SEMIDEUSES EM HOGWARTS

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Antes deles saírem da loja Hermione vestiu a Capa da Invisibilidade, já que o cabelo preso dela impedia de colocar o boné, que ficou com Harry. Quando ambos estavam invisíveis, Rony de Fred acompanhou calmamente os semideuses e o sátiro para o banco Gringotes.

- Ele fica aberto todo o dia, mas a noite a segurança é mais relaxada - Hermione sussurrou.

- Shiu, se lembre que você não existe no momento - Rony rebateu ajeitando a jaqueta e andando com o nariz empinado, se achando por estar tecnicamente maior de idade.

- Sem briga você dois - Annabeth falou entredentes. Quando eles pararam na frente de um prédio muito branco com grandes portas de bronze o queixo dela caiu - Uau.

- Sem babar, Sabidinha - Percy imitou o jeito que ela tinha falado a pouco.

Eles passaram pelos duendes vestidos de vermelho que ficavam ao lado da primeira porta, dando de cara com uma segunda, dessa vez de prata, onde tinham gravado uma ameaça para os ladrões.

- Será que eles sabem? - o semideus perguntou baixo.

- Percy! - Grover reclamou. - Não sei - acrescentou nervoso.

- Se não calarem a boca... - Annabeth falou ameaçadora.

- Vamos - Rony disse engrossando a voz entrando em um salão feito completamente de mármore.

De ambos os lados da sala tinha um longo balcão, atrás dele duendes estavam sentando em bancos altos. Rony guiou-os para um que estava desocupado.

- Boa noite - cumprimentou e o duende o olhou com a superioridade comum deles sem responder. - Viemos pegar umas coisas no cofre deles - apontou para Percy e Grover que fizeram caras de santos.

- Qual o seu nome e o que o senhor é deles? - o duende perguntou franzindo as sobrancelhas.

- Frederich Gideon Weasley - respondeu sem se deixar abalar. - Eles são intercambistas e minha família ficou responsável por cuidar deles.

- Hum... Varinha, por favor - pediu e Rony prontamente entregou a varinha roubada. - Tudo certo. Tem a chave?

- Sim. Annabeth - o garoto chamou se virando, a garota estava virada de costas para ele olhando para as paredes, muito distraída. - Annabeth!

- Quê? - perguntou se virando confusa.

- A chave - respondeu.

- Ah... Aqui - tirou a chave do bolso e entregou para ele.

Rony entregou a chave ao duende que a aproximou dos olhos parecendo muito surpreso de vê-la e olhou desconfiado para eles.

- Vocês são da família Olimpus? - perguntou desacreditado.

- Claro que sim - Annabeth respondeu fingindo indignação e arriscou - Sou descendente direta de Atenas, ele aqui é de Poseidon.

- Varinhas - pediu o duende cerrando os olhos.

Os dois não entendiam como ver a varinha comprovaria algo, mas mesmo assim entregaram as varinhas e depois de analisa-las, o duende suspirou irritado e a devolveu para eles.

- Vou chamar alguém para levá-los. Bodrode - chamou e um duende apareceu ao lado deles - leve esse quatro para o cofre dos Olimpus, por favor.

- Me seguiam - o duende os levou para outras portas de bronze que levavam para uma passagem estreita feita de pedra, como em uma mina, e iluminada por archotes.

Bodrode deu um assobio agudo e um vagonete apareceu na frente deles. O duende subiu e os quatro fizeram o mesmo.

- Espera! - Rony exclamou assim que recebeu um puxão no cabelo. - Deixa eu me ajeitar aqui.

Ele fingiu que se ajeitava e quanto sentiu tapinhas em seu braços disse:

- Pronto.

Assim que foi falado isso o vagonete tomou uma velocidade espetacular, sempre descendo. Percy tinha grudado em Annabeth, do mesmo jeito que Grover.

- Odeio subterrâneo - murmurava de olhos fechados.

- Parece que tô voando e não de um jeito legal - Percy falou baixo.

Ainda descendo eles ouviram um barulho estranho vindo de trás deles e então Harry ainda invisível empurrou a cabeças deles para baixo, no mesmo momento em que um jato verde passava por cima deles e atingia o duende que caiu do vagonete em movimento desfalecido.

- O que foi isso? - Annabeth perguntou alto assustada, com o vento rugindo em seus ouvidos.

- Maldição da Morte - Harry respondeu tirando o boné e olhando para trás, onde não conseguiam ver muita coisa.

- Quem tá pilotando essa coisa? - Percy perguntou gritando.

- Eles se guiam sozinhos, eu acho - Rony respondeu se segurando para não cair com o sacolejo aumentando a cada momento.

- Tem certeza? - Grover murmurou de olhos arregalados, quando o carrinho quase virou em uma curva perigosa.

- Não - gritou o garoto em resposta.

Como se fosse um sinal ao passar em outra curva o vagão descarrilhou e eles caíram girando no chão, porém não tinha muito chão para cair. Eles não sabiam se estavam aliviados por pararem de rolar sobre a rocha afiada ou apavorados já que agora caiam de um penhasco. Hermione gritou algo difícil de distinguir com o vento e eles começaram a perder velocidade, parando a poucos centímetros do chão e depois caindo de cara sobre ele.

- Aí, pensei que fosse morrer - Grover ofegou ficando de costas no chão para se recuperar do susto.

Eles começaram a se levantar todos arranhados.

- Eles sabem que estamos aqui - Harry falou olhando para de onde tinham acabado de cair. - A Maldição da Morte não pode se lançar sozinha.

- Como a gente vai chegar nesse cofre agora? - Rony perguntou pegando a Capa da Invisibilidade que voou para longe na queda e entregando para o amigo.

- Annabeth - Percy chamou a garota que estava parada de forma estranha, os braços caídos ao lado do corpo e a cabeça voltada para frente. - Annabeth? - perguntou preocupado indo até ela.

- O que foi? - Hermione perguntou o seguindo.

Percy balançou a mão na frente de seu rosto e nada aconteceu, ela estava em um transe.

- A aura roxa - Rony apontou para uma luz que começava a brilhar ao entorno dela.

- O olho dela também - o semideus exclamou ao ver os olhos cinzas se tornarem roxo brilhantes. - Mas que droga, por que sempre com ela? - falou irritado.

Annabeth começou a andar em movimentos mecânicos por um caminho onde as pedras não estavam tão soltas e parecia um pouco com uma trilha.

- Deve ser a mulher que está ajudando vocês na missão - Hermione falou. - Vamos logo!

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Muito obrigada e até a próxima!