Sina
Semana iniciando, e com isso as aulas de etiqueta também. Tenho essas aulas três vezes na semana. Confesso que não acho necessário dar continuidade, já sei basicamente tudo: obedecer, agradar ao futuro marido, ser pontual, ter sabedoria, saber se vestir, se comportar como uma dama e assim vai.
Dando uma olhada no livro da Cecil B. Hartley "The Gentlemen's Book of Etiquette and Manual of Politeness", vejo a Senhora Diana se aproximando de onde eu tava.
— Bom, por hoje é só. — diz Diana pegando suas coisas que estavam na mesa. — Estarei aqui na quarta novamente.
— Deveria nem aparecer. — resmungo baixo.
— O que disse?
—Ah. — me levanto. — Eu disse que estou muito ansiosa para a nossa próxima aula.
Ajeito meu vestido antes de sair do Jardim, mas uma mão me impede de continuar com o ato. Diana segura meu pulso com força, tento me desfazer de seu toque, mas foi impossível.
— Pelo visto as minhas habilidades como professora não estão dando certo. — ela aperta ainda mais. — Terei que improvisar.
— A senhora tá me machucando.
— A intenção é essa, querida. Aprenda de uma vez, Srta. Deinert, que esse seu comportamento não vai levar-lá a lugar nenhum. Mantenha a postura de uma dama, de uma mulher. — ela me solta. — Estarei fazendo o relatório e encaminhar ao seu pai.
Diana sai da minha frente. Fico uns dois minutos parada no mesmo lugar. Massageio meu pulso, onde ficou a marca da sua mão nele. Logo vejo Rita vindo com uma bolsa de gelo pequena.
— Tome! Coloquei isso aí.
— Não é necessário. — me sento.
— Não teima, menina. Vamos, coloque isso, vai aliviar.
— Então prepare mais gelo, por que você já deve imaginar o que vai ocorrer mais tarde.
— Não devia pensar nisso, não vai acontecer nada.
— Eu queria muito acreditar em você, mas isso não passa de ilusão. Eu irei aí meu quarto, preciso de um banho.
Deixo a bolsa de gelo em cima da mesa, pego apenas o meu livro e saio do Jardim. Subo logo as escadas, mas sou puxada antes por uma mão grossa e forte. Devido ao puxão, acabo caindo no chão com tudo. Olho pra cima e vejo o meu pai, meu pai..
— Você não muda mesmo né? — ele me puxa pelos cabelos. — Estou sabendo que respondeu para a professora Diana. Até quando, Sina? Me diz, sua imbecil. — quando já ia responder, recebo um tapa forte em meu rosto, sinto o gosto do sangue em meus lábios. Meus olhos começam a ficar encharcados pelas lágrimas se formando.
— Eu não fiz nada demais. — digo após me levantar. — Eu não entendo o porquê dessas aulas, eu já sei de tudo que devo saber, não vejo necessidade para isso.
— Eu pago essas aulas, então é eu que digo quando está bom ou não. — ele se aproxima mais de mim. — Você só me dá trabalho, espero que hoje você se comporte.
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Prometida ao Don da Máfia | Noart
RomancePara viver no mundo da máfia, a primeira regra é: sempre obedecer seus superiores para sobreviver. Os castigos sempre realizados no decorrer de cada falha. Os perigos a todo instante. Sempre ser uma dama, independente de cada patente exercida. Porém...