Flor de meio-dia.

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Por favor, peço que ponham a música "Je Te Laisserai des mots - Patrick Watson" para melhor experiência.
OBS: ignorem a letra e sintam o instrumental. Amo essa música e escrevi este texto a escutando.

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Dia 11

O alvorecer se vem, o cabelo cresce, o choramingar vai embora.

Já não sinto o pesar, o medo bobo nem aquela pontada no peito ao dizer algo vergonhoso.

Eu passava tanto tempo tentando ser aceita que esquecia de me aceitar, tanto tempo pensando no que os outros diziam ou pensavam que esquecia que nada disso importa.

Nada, realmente importa.

Nada nunca importou, enquanto tenho a mim mesma. Enquanto aprendo a me amar, valorizar a mim e a cada esforço que faço para me sentir alguém especial. Não para os outros, mas para mim mesma.

Para aquela mini eu que algum dia existiu e que hoje se sentiria orgulhosa da pessoa que me tornei, ou estou tentando me tornar.

Já não me olho mais com tanta vergonha, não me encolho ao ouvir um elogio sincero, sorrio ao ver meus traços marcados, meu corpo e suas curvas imperfeitas perfeitas para mim.

Me sinto cada dia mais viva por não ligar para o que vão pensar.

Afinal, a vida é só uma não é?

As primeiras experiências são únicas não são?

O amor, a dor, a cor, a arte.
O rir e o chorar.
O pesadelo e a paz.
O frio na barriga.
A ansiedade em fazer algo novo.

Porque se importar tanto se o fim será o mesmo para todos? porque só não viver sem repudiar a vida de alguém, ou até mesmo a própria.

Tenho tanta coisa pra ver, comidas para experimentar, lugares para conhecer livrarias pra visitar, cafés para tomar. Quero conhecer tudo, tudo, tudo...

As vezes tenho vontade de pegar uma mochila e apenas, sair por ai. Andando. Sem rumo. E aproveitar a brisa. O lugar onde nasci, a pessoa que estou me tornando. Voltando a ser a pequena Lina que brincava no chão da praça sem ter hora pra voltar. Voltando a ser meu próprio sol, minha própria luz. É isso.

Eu
Sou
meu
Próprio
Sol.

Sou o ar que respiro, os sons que escuto, a brisa que sinto em meu corpo, sou refúgio, sou eu mesma a parte que faltava em mim, só não sabia disso ainda.

Você sente quando se está inteiro, e quando sentir... ah quando você sentir... vai perceber que não lhe faltava ninguém, nunca faltou. Não para lhe fazer inteiro. Não para lhe completar... Vai finalmente entender.

Almejo para que este dia chegue a ti, como chegou a mim, numa tarde de domingo e pés descalços.

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