caçando porcos

28 7 19
                                    

Em Tarnobrzeg dois dias haviam se passado desde a fuga da Anninka para a floricultura. Neste meio periodo ela desabafou com seus avós e os contou sobre as intimidações que estava sofrendo.

O clima estava particularmente frio a ponto de fazer os dentes cerrar. Annika que se localizava na cozinha almoçando junto de seus avós, pensava em sua mãe e na pintura dela. Perdida em pensamentos sobre o local e sua família, a garota não deixou de sorrir, todavia seu sorriso foi substituído por uma expressão genuinamente aflita ao se lembrar de que hoje teria aula:

— Hoje, eu tenho que ir mesmo? — perguntou a menina.

— Você não pode se esconder, além disso, se você fugir, vai dar exatamente o que eles querem — falou o avô de Annika.

— Mas... eu não gosto daquele local — disse Annika abaixando a cabeça.

— Annika, me escute bem... em todo local, existem pessoas boas e ruins por isso você precisa ser forte quando encontra essas pessoas ruins — falou a avó da menina segurando a mão dela — mas sempre é bom ter apoio, por isso você pode contar conosco, e claro deve ter pessoas com quem você pode contar lá dentro também.... Certo — falou Katanyna ainda segurando as mãos da neta.

A garota apenas assentiu e, após isso, viu sua mão sendo solta por katanyna que voltou a almoçar. A guria, enquanto olhava para seus avós, apenas terminou de comer, resolvendo se manter positiva, afinal ela tinha realmente pessoas com quem contar na escola e gostava de aprender, mesmo que a maioria fosse injusto com ela. Enquanto mastigava, escutou o avô dizer:

— Quase me esqueci de te informar, mas vou falar com a coordenação, afinal também não podemos deixar eles impunes — falou Zaki.

— Isso, vai adiantar algo? — perguntou a criança.

— Não custa tentar ficar calado também, não vai gerar resultados — respondeu o avô da garota.

Annika apenas assentiu, após terminar de comer, ela foi ajudar Katanyna nas tarefas de casa, e posteriormente foi se arrumar, assim indo à escola. Minutos depois, já bem-vestida, a garota foi acompanhada de sua avó, assim como também estava acompanhada de seu avô para a escola; ao chegar lá, ela se deparou na entrada com Janel e seus outros amigos que acenaram para ela, a menina olhou para os avós em uma espécie de permissão para ir lá e os dois idosos assentiram sorrindo para a mesma.

Diante a isso, Annika apenas foi correndo até seus amigos, ela apenas os cumprimentou, dando um aperto de mãos em cada um de seus camaradas que retribuíram à mesma. A ruiva que olhava sua amiga, logo foi a primeira do bando a dizer:

— Você está bem? — perguntou a garota.

— Estou sim — respondeu Annika.

— Oh! Sua avó também veio, a última vez, só vi o seu avô — comentou Antony.

— E verdade, eles vieram fazer o quê? — perguntou Ksenia

— Contei sobre o que me ocorreu com eles — falou Annika

— Que bom! Espero que eles recebam o que merecem — disse Antony, dando de ombros.

Perante esta situação, a garota acenou positivamente com sua cabeça. Em consequência, tanto a menina quanto sua melhor amiga, se despediram do resto de seus amigos após algumas horas de conversa, ambas andando pelo corredor, acabando por se deparar com o infeliz grupinho de sua sala que lhe atazanou estes dias.

A jovem queria correr ou dar meia-volta, contudo, se lembrando do que seu avô disse de manhã, ergueu a cabeça e andou reto junto de Janel, até que parou ao ouvir alguém gritar chamando-a:

FlorescerWhere stories live. Discover now