmes com ela. Desde então, sempre que tenho tempo, acompanho o melhores clássicos e lançamentos do gênero.

- Isso é sério? - Pergunto, boquiaberta.

- Sim. - Ele responde com um sorriso.

- Estou definitivamente surpresa.

- Eu tenho detalhes peculiares.

- Não é peculiar gostar de filme.

- É peculiar um homem do meu tamanho, com a cara de bravo que só os Moretti têm, gostar de filme de romance.

- Tá', um pouco.- Gargalho, concordando.

- Eu disse.

- Do que mais, você gosta?

- Bridget Jones. Eu acho uma graça que aquela mulher consegue conquistar todos os homens e ainda assim continua encalhada. - Dou um gritinho de surpresa quando ele cita outro romance. Então ele começa a citar vários que já assistiu. Meu Deus!

Domenico - Minha salvação.Where stories live. Discover now