SEMIDEUSES EM HOGWARTS

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Eles se acomodaram no quarto, com cada menino em sua própria cama e Annabeth na do namorado. 

- O que foi aquilo no almoço? - Annabeth perguntou sendo controlada pela sua curiosidade.

- O ridículo do meu irmão, fazendo um monte de besteira? - Rony perguntou ainda irritado com o ocorrido.

- Não, isso eu entendi. Com todo respeito seu irmão é muito arrogante - ela respondeu, ao que Rony concordou veementemente.

- Não sei com ele foi para a grifinória, visto que ele é orgulhoso e ambicioso demais - ele falou indignado.

- Eu perguntei sobre o... ministro? Aquele cara lá que estava com ele - ela explicou.

- Ah... Ele era Rufus Scrimgeour, o Ministro da Magia. Ele entrou a pouco tempo - Rony explicou.

- Por que ele insistiu em falar com o Harry? - Percy perguntou ficando curioso.

- Isso é com você, cara - Rony falou.

- Er... É uma história longa... - Harry falou, ficando nervoso.

- Senão quiser falar tudo bem - Grover falou percebendo o desconforto dele.

- Não, tudo bem. Eu falo - o garoto deu de ombros. - Bem... Eu meio que sou um pouco famoso no Mundo Bruxo...

- Um pouco? - Rony perguntou de sobrancelhas erguidas. - Harry é super famoso. Meus pais contavam a história dele quando erámos crianças.

- Uau - Percy falou arregalando os olhos e perguntou levando a conversa para outro rumo. - Com você virou famoso?

- Er... - Harry passou a mão pelos cabeços bagunçados, nervosamente. - Quando Voldemort matou meus pais... Minha mãe se sacrificou por mim, o que criou uma espécie de proteção. Então quando Voldemort tentou me matar, o poder ricocheteou em mim e fez com que o corpo dele fosse morto. 

- Nossa... - Annabeth falou, surpresa pela história por trás daquele garoto.

- Como eu "matei" ele, me transformaram em um herói - o garoto finalizou com um sorriso forçado.

- Espera... Eu não entendi direito essa parte do corpo morto - Percy falou confuso.

- Não sei direito sobre isso, também. Mas quando o corpo dele foi morto, ele se transformou em algo menos do que um fantasma. Tanto que quando estávamos no quarto ano ele voltou a vida. Entendeu? - Harry perguntou.

- Não - Percy falou sincero.

- Eu entendi - Annabeth falou, se virando para Percy, tentando fazer com que ele entendesse. - Se lembra que Cronos precisou do corpo do L-Luke? - a memória dele ainda fazia o coração dela doer. Quando o garoto assentiu, ela continuou. - O corpo de Cronos estava morto... Danificado... Mas ele continuava vivo, entendeu agora?

- Agora sim - Percy respondeu sério.

- E se esse cara tiver algo a ver com o por que estamos aqui? Se lembram o que Dumbledore falou logo depois que chegamos? - Grover começou pensativo. - Como exatamente ele voltou a vida?

- Com uma poção - Harry perguntou, se sentando na cama de pernas cruzadas, começando a ficar interessado com a conversa.

- Não, Harry - Rony respondeu. - A gente teve contato com ele "vivo" antes, se lembra?

- É...

- Vamos lá... No nosso primeiro ano, quando tínhamos 11 anos, Você-Sabe-Quem possuiu a parte de trás da cabeça do nosso professor, Quirinus Quirrel, de Defesa Contra Artes das Trevas - Rony falou.

Percy fez sinal de que falaria algo, se calando quando Annabeth colocou a mão sobre a sua perna, pedindo para que esperasse eles acabarem.

- No nosso segundo ano, a alma dele possuiu minha irmã, quando ela só tinha 11 anos - o ruivo continuou indignado. - Fez ela comandar um basilisco para matar nascidos-trouxas.

- Agora o processo dele voltar a vida, começou no nosso terceiro ano. Quando um dos comensaisbda morte, o Rabicho, que inclusive foi o culpado pela morte dos meus pais, fugiu. Então no nosso quarto ano, ele começou a preparar uma poção muito antiga para produzir um corpo novo para o mestre dele. Eles até tiveram que pegar meu sangue para isso - Harry falou, com um nó se formando em sua garganta.

Ele respirou profundamente, antes de continuar.

 - Ele voltou a vida de fato, mas para não causar pânico... ou só porque não queriam acreditar... o Ministério da Magia me pintou com um mentiroso, só que no ano passado eles descobriram que era verdade e ele voltou a vida oficialmente. Aliás é por isso que o ministro quer me tornar o garoto propagando, para acabar com o pânico.

- Poção não é uma coisa comum do nosso mundo - Grover pontuou.

- Não mesmo - Annabeth negou, estreitando os olhos. O cérebro da garota estava claramente funcionando a todo vapor. - Pode falar agora, Percy.

- Quirinus... A gente conheceu um Quirinus no Labirinto de Dédalo - ele falou.

- Sim... Mas no grego ele se chama Jano - ela assentiu com a cabeça devagar.

- Você falou que Voldemort possuiu a parte de trás da cabeça do cara... - o garoto continuou, comendo um sapo de chocolate, jogando a carta que vinha junto em uma pequena pilha, com algumas outras.

- Exatamente. Na frente era Quirrel e atrás Você-Sabe-Quem - o ruivo explicou.

- Você acha que podem ser meio que uma espécie de Jano do nosso mundo? - agora ele se dirigia para a namorada, que mexia distraidamente na cartas.

- Talvez... Esse negócio de mundos diferentes é muito confuso - ela falou fechando os olhos com força.

- Se quiserem eu posso perguntar para meus pais sobre isso, podemos pelo menos tentar... - Rony falou dando de ombros.

Percy, Annabeth e Grover concordaram. De repente, Annabeth soltou uma exclamação se sobressaltando.

- O que foi? - Percy perguntou preocupado, ela apenas mostrou a figurinha do sapo de chocolate em sua mão. - Circe? Nesse mundo existe uma Circe?

- Você viu a descrição? - Annabeth falou, pegando a figurinha, lendo em voz alta. - Circe (Grécia Antiga) Viveu na Ilha de Aeaea. Especialista em transformar marinheiros perdidos em porcos.

Percy contraiu o rosto em uma careta.

- Vocês conheceram ela no mundo de vocês? - Harry perguntou, agora inclinado, colocando os cotovelos apoiados sobre os joelhos, completamente envolvido na conversa.

- Sim. Quando a gente foi resgatar o Grover, acabamos dando uma paradinha na ilha dela. Onde fui transformado em um porquinho da índia - Percy falou.

- Você foi transformado em um porquinho da índia? - Rony perguntou de olhos arregalados.

- Foi horrível - ele falou, repetindo a careta.

- Bem... A gente precisa saber o máximo que pudermos sobre as conexões entre nossos mundos - Annabeth perguntou, se encostando na parede e passando as mãos no rosto frustrada.

- Vou mandar uma carta para Hermione, resumindo isso aqui. Senão ela vai ficar irritada por estar sendo excluída  - Rony falou pegando um pergaminho e uma pena.

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