Carolina

Tentando me encontrar?

Dia 25

As vezes a gente desaparece nos próprios pensamentos.

Nos transformamos em pó e nos diluimos n'água como se fizéssemos parte daquilo. Nos fundimos com o vento e deixamos nosso corpo fluir por qualquer que seja o que anseia nossa mente.

Nos distanciamos dos seres e passamos a ser aquilo que não se vê, mas que se sente, um númeno interminável.

Me sinto assim.

Como se eu flutuasse pelo espaço, ou me tornasse algum telespectador da minha própria vida. Onde assisto a mim mesma viver como num filme.

As vezes sinto minha cabeça ir longe e num piscar de olhos sou Lina, algum tipo de fenômeno solar que flutua pela terra em algum espaço-tempo.

E em algum universo sou lina artista, escritora, até dançarina se eu aprender a sambar.

Eu até sei sambar, mas sambo com minha mente e bambo em meus pés feito bambú.

Eu até sei sambar mas tenho medo de cair, eu até sei sambar mas não sei sequer para onde ir ou como mecher os pés.

E quando vejo já fugi do assunto, já fui pra outro mundo... Carolina. E já fui para meu mundo, inventado, onde posso ser o que eu quiser.

E já fugi de mim e já fugi de ti, vivo fugindo e procurando algo que me concentre em algo só.

Algo só faz sentido? Eu sei que sou alguém só. E prefiro assim.

É difícil ser a carolina, se eu não sou entendida.

E com a mão estendida para mim eu mesma me levanto e sigo por mais um novo caminhar da minha mente.

Mais uma vez trilhando algum outro pensamento constante que rege minha cabeça.

Minha cabeça confusa, mas cheia de sonhos.

minha cabeça confusa mas que pensa quieto.

Num silencioso tão incomum que nem eu mesma percebo quando não estou mais aqui, ou... ali.

Como agora mesmo, nem me lembro mais em qual outro devaneio entrei, mas sei que sei, que, de fato estou seguindo algum caminho por minha mente confusa e poeta.

Sei que algum dia chego lá, encontrando alguéns como eu que pensam confuso mas sonham alto e bonito.

Eu nem sei como comecei este texto mas o termino com um bom jazz aos ouvidos e muita história louca pra contar.

Beijos do meu coração falante, Lina.

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