Lúcifer. Este é o apelido pelo qual todos me chamam às minhas costas.
O anjo caído. Um filho que se voltou contra o próprio pai.
A alcunha me serve tão bem quanto uma luva, já que meu principal objetivo na vida é tirar meu pai do poder e assumir o i...
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“E daí? Não é porque sou um cara que preciso ser durão e fingir que não me afeto com questões do coração”.
Suas palavras me pegaram desprevenido. Não era como se eu estivesse negando minha própria orientação sexual. Eu me considerava bem resolvido quanto a isso. Mas Jimin foi o primeiro garoto por quem demonstrei interesse. O único que parecia capaz de despertar em mim, emoções além da vontade de vingança. Não se tratava de algo puramente sexual, e isso era o que me fazia ter cautela, apesar de não conseguir me distanciar dele.
Entretanto, uma coisa era admitir a mim mesmo que estava ciente do quanto o garoto abalava minhas estruturas, a ponto de eu desejar sentir algo além de remorso.
Porém, saber que também o afetava além do desejo sexual, colocava sobre minhas costas uma responsabilidade que eu temia assumir. Primeiro, por sermos jovens demais. Segundo, porque eu não queria me desviar do meu plano a longo prazo. Precisava manter o foco e dar continuidade ao que pretendia alcançar quando o momento certo chegasse.
Jimin parecia estar desabando emocionalmente e isso me assustou pra caralho! Repelir o garoto com minha indiferença e arrogância foi a saída que encontrei diante do meu próprio dilema. Entrei em meu quarto às pressas, despindo-me durante o trajeto até o banheiro. Enfiando-me dentro do box, liguei o chuveiro e imediatamente senti a água fria contra minha pele, que parecia arder em chamas.
Segurando meu pau com força e raiva, comecei a me masturbar enquanto mantinha os olhos fechados e a testa recostada contra a parede. Não buscava saciar prazer, mas aliviar a frustração que me consumia por ter fugido de Jimin como um garotinho assustado.
Os gemidos escapavam sem que eu tentasse contê-los, a água fria não sendo capaz de amenizar o quanto me sentia queimando de dentro para fora. Ao ouvir a porta do box de vidro se movendo, parei por um instante, percebendo que já não estava sozinho no banheiro e, de alguma forma, sabendo quem havia chegado.
— O que está fazendo aqui, cordeirinho?
Perguntei assim que uma das mãos de Jimin pressionou meu abdômen e a outra apertou um dos meus bíceps. Mas foi o beijo suave em minhas costas que me fez gemer alto, rendendo-me ao seu toque.
— Eu vim matar a sua curiosidade, Lúcifer. E a minha também.
Segurando uma das mãos de Jimin, escorreguei-a um pouco mais para baixo até que ele entendeu o recado, envolvendo meu pau entre seus dedos, segurando com firmeza. Jimin deixou um gemido rouco escapar, mordendo de leve o meu ombro. Sua ereção roçando minha perna através da bermuda.
— Parece que alguém aqui também sente tesão por mim.
Provoquei assim que ele começou os movimentos da masturbação.
