Recomeço

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- O papai chegou? - Chiara aparece na entrada da cozinha. - Ah, oi...

- Tá tudo bem, você pode chamá-lo de Jonah.

- Jonah... O que ele tá fazendo aqui?

- Nós decidimos que seria bom, seu pai passar mais tempo com a gente.

- Você quer que eu vá embora? - Jonah olha para Chiara.

- Eu quero que a gente possa comer logo! - Rio e nego com a cabeça. - A gente fez panquecas e se você quiser posso fazer café.

- Você sabe fazer café? - Jonah sai indo atrás de Chiara que se direciona para a cozinha.

- Você não sabe? É só apertar esses dois botões aqui. - Sorrio por um pequeno período antes de ir atrás dos dois.

- Hm... então eu vou querer café! - Entrego uma xícara nas mãos da criança e pego algumas panquecas colocando em um prato. Entrego para Jonah.

- Eu acho que está bom, eu sempre faço o café da mamãe. - Jonah pega a xícara e dá um gole.

- É o melhor café que já tomei, você pode fazer o meu também se quiser. - Ela balança a cabeça. Dou uma garfada no meu prato vendo os dois se divertirem com as panquecas, durante todo o café.

...

- Nada disso, você pode ir direto escovar seus dentes. - Chiara faz um bico e sai batendo os pés até seu quarto.

- Igualzinha você. - Reviro meus olhos. - Só falta uma coisa pra eu estar completo novamente.

- Uma coisa de cada vez Jonah! - Ele nega com a cabeça. - Eu pensei que a gente poderia passar no mercado mais tarde e prepararmos o almoço juntos, os três, o que você acha? É uma boa forma de você se aproximar dela.

- Eu não tava falando da Chiara. Eu tava falando de...

- MAMÃE! - Levo um pequeno susto com seu grito e vou atrás para ver o que havia acontecido. - Não tem água.

- Matteo deve ter fechado o registro, já volto, não sai daí. - Me viro indo até a parte de fora da casa e abro o mesmo.

- Você tem fugido dessa conversa durante os últimos dois meses. - Nego com a cabeça.

- Eu não tenho cabeça pra pensar nisso agora. E por mais que eu queira, eu não posso confundir ainda mais a cabeça da Chiara. - Me viro para Jonah.

- Então para ela você e Matteo...

- Não! Eu sempre disse que ele era um amigo, nós nunca tivemos algo nesses últimos anos. Eu sempre quis você. Mas... - Sinto suas mãos em meu rosto.

- Não precisa de mais, nem mas. É tudo o que eu queria ouvir. - Seus lábios encontram os meus com um beijo que eu esperava há muito tempo, a muitos anos, que eu morria de saudade, era como se fosse nosso primeiro, as borboletas no estômago, o arrepio percorrendo a espinha, o puxo para mais perto de mim, eu precisava daquilo, muito. - Eu te amo, Mila! - Jonah sussurra alto o suficiente para eu ouvir.

- Eu te amo, Jonah. - Junto nossos lábios novamente, me recusava a tê-los longe dos meus.

- Mamãe, você sabe onde eu deixei o meu urso? - Me afasto de Jonah no segundo que ouço a voz de Chiara.

- Dentro da mochila, meu amor! - Me viro para responder à menina. - Isso quer dizer que... você me perdoa?

- Eu teria feito a mesma coisa se soubesse que seria a única forma de proteger ela. E meu coração é fraco demais quando o assunto é você. Ele sempre foi seu, e sempre vai ser. - Sorrio e me viro para entrarmos.

Stories We Didn't Tell You - Jonah Marais Where stories live. Discover now